The Huffington Post: Adam Lambert encontra a “The Original High” em Nova Iorque – 03/03

Adam Lambert encontra a “The Original High” em Nova Iorque

Entrei para o show de Adam Lambert pelo Terminal 5 em Nova Iorque, na noite de quinta-feira, tal qual um fã de longa data, apreciando de longe sua personalidade glam rock, mas nunca se entregando completamente à sua carreira pós American Idol. Claro, eu já havia dançado ao som de um remix de “Whataya Want From Me”, mas que homem gay que se preze aos seus 20-e-tantos anos também não dançará?

De qualquer forma, saí do local depois do show coberto de glitter e me perguntando o porquê de não ter me tornado um Glambert completo antes.

Se a intenção da sua “The Original High Tour”, para divulgar seu álbum de mesmo nome, era de ‘elevar’ sua audiência, então eu estava me sentindo ‘alto’ pra caramba!

Depois de se terminar como vice-campeão da oitava temporada de American Idol, Lambert tem se adaptado bem à carreira muitas vezes traiçoeira de um ex-participante de reality-show, lançando três álbuns bem-sucedidos e com boas avaliações das críticas, marcando uma indicação ao GRAMMY e completando duas turnês com o icônico grupo de rock Queen. O cantor de 34 anos de idade também conseguiu se manter sendo assumidamente gay desde seus dias de Idol, defendendo a população LGBTQ dentro e fora do palco. (Lembram-se da indignação popular quando ele beijou seu tecladistabaixista durante a apresentação no AMA de 2009?).

Mas o que tem mantido Lambert tão relevante sete anos após o programa é a sua voz, descrita pelo guitarrista do Queen, Brian May, como um som que se estende com sensibilidade, profundidade, maturidade, com um poder e alcance impressionantes, que faz os queixos caírem pelo mundo todo. O talento vocal de Lambert foi o ponto alto do seu show em Nova Iorque. Se há uma coisa que o American Idol ensina seus participantes a fazerem é saber cantar bem ao vivo.

Começando o set com a faixa dançante “Evil In The Nigh”, Lambert entregou um prato cheio para a multidão, que era uma mistura estranha de mães de Nova Jersey, garotinhas, meninos gays e celebridades como Tyler Oakley e Betty Who. Vestido com peças com figuras geométricas em preto-e-branco contrastadas com seus sapatos de cano alto brilhantes e seus braços cobertos de tatuagens, o desempenho de Lambert exalava confiança e sexualidade.

Em seguida, ele deleitou seus fãs com seu primeiro single do álbum, “Ghost Town”, de nome semelhante a uma música da Madonna. A faixa começa com um som ilusório de riff de guitarra acústica, rapidamente arrastado por uma batida house trovejante. Lambert, junto de seus dois dançarinos, aumentou a aposta com uma surpreendente quantidade de coreografias que não prejudicou o poder vocal do cantor. Devo dizer, gente: Adam pode quebrar os quadris tão bem quanto eles.

As coisas esquentaram tanto a ponto de um fã atirar no palco um par de cuecas com o escrito ‘sugar daddy’ estampado na parte de trás. “Você não pode ficar jogando coisas na minha cara, bitch. Nesta carinha aqui não, tá?”, ele respondeu de improviso antes de acrescentar: “Eu vou ser seu sugar daddy”.

Apesar do novo álbum ter seus grandes hits (vide “Another Lonely Night” e “The Original High”), a multidão foi do zero ao ‘cantando-sozinho-no-chuveiro’ quando a plateia cantou (talvez gritou) coletivamente a música mais popular de Lambert, “Whataya Want From Me”. Além da natureza altamente performática de sua música, uma corrente de auto-aceitação e uma mensagem ao estilo ‘Born This Way’ correu durante todo o show, atingindo o pico com letras como “It’s me, I’m a freak / But thanks for lovin’ me / ‘Cause you’re doing it perfectly”.

Durante um interlúdio, Lambert agradeceu aos fãs que “o aceitam do jeito que é” e deixou claro que não é nada sem o seu apoio.

“Algo que percebi sobre quebrar tudo nos palcos, quebrar tudo em Los Angeles e viajar, é que não importa de onde você é, quantos anos tem, sua cor de pele, seu gênero, sua crença, sua orientação sexual, a menos que você queira rotular a si mesmo, o que está ficando super fora de moda, a propósito, e que somos todos seres humanos. E sabe de uma coisa? Todos nós temos corações. Eles são os mesmos malditos órgãos e se sentem o mesmo monte de mer**, e é isso que eu amo. Eu amo essa música por poder nos conectar e nos unir”.

Sim, foi um pouco falso e você pode ter rodado seus olhos, mas no momento a declaração foi autêntica e claramente ressoou com as mães de Nova Jersey na plateia. Brincadeirinha – eu estava nessa, também.

Estejam certos, ele rapidamente voltou ao groove com um louvável “Let’s Dance”, tributo a David Bowie e um cover do Queen de “Another One Bites The Dust”. Considerando o quão profundamente Lambert tem sido beneficiado pelos legados destes dois atos, a homenagem foi um encerramento perfeito para o show. Sua última mensagem para o público?

“Vão se pegar com alguém!”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Diego Girardello
Fontes: @ALAlwayz e The Huffington Post

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *