Em entrevista ao Idolator, Adam Lambert fala sobre suas duas novas músicas, “Rocky Horror” e sua amizade com Kesha

Se você ainda não está ciente do fato que Adam Lambert é um dos caras mais trabalhadores no mundo do entretenimento, considere isto: O cantor de 34 anos está viajando pelos Estados Unidos no momento, com sua turnê “The Original High Tour”, em apoio ao álbum de mesmo nome, lançado apenas 9 meses atrás. Assim que finalizar a turnê em casa, Adam vai à Europa para mais shows e ainda participar de festivais de verão com Queen. Espremido entre tudo isso, ele vai gravar as cenas para a releitura da Fox de The Rocky Horror Picture Show. Ah, e a propósito, ele acabou de lançar um single fora do álbum, “Welcome To The Show”, completamente do nada há alguns dias atrás, enquanto de alguma forma, arrumava espaço livre no seu calendário para voltar a Los Angeles e apresentar a música no American Idol semana passada.

Foi no dia seguinte a apresentação no Idol quando nós pulamos para o telefone para conversar sobre “Welcome To The Show”. E acabamos descobrindo que ele tem outra nova música em parceria para ser lançada “a qualquer momento”, chamada “Can’t Go Home”.
Lambert também nós explicou porque não optou pelo papel principal de Frank N Furter em Rocky Horror, o qual ele diz ter sido originalmente oferecido. (Ao invés disso, ele vai interpretar Eddie). E apesar do cantor escolher não comentar nada relacionado a Dr. Luke, um produtor com quem ele trabalhou nos seus álbuns “For Your Entertainment” e “Trespassing”, ele falou com carinho de sua antiga colega de gravadora Kesha.

Confira abaixo nossa mais recente conversa com uma das vozes mais originais – e mais trabalhadoras – nesta coisa que chamamos de música pop.

Bom conversar com você novamente! Ótimo trabalho no American Idol. Você pareceu, apropriadamente, muito a vontade no palco lá.
ADAM LAMBERT: Foi ótimo estar de volta. Foi divertido.

Para muitas pessoas, seu single “Welcome To The Show” veio do nada semana passada. Como que esta música surgiu?
AL: Você sabe, minha personalidade. Sou muito impulsivo. Eu adoro pular nas coisas e fazer acontecer muito rápido. Às vezes na música isso não é muito fácil [risos]. Quando você monta um álbum, você tem todos os planos que tem que fazer com a gravadora, e tudo que foi trabalhado. É um processo. E então estávamos conversando do que seria o próximo passo, e estou nessa turnê – Eu falei “Deus, só quero lançar algo novo. Porque não? Por que temos que seguir quaisquer tipo de regras?” É primavera, parece um ano novo. E eu amo as músicas do álbum – Ainda tem potenciais singles nele também – mas eu só queria lançar algo novo para surpreender as pessoas e animar. Então, falei com Max Martin e ele tipo “Oi, nós temos esta música que Laleh começou. Você devia vir aqui e ouvir.” Então eu fui lá e ela tocou para mim. Instantaneamente eu pensei que era algo que poderíamos desenvolver juntos. E ela foi tão fofa, e tão aberta, a energia dela, e nós tivemos essa ideia e começamos a cantar juntos no piano. Parecia o certo.

É uma música bem animadora.
AL: Eu disse “Deus, eu amo essa mensagem”, porque pode significar tantas coisas diferentes dependendo de quem você é. Isso é algo que tem sido um tema neste álbum, “The Original High” – músicas que são diretas e honestas mas que podem ser aplicadas em diferentes situações. Eu senti muito fortemente que esta música poderia ajudar as pessoas a enfrentarem o que estão lidando, talvez empoderá-las e ajudá-las a se orgulharem de quem e o que são, o que estão passando, e encontrarem força nisso. É um hino muito forte. É um tipo de mantra. O que eu adoro no refrão é que é simples. Parece que essa coisa vai talvez entrar na sua cabeça e, é – se orgulhe de quem é e viva sua vida.

Como um fã de música, eu sempre gosto de singles fora do álbum. São uma boa surpresa.
AL: Sim, eu sinto que ultimamente, não tem regras. Você não precisa fazer nada de um jeito só. Não significa que o “The Original High” acabou, de jeito nenhum. Foi só um “hey! – Nós queríamos lançar uma música.”

Para esclarecer, Max Martin lhe mostrou “Welcome To The Show”, mas não produziu a música.
AL: Não, ele não produziu. Ali Payami – ele fez bastante da programação em “Ghost Town” comigo, e trabalhou com Max naquela música – Ele fez a produção nesta. Ele fez o instrumental e um pouco da composição. Laleh quem na verdade produziu minha voz. Nós nos reunimos em Nova Iorque, e trabalhamos nos vocais. Foi bem rápido e direto. Foi impulsivo. E eu adoro isso.

Você esteve escrevendo alguma outra nova música enquanto esteve na “The Original High Tour”? E também – pergunta dupla – esta é a única música que gravou nesta sessão em particular?
AL: Foi, porque eu não tinha muito tempo. Foi em um dia. Uma pausa entre o show de Nova Iorque e Nova Jersei. Eu não tenho escrito nada desde que estou na estrada, mas eu tenho outra música que gravei que está vindo aí a qualquer momento. É uma parceria com Steve Aoki e Felix Jaehn. Eles colaboraram nesta música e me mandaram. Eu fui lá e gravei em L.A. algumas semanas antes de gravar “Welcome To The Show”. Então é duplamente boa! [risos] É uma música bem empolgante. (Steve Aoki) a tocou na Flórida e em todas as suas paradas, ele está em tudo o tempo todo, e as pessoas parecem estar gostando. Se chama “Can’t Go Home”. E é bem um som de verão.

Quando conversamos em Junho passado, você estava esperançoso por uma turnê para o “The Original High”. E agora você está finalmente fazendo isso.
AL: Sim. É tão bom estar em frente aos meus fãs de novo. Faz um tempo. Eu não havia me tocado, mas foi tipo “Ah meu Deus – minha última turnê solo foi cinco anos atrás”. É um show de 90 minutos, ou deveria ser de 90 minutos – alguns lugares tem que ser menor. É muito canto, mas eu adoro. Eu trabalhei com uma amiga que conheço há anos – o nome dela é Brooke Wendle – para me ajudar a dirigir o show. Ela trouxe um designer de iluminação ótimo e mais pessoas cultas. Foi a maior produção que já tive, sozinho. Nós realmente estruturamos um show de três partes. O começo dele é bem melancólico e mais escuro, um tipo de agonia. Então vamos para o meio do show que é mais coração, mais vocal – sabe, a integridade musical do show. [Risos). E então a última parte que são as músicas para dançar que eu adoro.

Você é tão ocupado. Você também tem mais shows com o Queen por vir, certo?
AL: Sim, neste verão. Vai direto de um para o outro. Eu termino aqui nos EUA no começo de Abril. Nós fazemos os dois shows finais em L.A. Então eu vou embora literalmente no dia seguinte para ir filmar Rocky Horror no Canadá. E então, logo depois, damos um pulo na Europa para as datas no Reino Unido e Europa da turnê solo durante um mês, mais ou menos. E aí direto para o Queen. Nós vamos fazer alguns grandes festivais pela Europa.

Você está aprendendo suas falas para o Eddie em Rocky Horror?
AL: Sabe, ele não tem muito diálogo! É uma parte divertida porque é bem uma participação especial. Eles, na verdade, me chamaram antes – em algum ponto ano passado – para o papel de Frank N Furter. Eu fiquei lisonjeado, e pensei que poderia ser bem divertido. Mas, com a minha agenda, não pareceu provável. E ainda, eu meio que senti que em 2016, ser cis e interpretar o papel de um personagem trans, seria inapropriado para mim. Nos anos 70 era diferente. Mas, agora que começamos toda essa conversa incrível sobre transgêneros no mundo. Eu acho que escolherem a Laverne Cox foi brilhante. E foi tão certo, sabe?
É uma recaracterização do personagem, também, porque ela é completamente diferente. Então eu disse não, mas quando eles começaram a anunciar o elenco eu falei “Espera aí – Que tal Eddie? Eu quero fazer o Eddie! Poderia fazer isso – É tipo uma música. Deixa eu participar um pouquinho!” Porque eu realmente queria muito fazer parte disso. Sou muito fã do filme original, e o diretor Kenny Ortega é um rapaz adorável. E quando soube que Cisco Adler estava produzindo a músicas pensei “ah, isso vai ser bom”. Então eu já fui e gravei as minhas músicas. Fiz os vocais e está muito bom. Agora tem uma semana em Abril, em Toronto, para filmar.

Nós vamos ver você realmente em uma moto na sua cena?
AL: Pode ser! [Risos]

Voltando a Laverne e a razão que você não pegou o papel de Frank N Furter, é muito legal estarmos vivendo em uma era que podemos ter a autenticidade de assistir um ator realmente trans interpretando um personagem trans, e que a audiência vai aceitar isso.
AL: Sabe, eu pensei comigo mesmo, e meus amigos que são trans – Como eles vão se sentir sobre uma pessoa não trans dizendo “Eu sou um doce travesti da Transylvania transexual”? É arriscado. Eu acho que eles fizeram uma escolha muito acertada nisso. É um pensamento muito avançado e é o certo agora, o que vai fazer dessa releitura muito interessante.

Você postou uma foto muito fofa no Instagram de você e a Kesha na outra semana, enquanto a turnê passava por Nashville.
AL: Sim, eu não falava com ela há tanto tempo. E aconteceu de eu estar em Nashville para o meu show e ela me mandou uma mensagem dizendo “Oi, eu estou em Nashville” e eu fiquei tipo “não pode ser!” Então foi ótimo revê-la. Não via ela há algum tempo, mas no passado, quando nós dois assinamos com a RCA, nós iámos a diversos eventos promocionais juntos, e o almoço na Vevo, iámos juntos. Foi muito bom vê-la e colocar a conversa em dia.

Nossa – O almoço da Vevo. Isso foi quando? Final de 2009? Quando você estava prestes a lançar o seu primeiro álbum. “For Your Entertainment”.
AL: Foi! [Risos]

Eu me lembro de postar uma foto sua no Idolator junto com a Kesha no ASCAP Awards de 2011.
AL: Ah, quando eu estava vestido de Capitão Morgan? [Risos] Essa foi uma das vezes… Nossa, aquela roupa aquela noite? Meu Deus. Me assombra. E toda vez que vejo aquela foto eu penso “Que por#* eu estava pensando?” Eu não sei o que eu estava pensando.

Então, temos essa outra música “Can’t Go Home” por vir, e o resto da turnê…
AL: Depois disso tudo acho que preciso de umas férias! [Risos] E então, não sei. Não tenho planos ainda. Mas gostaria de começar a trabalhar em novas músicas. Provavelmente no Outono.

“Welcome To The Show” está disponível no iTunes agora. Você pode ver as outras datas da turnê de Adam aqui.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Aline Braga
Fonte: Idolator

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2 Comments

  1. Férias ainda não Adam querido do meu coração! Por favor, só uma esticadinha até a América do Sul. Nunca te pedi nada, só isso. Pode até descansar um pouco, mas só um pouco.

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  2. Por favor, Adam não esquece das Glamberts brasileiras, nós te amamos e adoramos suas músicas, depois vc descansa!!! Please!!!!

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