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27mar2016
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Journal Sentinel de Milwaukee (WI/EUA) entrevista Adam Lambert – Parte 1
Adam Lambert fala sobre a cobertura da homossexualidade na mídia e mais antes do show em Milwaukee Por anos, pareceu que Adam Lambert tinha ficado aquém do seu potencial superstar.
Nunca antes e nunca depois houve tanta hype em torno de um concorrente do “American Idol” quanto houve na temporada de 2009. Ele ganhou uma fã-base apaixonada, mais tarde batizada de “Glamberts”, com seus vocais dinâmicos ao estilo de Freddie Mercury e presença de palco dramática.
O ex-ator de musical apareceu na capa da edição mais vendida em 2009 da Revista Rolling Stone, na qual ele oficialmente anunciou que é gay. E mesmo Lambert tendo perdido a temporada para Kris Allen, uma lista impressionante de artistas se formou para contribuir com o álbum de estreia de Lambert, incluindo Lady Gaga e Pink.
Mas o sucesso do álbum foi eclipsado pela controversa performance de Lambert no American Music Awards naquele mês de Novembro, onde ele beijou seu baixista e fez gestos sexualmente provocativos. Quando Lambert lançou seu álbum seguinte, “Trespassing”, em 2012, ele nem mesmo fez uma turnê pelo país.
Agora Lambert, 34 anos, está de volta à estrada, excursionando sua nova música nos Estados Unidos pela primeira vez em seis anos.
Ele foi o “Idol” com maior rendimento em 2015, de acordo com a Forbes, ganhando em torno de 10 milhões de dólares no ano passado, com sua turnê com o Queen e seu novo álbum “The Original High”.
Antes do seu retorno ao Riverside Theater na próxima terça feira, ele falou com o Journal Sentinel sobre a trajetória de sua carreira. Abaixo está uma versão editada e condensada da transcrição desta conversa.
Houve tanta hype em torno do seu primeiro álbum e então a controvérsia do AMAs aconteceu. Você acha que isso teve algum tipo de efeito colateral?
Adam: Quando eu saí do “American Idol”, a única coisa que a mídia queria falar a respeito era minha sexualidade. E de certa forma isso foi muito bom e eu estava muito orgulhoso de ser um representante e de não pedir desculpas por isso. Mas isso se tornou um foco tão importante que acabou me influenciando até no que eu queria fazer no palco. Naquele momento, eu realmente queria fazer uma declaração rebelde e firme. Eu não me dei conta de que iria ofender as pessoas da forma que, infelizmente, ofendeu. Eu estava apenas expressando a forma como eu me sentia. Mas eu aprendi muito sobre como você tem que ser talvez um pouco mais objetivo, como artista. Eu aprendi como é fazer uma declaração que não necessariamente será a mais popular. E foi interessante porque eu aprendi muito sobre a mídia e onde nós estávamos como uma sociedade na época. E isso começou uma ótima conversa sobre duplos padrões, o que eu achei muito interessante.Como você se sente em relação à resposta da sociedade aos artistas abertamente gays e temas gays na música, em 2016?
Adam: O que eu achei interessante é que a maioria das pessoas que eu encontrei não se importa. Quem se importa é a mídia. E de certa forma pode ser muito bom, porque está nos ajudando a progredir e pode nos ajudar a romper estereótipos e a derrubar a homofobia ao se falar e realmente explorar isso. Mas também isso perpetua a segregação. Ao se falar disso o tempo todo, e apontar e publicar artigos sobre isso o tempo todo, você está mantendo as pessoas separadas. O que eu estou tentando fazer com a minha música, é que ela não é gay, não é hétero, não branca ou negra, não masculina ou feminina, ela é meio que só humana.Você alguma vez pensa, como alguns de seus fãs pensam, que você não é tão bem sucedido quanto merece ser?
Adam: Isso não são as Olimpíadas, é música. Não é sobre conseguir uma medalha, é sobre comover as pessoas, é sobre conectar as pessoas. É fácil ficar envolvido com o negócio. Não foi por isso que eu entrei nesse ramo, para começar, então eu gosto de manter meus olhos, não no prêmio, mas na experiência de criar música. Eu tenho muita sorte.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fonte: Journal Sentinel
A cada entrevista de Adam, quando o conheço mais um pouco aumenta minha admiração e respeito por ele.