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21jul2016
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The Jewish Journal entrevista Adam Lambert (2009)
Gail Zimmerman do The Jewish Journal realizou uma entrevista com Adam Lambert em 2009, cuja entrevista não publicamos na época. Confira a seguir a tradução desta entrevista:
Adam Lambert: A entrevista da mãe-judia
“Há milhares de mulheres de certa idade por aí que estão à uma pesquisa sobre Adam Lambert no Google de distância de travar seus computadores”, escreveu Joan Raymond da Newsweek, em um blog publicado em Junho [2009], intitulado “Por que mulheres mais velhas anseiam pelo segundo colocado do Idol, Adam Lambert”. “A boa notícia é que as pessoas que sabem sobre estas coisas pensam que o nosso pequeno frenesi de amor por Lambert é francamente mentalmente saudável.”
Raymond prossegue, citando a terapeuta sexual Laura Berman, diretora do Centro Berman em Chicago, que diz: “Eu acho que mais mulheres seriam mais felizes se elas canalizassem suas meninas de 14 anos de idade interiores, de vez em quando.”
Lambert, Berman acredita, de alguma forma consegue ser “barra pesada, louco, humilde, adorável, carismático, doce e absurdamente talentoso”, tudo em um pacote. “Ele é um estudo de contrastes, e a coisa de ser gay não importa”, diz ela. “Qualquer um que pode levar as mulheres a falar, rir e obter o seu charme de volta é ótimo, para mim.”
Então você pode imaginar minha emoção quando eu recebi um email do pessoal da imprensa do “American Idols Live 2009”, dizendo que entrevistas estavam disponíveis para promover a aparição dos Idols em 26 de Agosto [2009], no Palácio de Auburn Hills.
“Posso conseguir uma entrevista com Adam? Ele é o único Idol judeu no grupo”, eu escrevo. “Desculpe, mas a agenda dele é muito agitada.”
O prêmio de consolação? “Você pode vir para a hora de imprensa antes do show, se quiser.” A pegadinha? Há uma possibilidade de 50% de Adam estar lá. Apenas cinco dos 10 Idols fazem divulgação antes de cada show, e não há maneira de dizer de antemão quais deles estarão lá.
Eu decido arriscar. Eu fui para o Palácio no dia do show e esperei o melhor. Cerca de seis ou sete outros meios de imprensa estão representados, incluindo algumas estações de rádio e TV locais. Somos escoltados até uma sala mal iluminada.
Uma assessora de imprensa da máquina do AI chega e anuncia que os Idols sairão em breve – não necessariamente todos de uma vez – e que iriam incluir Adam (Obrigado, Deus!). Absolutamente sem autógrafos ou fotos, ela diz.
Ela explica que os Idol vão circular e que os jornalistas terão de falar com quem acabar na sua mesa – embora possa não ter a chance de falar com todos eles. “Você vai ter cerca de 3½ minutos com cada Idol”, diz ela. “Você pode perguntar o que quiser, mas eu sugiro que você não pergunte sobre Paula Abdul. Todo mundo tem sido perguntando sobre ela, e eles não sabem mais nada sobre isso.”
Eu vou até ela e explico “a conexão judaica” e meu desejo de falar com Adam. Ela não pode prometer nada.
Os Idols aparecem (eu não vejo Adam). Ela traz um para perto de mim e me apresenta como “Esther” do Jewish News. Eu a corrijo sobre meu nome, e ela pede desculpas. O Idol percebe rapidamente que ele não vai conseguir muita divulgação comigo.
Eu vejo uma figura alta com cabelo preto assimetricamente cortado – vestindo jeans e uma camiseta – entrar na sala. Adam está sorrindo. Sem a sua maquiagem, ele parece mais jovem do que seus 27 anos. Concordo com o que a mãe de Adam, Leila Lambert, disse durante uma entrevista n 0 20/20 da ABC: “Eu sempre disse que ele é como o sol. Ele entra em uma sala e ele, ele simplesmente brilha.”
Eu estou falando com outro Idol quando vejo Adam aproximando-se com a publicitária. (Ela deve se sentir mal por ter me chamado de Esther.) Eu desejo tudo de bom ao Idol e ele segue em frente.
A publicitária me apresenta a Adam. (Como Barbra Streisand em Funny Girl, eu gostaria de dizer: “Olá, lindo.” Mas eu estou tentando manter algum senso de profissionalismo.)
Adam se senta ao meu lado na mesa e aperta minha mão. Estamos face-a-face, sentados cerca de dois pés de distância. Ele imediatamente faz um tipo intenso de contato visual, que mantém ao longo da entrevista, fazendo-me sentir como se eu fosse a única pessoa na sala.
Eu abandono minhas notas e, esperando que meu gravador esteja funcionando, decido fazer minhas perguntas de cabeça. Eu não quero desviar o olhar; estou tendo uma experiência fora-do-corpo.
Adam ri muitas vezes e se engaja totalmente na conversa. Ele é acolhedor, educado, sincero, de boa índole e de raciocínio rápido, com um grande senso de humor.
Veja nossa conversa:
Jewish News: Oi Adam, prazer em conhecê-lo.
Adam Lambert: Como você está?
JN: Como você está?
AL: Eu estou muito bom. Obrigado.
JN: Bem, Adam, bem-vindo à entrevista da “mãe judia”.
AL: Yaaayyy! Meu povo. (Rindo e abrindo os braços.)
JN: Falando no seu povo, há algumas coisas que seus fãs judeus estão curiosos a respeito. Ambos os seus pais são judeus?
AL: Não, minha mãe é.
JN: O artigo da Rolling Stone disse que você abandonou a escola hebraica aos 5 anos.
AL: Eu acho que eu era um pouco mais velho do que 5. Provavelmente 9.
JN: Como você foi capaz de cantar essas canções em hebraico que todo mundo está ouvindo na Internet?
AL: Oh. Tudo fonética. Eu não falo hebraico. Eu não fiz o bar mitzvah, infelizmente.
JN: Sua família comemora os feriados?
AL: Nós comemoramos o Chanukah ao invés do Natal. Então somos fiéis às nossas raízes dessa forma. E nós celebramos a Páscoa ocasionalmente. Quer dizer, eu odeio dizer isso, mas nós somos o tipo de judeus pela forma. Levemente judeus. Judeus Diet. Uma coisa mais de herança.
(Fiel à sua herança, e ao espírito de tikkun olam, Adam pediu que seus fãs doassem para a caridade em vez de comprar-lhe presentes. Para saber mais sobre a sua campanha para ajudar projetos de artes e música em escolas públicas em necessidade, vá para DonorsChoose.org/Adam Lambert.)
JN: Eu amei a versão de “Starlight” do Muse que você cantou no programa Good Morning America e mal posso esperar para ouvir você no show de hoje à noite.
AL: Obrigado.
JN: A letra da canção, “Buracos negros e revelações.”
AL: Isso não é lindo?
JN: Qual é o maior buraco negro que você tem medo de cair?
AL: Obscuridade. Isso seria uma vergonha. Isso seria uma verdadeira vergonha. Se eu tiver algum poder de decisão a respeito, isso
não vai acontecer, não importa o que aconteça com a minha carreira.JN: Qual foi a maior revelação que você já teve?
AL: Sabe, correndo o risco de soar um pouco clichê, que tudo é possível. Eu realmente acho que, até certo ponto, se você sonhar algo
e realmente visualizá-lo, eu acho que pode se tornar realidade. Eu realmente acredito nisso agora.(A publicitária do AI está de costas para mim. Eu discretamente pergunto a Adam se ele pode autografar a minha cópia da “Rolling
Stone” com ele na capa. “Ye-ah”, ele ri, enquanto assina com a caneta que eu trouxe para a ocasião. Não procurem por ela no e-Bay!)JN: Eu sei que sua mãe vai trabalhar para você.
AL: Ela vai me ajudar com coisas administrativas. Sim.
JN: Qual o melhor conselho não solicitado que ela lhe deu ultimamente?
AL: Você sabe, é engraçado, mas a minha mãe não me dá muitos conselhos hoje em dia. Eu acho que é um tipo tácito de aconselhamento.
É mais uma coisa de apoio. Meu pai é realmente o Sr. Conselhos.JN: Há sempre um pai que é assim.
AL: Sim, sim, sim. Meu pai é meu professor. Professor-pai.
JN: Você tem fãs que vão desde a idade de 8 a 80. Você tem avós que estão vivos para ver tudo o que está acontecendo com você?
AL: Infelizmente, ambos os pais da minha mãe já faleceram. Os pais do meu pai estão ambos vivos, e eles estão maravilhados com tudo que está acontecendo. Eu vi a minha avó em um dos shows da Califórnia. Eu acho que ela veio para o segundo show de L.A., e ela foi tão doce. Ela realmente se divertiu.
JN: Como a sua família lida com toda a fama periférica que vem junto com tudo isso?
AL: Eu acho que eles estão fazendo um bom trabalho. Obviamente, é um grande ajuste, pois existem pessoas que tentam chegar até mim através deles, às vezes, e não é algo que alguém esteja preparado para lidar, eu acho que não. É interessante [risos]… bem interessante.
JN: Novembro [2009] deve ser um mês interessante para você. O seu álbum [For Your Entertainment]~será lançado, e você gravou uma canção para o filme 2012, que estará nos cinemas na mesma época.
AL: Sim, e é uma canção realmente bela. Muito inspiradora, e a produção é linda, muito parecida com uma grande balada de rock clássico – muito ao contrário do material que vai estar no álbum, na verdade. O álbum vai ser mais moderno rock-pop eletrônico, e a faixa do filme é uma mais tradicional, velha escola, um pouco mais como algumas das coisas que eu fiz no Idol. O álbum vai usar o que eu fiz no Idol como referência, e eu vou lançá-lo hoje.
JN: Com seu álbum saindo, você terá que promovê-lo. Você gostaria de apresentar o Saturday Night Live?
AL: Oh, meu Deus. Isso seria incrível. Isso seria muito divertido. Isso seria bom. Seria muito, muito legal.
JN: Quando você for para a estrada em apoio ao álbum, gostaria de visitar Israel?
AL: Sim. Eu adoraria. Eu quero ir para todos os lugares!
(A publicitária coloca seu dedo para cima sinalizando a uma última pergunta, e eu começo a jogar uma espécie de “geografia judaica.” Pergunto a Adam se ele conhece uma determinada família em San Diego, onde ele cresceu.)
AL: Sim (ele diz, com um olhar de surpresa). Como você os conhece?
JN: Eu não conheço. Meu vizinho me pediu para mencioná-los. Seu melhor amigo em San Diego tem uma melhor amiga em San Diego, que é a mãe desta família.
AL: Bem, sua filha Danielle é minha melhor amiga. E Danielle estava sentada na plateia com a minha família durante os programas do AI. Ela é minha melhor amiga no mundo!
JN: Seis graus de separação.
AL: Aí está! Legal te conhecer! Um prazer. Tenha um bom dia. Divirta-se esta noite!
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: The Jewish Journal
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