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10mar2016
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[NOVA ENTREVISTA] Washington Blade: Batendo um papo com Adam Lambert
Batendo um papo com Adam Lambert Chamativo. Teatral. Glam rocker. Esses são apenas alguns dos adjetivos que as pessoas deram a Adam Lambert em 2009, quando ele se tornou algo como um nome familiar ao aparecer na oitava temporada do American Idol, terminando como segundo colocado, depois de Kris Allen.
Nestes sete anos que se passaram, Lambert lançou três álbuns aclamados, vendeu cerca de 2.5 milhões de discos e mais de 5 milhões de singles ao redor do mundo. Ele também serviu como vocalista para o Queen nos últimos anos e fez uma participação em “Glee”, combinando suas habilidades de atuação e canto.
O lançamento mais recente de Lambert, “The Original High”, estreou em 3º na Billboard 200 Americana e o artista está atualmente fazendo turnê em apoio ao álbum, parando no Lincoln Theatre no sábado, 5 de Março.
O cantor nunca foi tímido em relação a sua orientação sexual, e tem sido um ativista dos direitos LGBT+ há tempos. Recentemente, Lambert separou um tempo para conversar com o Blade sobre música, orientação sexual e como é substituir uma lenda.
WASHINGTON BLADE: O que aqueles que irão ao Lincoln Theatre no dia 5 de Março podem esperar de você nessa noite? O que define um show do Adam Lambert?
ADAM LAMBERT: Esse show com certeza é um produto da minha evolução. Estou explorando novas ideias e novos sons. Já são sete anos desde o “Idol” e eu definitivamente cresci um pouco. Eu abordo as coisas de formas diferentes agora e eu aprendi muito sobre meus fãs e sobre mim mesmo como artista e musicalmente, eu cresci e expandi meu paladar, por assim dizer.BLADE: Olhando para seu álbum mais recente, “The Original High”, o que inspirou suas composições?
LAMBERT: Neste terceiro álbum, o qual eu acho que é o mais forte até agora, eu meio que encontrei uma canção para cada assunto que eu queria abordar. Algumas das canções nesse álbum são reflexos de onde eu acho que nós estamos como uma sociedade, tanto o bom quanto o mal. O primeiro single, “Ghost Town”, meio que diz “Ei, nós estamos todos sentados aqui tentando entender quem somos e o que queremos ser, mas é difícil.” A forma como nós nos comunicamos se tornou um pouco desconectada e desencantada e às vezes eu me pego sentindo essa desesperança do entorpecimento por um tempo. Mas ao mesmo tempo, nós montamos a música com essa house beat maluca e sexy e ela faz você querer dançar e talvez isso seja parte do remédio que nós deveríamos procurar – nos juntar e dançar.BLADE: Você acabou de fazer 34 anos, mais ou menos no limite de ser um Millennial, o que provavelmente ajuda o seu apelo tanto às gerações mais novas quanto as mais velhas. Você pensa em como ter esse apelo com diferentes gerações quando está fazendo novas músicas e montando seu show?
LAMBERT: Eu não acho que seja premeditado assim. Eu tenho um círculo de amigos muito diverso no que diz respeito a idades e experiências. Eu acho que as pessoas que eu conheço me inspiram muito e meio que participam do que eu faço. Eu tenho pensado nisso às vezes. Se você tem 22, é aqui que você está na vida versus o que alguém de 37 anos está sentindo? É uma parte disso.BLADE: Quando você começou no negócio, havia marcas que você queria alcançar? Se sim, quais marcas permanecem em aberto?
LAMBERT: Você não pode controlar isso. Eu meio que vivo um dia de cada vez. Eu tenho minhas vendas em alta e eu estou viajando. Eu tenho um time incrível de pessoas trabalhando comigo. Definitivamente há coisas que eu quero tentar – Mais algumas oportunidades de atuação seriam legais – e eu quero continuar fazendo música. Eu amo a ideia de fazer músicas que conectam as pessoas ao redor do mundo.BLADE: Falando em atuar, você foi escalado para aparecer como Eddie no revival de “The Rocky Horror Picture Show” da Fox neste outono.
LAMBERT: Eu adoro isso. Eu acho que vai ser uma produção incrível. Eles têm feito esses musicais na TV, mas esse vai ser o primeiro a ser filmado, não é uma apresentação ao vivo. Vai ter muita integridade com relação ao original porque eles têm Lou Adler (o produtor original), no projeto e o filho dele está produzindo a música. Kenny Ortega (o diretor) não é estranho aos musicais em filme e o elenco que eles montaram, eu estou honrado em fazer parte dele. Estou muito animado.BLADE: Eu sei que David Bowie foi uma grande influência sobre você e sua música e o falecimento dele foi uma triste perda para a indústria da música. Conte-me um pouco sobre o que ele significou para você.
LAMBERT: Ele estava à frente de seu tempo e não tinha medo de ser um estranho e apresentou ideias que não eram necessariamente populares, e eu amo isso. Eu acho que ele queria ser estranho, o que eu também admiro. Socialmente, fisicamente, eu acho que ele foi um ícone. A voz de David Bowie soa como nenhuma outra, sua aparência não era igual à de ninguém mais. Ele era único.BLADE: É isso o que você pretende fazer? Como você define a sua filosofia de quem você quer que Adam Lambert seja?
LAMBERT: É interessante, porque se você olhar para a carreira de Bowie durante esses 30 anos, o que ele fez foi reinventar e evoluir e como um artista, parecia que ele tentava novas cores quando ele tinha vontade. Eu me sinto inspirado por isso. Na mídia de hoje e no mundo da música, é muito fácil se tornar uma marca e ficar preso a essa marca. Eu acho que é emocionante ser criativo e explorar novos sons, novos visuais e novas cores e ideias, e é isso o que eu quero continuar fazendo – manter as coisas frescas e continuar evoluindo.BLADE: Uma das coisas que me impressiona a seu respeito é que você não é definido pela sua sexualidade, você é você. Isso se tornou mais fácil com o passar dos anos?
LAMBERT: Sim. Eu acho que a sociedade está se acostumando com o passar dos anos. Sete anos não é tanto tempo assim, mas as coisas eram bem diferentes naquela época. O melhor de ser assumido no atual mundo do entretenimento é que isso não é mais uma surpresa, não é tanto um problema e não é mais uma coisa assustadora e desconhecida para o público. Aceitação, tolerância e visibilidade abriram seu caminho nas artes – como eles sempre deveriam – e as coisas estão melhores agora, focadas no que elas deveriam estar focadas, que é a própria arte.BLADE: Você fez muito pela comunidade LGBT e eu sei que isso é algo importante para você.
LAMBERT: É claro. Eu passei anos em LA indo a bares e clubes gays e era lá que eu socializava e ouvia música e foi lá que eu me apaixonei pela dance music. É parte da minha cultura. Obviamente eu tive várias outras oportunidades que me misturaram com outros tipos de pessoas também. Eu gosto da ideia de dizer “Não vamos nos segregar, vamos misturar tudo.” Meu envolvimento com o teatro foi ótimo para isso porque você tem todas as raças, religiões e gêneros – essa é a fantasia utópica que eu sempre tive.BLADE: Você tem se apresentado com o Queen nos últimos anos, o que você diz que é como um sonho para você.
LAMBERT: Tem sido incrível e eu ainda vou fazer mais algumas coisas com eles nesse verão. É uma honra tão grande cantar para uma das melhores bandas de rock de todos os tempos, apesar de que é intimidante ser comparado a Freddie Mercury, porque eu acho que ele era incrível. Eu não acho que possa competir com ele de forma alguma, mas para mim não é sobre isso. É sobre trazer essas músicas de volta a vida para os fãs da música e da banda e ajudar as pessoas a se lembrar de o que fez essa banda tão grande, em primeiro lugar. Essas músicas têm sido parte da vida das pessoas por anos e anos, então poder apresentar essas canções, a alegria coletiva que vem da plateia, há algo muito recompensador nisso.BLADE: Alguma última mensagem para aqueles que irão ao show?
LAMBERT: Venham e estejam preparados para vir numa montanha russa comigo. Há algumas canções dos últimos dois álbuns também e para os fãs desse novo álbum, eu finalmente posso apresentá-las. Vai ser muito divertido.
Confira aqui a versão impressa desta entrevista.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: Adam Lambert TV, Washingto Blade e Adam Lambert Media
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