Mais uma Fã brasileira realiza o sonho de encontrar Adam Lambert – Claudia Rosa em Munique (Alemanha), 06/05 (@icecreamcereal)

Conforme postamos aqui, a Glambert brasileira Claudia Rosa (@icecreamcereal) marcou presença no Show de Munique (Alemanha) na última sexta-feira (06), além de ter o seu momento “mágico” durante os “dois” Meet & Greet com Adam, um pouco antes do show iniciar. Confira o seu emocionante depoimento abaixo:

Glambert: Claudia Rosa – Balneário Barra do Sul/SC
Local: The Kesselhaus – Munique (Alemanha)
Data: 06/05

Uau. Contar do meu meet, show e de como tudo isso aconteceu é realmente difícil. Lágrimas começam a se acumular em meus olhos.

O que era para ser apenas um show AL + Queen no RIR Lisboa acabou virando o último show da TOHT e dois shows Queenbert. Tudo planejado com mais de dois meses de antecedência, ingressos na mão e agora era só esperar o meet abrir para comprar meu passe para ter meus segundos com meu ídolo. Pois bem, até aí tudo bem, mas nem tudo são flores certo? Para mim não seria diferente.

O meet abriu eu nem em casa estava, 3G do meu celular estava uma droga. E eu desesperada. Entrei no site e comprei logo, depois da quarta tentativa, aparentemente tinha dado tudo certo. Porém eu não recebia o e-mail de confirmação. Passou-se o dia e meu desespero foi aumentando na possibilidade de perder o meet, em contato com amigas por ajuda, eu decidi comprar outro meet. E novamente nada de e-mail. Eis que no segundo dia, recebo dois e-mails. Dois meets confirmados.

Podia devolver um, mas quem disse que eu queria?

Os dias passaram, preparamos presentes, bandeira e discursos para o tão sonhado dia. Meia dúzia de palavras já bastavam.

Chegando em Munique o coração já falhava, e tudo começava a dar meio errado. Mala perdida pela companhia aérea, cartão de crédito trazido era o errado, sem roupas, sem sapatos, quase sem dinheiro. Tudo que havia planejado estava dando errado.

O dia do show não foi diferente. Tudo começou errado. Os planos já que o cartão de crédito não veio e o dinheiro acabando foram pegar um trem ou ônibus na ida e táxi na volta. Até aí tudo bem. Até aí… Peguei o trem e me perdi. O trajeto demoraria 32 minutos, na verdade demorou quase três horas e meia. Fui parar do outro lado da cidade. Enfim. Depois de rodar tanto, cheguei ao destino final.

Pessoas já faziam fila desde a madrugada. Tinham organizado números para cada pessoa que estava lá desde cedo. Fiquei com eles. Foi enchendo de gente rapidamente. Uma miscelânea de pessoas. Todos os tipos, raças, idades. De senhoras até crianças acompanhadas dos pais. Cabelos de todas as cores, preto predominando nas vestimentas e um ar Glam no ar. Esse era o público do Adam. Tudo que ele mais ama. Diferentes tipos e gostos.

Meu horário de meet era às 18:15. Cheguei às 17:00.

Cheguei perguntando informações do meet e ninguém me respondia nada concreto. Todos muito mal humorados por estar chegando cada vez mais gente e se infiltrando no meio dos que estavam a horas lá. Quando deu 19:00, perguntei pela última vez a uma alemã “Você tem meet? Alguém aí na frente tem?”

E finalmente ela me disse. “O meet é na outra porta.”

Saí correndo empurrando todos e pedindo mil desculpas. Quando cheguei era a última. Pessoal já estava entrando. Passei pela segurança e infelizmente tive que deixar com eles nossa caixa de presentes feita com todo carinho e amor [mas me garantiram que todos os presentes são sempre entregues ao Adam depois dos shows]. Antes eu saquei a bandeira de dentro dela na tentativa de entregar nas mãos do Adam. Recebi meu meet, ou melhor meus dois meets. E fui para a fila. A ficha ainda não havia caído.

Somente quando fomos para a frente na sala do meet que eu fui me dar conta. Comecei a tremer feito um bambu. Eu não conseguia acreditar que realizaria um dos meus sonhos. Minha vez foi chegando e eu fui ficando cada vez mais nervosa. Neste meio tempo passou ao meu lado Terrance por duas vezes e eu nem consegui dar “Oi” de tão nervosa, e o Adam Ross que com sua timidez apenas respondeu ao meu “Hi Adam” com “Hello” e abaixou a cabeça.

A menina que organizava o meet avisou: “pessoal apenas 3 segundos. Nem mais nem menos.” Antes da entrada infelizmente a bandeira ficou pelo caminho.

Fui recebida por um sorriso encantador, lindo. Um olhar penetrante que parece te sugar a alma. E uma voz aveludada.
Se fosse definir o Adam em uma palavra diria: macio.

Ele é muito macio. Em tudo. Corpo, roupa, voz. Absolutamente tudo.

Sempre tive o sonho de conhecer o Adam na época de Trespassing. Infelizmente viria a conhecê-lo alguns anos depois, apenas em Setembro no Rock in Rio. Então ao entrar naquela sala apertada eu o vi na época Tresspassing. Era aquele Adam de alguns anos atrás.
Eu entrei em choque com aquela cena, aquela visão. Travei de tal forma que nem consegui respirar direito. E aquilo me encheu o coração de um sentimento tão incrível que nada estragaria, nem o fato de não poder abraçá-lo ou entregar bandeira/qualquer outro presente. Era o Adam platinado e maquiado de Trespassing na minha frente. Eu estava em transe. Absolutamente paralisada. Nem a clássica frase que ensaiei tanto: eu sou do Brasil, saiu.

Eu não conseguia. Eu não estava acreditando. Foi como se o mundo tivesse parado naquele momento. Eu estava ali com o cara que mudou minha vida em Setembro. Que me deu presentes impossíveis de se alcançar da maneira que eu estava. Eu estava ali com ele. E não consegui dizer nada além de “Hi”. Ele me puxou para a foto. Foi quando senti seu toque e seu carinho ao tentar me tirar do transe. Definitivamente ele me hipnotizou.

Finalizando a primeira foto, ele se despediu e agradeceu, foi quando eu disse alto: “são dois meets, duas fotos.” E ele sorridente disse: “owwwww, twoooooo” e soltou aquela gargalhada gostosa e me puxou para a foto novamente.

Eu estava duplamente em choque. Eu não queria sair dali. Eu não queria deixar ele. Mas tudo tem um final. Saí da sala e soltei o último olhar, ele ainda me olhava. De fato, saí bem atordoada, não conseguia nem andar direito. Só conseguia dizer: ow My God, ow My God, ow My God.

Eu repeti isso por longos minutos.

Peguei meu pôster autografado, e corri para o show. Fiquei atrás apenas de duas pessoas. Visão privilegiada. Enquanto rolava o famoso setlist do show e após o show da banda de abertura eu só repetia na minha mente: Isso é real? Isso é sério? Eu vi ele? Toquei nele? Não pode ser.

Foi quando começou tocar a intro do show. Meu coração pulou ainda mais, sim eu estava ali mesmo. Aquelas batidas frenéticas eram a comprovação.

O show começou com tudo e o público delirava a cada música. Eu estava muito perto. Conseguia ver os detalhes dele na minha frente. A cada música nova ele provava que talento tem de sobra. Era possível sentir a energia dele, a alegria de estar no palco cantando para aquele monte de gente.

Em seu discurso foi mais uma vez fantástico, instigou o público, conversou e sorriu muito.

Seus movimentos são incríveis, e seu olhar delirante. Uma vez uma amiga disse que ele olha a gente no fundo dos olhos e eu não conseguia imaginar isso.

E naquele dia eu pude comprovar isso. Ele realmente olha no fundo dos olhos. Era como se tivesse somente eu e ele ali. E não é exagero. Realmente parece que não existe mais ninguém, cada vez que ele vira e olhava na minha direção eu sentia aquele olhar sugando minha alma. Sentia como se o mundo inteiro sumisse e eu estivesse ali na frente dele e ele por sua vez cantando apenas para mim. E essa sensação é a melhor e mais incrível do mundo. Só quem sentiu isso pode descrever. Ou não, pois ainda me faltam palavras. Quero poder experimentar inúmeras vezes.

O show foi finalizando e ele enrolava pra sair do palco. O encore durou mais do que o normal e ele dançante distribuía sorrisos para todos os cantos, inclusive para mim.

O fim do show chegou e eu estava em choque. Havia vivido o melhor dia de minha vida e não conseguia sequer chorar. Nem de alegria. Eu estava tão feliz e realizada como não me sentia a muito tempo. Ele transformou minha vida em dois momentos, quando o conheci em Setembro e quando o vi na sexta-feira.

Quando saí de Munique no dia seguinte foi a primeira vez que chorei desde o show. Era um choro de saudade, dele, do dia, do show, daquele nosso momento.

Mas agora é esperar por Lisboa e Barcelona, para poder experimentar mais um pouco de sua energia renovadora.
E se isso é possível, voltei ainda mais apaixonada.

Agradecimentos: Claudia Rosa

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