Revista DEMI da Finlândia publica artigo sobre Queen e Adam Lambert

Queen + Adam Lambert se apresentaram no City Festival Park Live em Helsinque na Finlândia na última sexta-feira (03). E alguns dias antes a Revista DEMI da Finlândia publicou o artigo a seguir sobre Queen e Adam, confira:

“Show Must Go On” [O show tem que continuar]

Quando Queen + Adam Lambert subirem ao palco em Helsinque, será uma honra a todos aqueles que não concordam com a maioria. Felizmente o glam rock não está morto.

Um suado cantor canta “We Will Rock You” vestindo um terno de leopardo e uma coroa, e uma multidão no Rock in Rio o aplaude descontroladamente e canta junto. Raios de neon azul dividem o céu assim que o cantor levanta seu punho, coberto em couro dourado, no ar. Os outros membros da banda são senhores já grisalhos, mas mesmo eles estão vestindo dourado. No final do show fogos de artifício colorem o céu.

Atrás do microfone está Adam Lambert, 34 anos, que se apresenta como vocalista da lendária banda Queen. Quando a turnê chegar a Helsinque, em Junho, o público vai ver um show que não tem nada de comum.

Espetáculos são revigorantes em um momento em que uma celebridade após a outra enfatiza quão comum eles são e quando a mídia social nos dá um vislumbre de sua vida cotidiana.

Estrelas que você pode identificar que tem o seu lugar, mas esse lugar não é em um concerto pop. O mundo precisa de artistas glam rock cujos grandes sentimentos e brilhantes shows tiram todas as nossas preocupações por um momento.

Glam rock não é apenas sobre brilhos. Trajes teatrais e gestos são uma forma de reivindicar o seu espaço e se rebelar contra o preconceito. Se uma pessoa não se encaixa nos moldes banais, glamour oferece uma maneira de definir-se fora deles.

O Queen foi formado em Londres em 1970 e é o pioneiro do glam rock. O falecido cantor Freddie Mercury queria chocar o público, e naquele tempo era fácil. Até mesmo o nome da banda foi o suficiente para causar uma sensação. Os outros membros da banda estiveram inicialmente preocupados que o nome era muito feminino para uma banda de rock aceitável.

Os pioneiros do glam rock conscientemente quebraram as regras de gênero. Freddie pulou no palco em collants apertados e o falecido David Bowie posou em saltos altos com lábios vermelhos quando apenas um homem com cabelo comprido era o suficiente para chocar muitos e derramar seu café da manhã. Travestir-se tinha uma mensagem libertadora: Se você não quer ser como todos os outros, então não seja. Você também pode fazer de sua vida uma obra de arte.

Muitas das canções do Queen são sobre encontrar-se e a dor de se esconder. Preconceitos forçaram Freddie a esconder o fato de que ele era gay e a se casar com uma mulher. As grandiosas canções sem preconceitos combinam com rock pesado, com melódicas músicas de piano e mini sinfonias épicas. Os sentimentos nas letras são grandiosos e complicados, coisa que fascina Adam. “Eu me esforço para ter empatia nos sentimentos que Freddie escreveu em suas canções. No palco eu me pergunto como Freddie seria se ele estivesse vivo agora. Especialmente sua vida privada me interessa. Seria mais fácil para ele ser ele mesmo agora?” Esta é uma boa pergunta. Preconceitos ainda restringe a vida de muitos artistas. Não é apenas sobre se você está ou não no armário. É sobre que tipo de estilo e aparência é aceitável para pessoas diferentes. Como uma estrela pop masculina pode se vestir e dançar? De que maneira uma cantora é pressuposto parecer e soar?

O espírito de glam rock está vivo na música pop de hoje. Adam chamou sua música de glam rock de uma nova geração. Ele nomeou sua primeira turnê de Glam Nation e seus fãs se chamam Glamberts. Quando o canto de Adam é criticado por ser demasiado teatral ele toma isso como um elogio.

Também Lady Gaga, Miley Cirus e Sia fizeram esquisitices na arte. Na Finlândia, Antti Tuisku não comentou as especulações sobre ser gay, porque ele não quer que afete a percepção de sua música nas pessoas. Ele faz música em seus próprios termos, e o público ama.

O ponto de virada na história do Queen foi quando Freddie morreu de AIDS em 1991. O resto da banda continuou a turnê com diferentes cantores fato que alguns fãs veem como vantajoso.

Adam tem certeza de que ele concordou em cantar com o Queen, porque ele ama as músicas. E as músicas tiveram um grande papel em sua carreira. Em 2009, Adam encantou os jurados nas audições do American Idol com “Bohemian Rhapsody”. Quando ele cantou “We Are The Champions” na final com Kris Allen, Brian May e Roger Taylor estavam tocando. Após a apresentação Brian disse à Rolling Stone que o Queen estava considerando Adam para ser seu novo vocalista. Sua primeira turnê aconteceu em 2011. O Queen não poderia ter feito uma melhor escolha.

“Nossas músicas são difíceis, mas Adam pode cantá-las, mesmo durante seu sono. Ele pode atingir notas mais altas do que Freddie no palco. Se Freddie o visse agora provavelmente diria Ok seu bastardo, você conseguiu”, Brian disse em um vídeo da Universal Music do Japão.

Adam não tenta imitar Freddie mas interpretar as canções em sua própria maneira. “Estas surpreendentes canções existem então por que eu não iria cantá-las? O público vem para apreciar o show. Eles aceitaram que sou eu, em vez de Freddie no palco.”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução Finlandês/Inglês: Mallun (@mallunma)
Tradução Inglês/Português: Patricia Albuquerque
Fontes: Adam Lambert TV, @mallunma (1) e @mallunma (2)

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