Adam Lambert é entrevistado na BBC Radio 5 live, Londres – 19/11

Em 19/11 Adam Lambert foi entrevistado por Dan Walker e Sara Brett da BBC Radio 5 live de Londres. Confira como foi a entrevista:

Sara faz um breve resumo da carreira de Adam, lhe dá as boas vindas e começa a entrevista perguntando o que o influenciou na criação do novo álbum. Adam diz que a intenção com esse álbum era ser mais centrado, menos extravagante do que seus trabalhos anteriores, mais íntimo, mas que ao mesmo tempo, tem uma batida animada que faz a pessoa se mexer.

Sara e Dan então comentam sobre a reação de Simon Cowell durante a primeira audição de Adam, que ele estava cético. Adam diz que sim, mas que conseguiu convencê-lo no final. Dan chama atenção para o fato de Randy Jackson, na mesma ocasião, disse que Adam era do que a Indústria da Música precisava no momento. Sara diz que mesmo naquela época, Adam não lhe parecia alguém que se deixaria afetar pela importância da situação ou a opinião dos jurados. Adam diz que ter feito vários musicais e lidado com a rejeição desse ramo de trabalho o deixou mais forte, mais preparado e que embora ele soubesse que a audição para o Idol fosse importante, ele também sabia que podia lidar com a situação.

Em seguida, Sara pergunta o quanto Adam participou na criação das canções de “The Original High”. Adam diz que co-escreveu muitas delas e que trabalhar em equipe é o que ele mais gosta e o que dá mais certo para ele, criativamente; deixar o ego de lado e juntar quatro ou cinco pessoas para fazer a melhor música possível. Ela diz que isso é interessante, pois essa sempre foi a filosofia do Queen também. Adam concorda e fala um pouco sobre o tempo que passou na Suécia com o time de compositores “Wolf Cousins” e como foi bom trabalhar com pessoas centradas e descontraídas e que foi bom para ele poder se concentrar somente na composição do álbum.

Após tocar “Another Lonely Night”, Sara diz que a música a surpreendeu, pois ela não esperava essa batida na música e pergunta o que o inspirou a fazer a música desse jeito, se ele estava inspirado pelas pessoas com que estava trabalhando. Adam responde que sim, mas que também o tempo que passou sozinho na Suécia serviu de inspiração para ele refletir sobre sua vida em Hollywood nos últimos 15 anos e o que ele percebeu nesse momento foi que ele não tem todas as respostas e que talvez nunca tenha. Ele diz também que queria escrever músicas pessoais, mas que ao mesmo tempo, fossem universais, sobre problemas reais que afetam as pessoas.

Dan pede para que Adam relembre o show da virada do Ano com o Queen em Londres e pergunta se ele estava nervoso. Adam diz que quando tudo começou, ele se sentia muito intimidado com a tarefa de fazer jus ao legado de Freddie Mercury e não desrespeitar as memórias dos fãs, mas que tendo Brian e Roger ao seu lado, ele conseguiu encontrar seu caminho através dessa tarefa difícil.

Sara diz que se perguntava se Adam tentou imitar a teatralidade de Freddie no palco ou se ele se concentrou apenas nos vocais. Adam diz que sempre gostou de performances amplas e exageradas e que ele acha que entende o amor de Freddie pelo espetáculo, mas que nunca parou para analisar o que ele fazia em cada música, que sua intenção era apresentar a música de uma forma que Freddie gostaria de fazer ele mesmo.

Dan pergunta se alguma vez durante a turnê Adam se perguntou como diabos isso aconteceu com ele. Adam diz que é muito surreal e que mesmo que ele se sinta muito mais confortável com a banda agora, ele ainda tem momentos em que se sente exasperado, como o show que ele fez com a banda no Rock in Rio, para oitenta e cinco mil pessoas.

Em seguida, Sara pergunta o quão animado Adam está para o Festival da Ilha de Wigh e Adam responde: “Eu sempre digo que há uma situação muito simbiótica com eles. Eles têm sido muito generosos ao dizer que não poderiam fazer isso sem mim, mas os presentes que eles têm me dado são incríveis, as oportunidades que dividir o palco com Brian e Roger são imensuráveis, quer dizer, esses festivais que de outra forma eu talvez não pudesse fazer parte, agora eu tenho no meu currículo e posso encontrar novos fãs e ter essas experiências, então eu sou muito grato a eles.”

Dan comenta que Brian May disse estar aberto sobre gravar novas músicas e pergunta se isso é uma possibilidade. Adam diz que neste momento não há motivos para se rejeitar possibilidades, mas que não sabe se, caso essas gravações ocorram, se ele chamaria esse grupo de Queen, pois para ele, Queen são os quatro membros originais.

Sara volta ao tema dos reality shows e pergunta que conselho Adam daria aos jovens que querem tentar a sorte nesses programas. Adam diz que é difícil e que o negócio da música mudou muito, mesmo nos últimos seis anos e que é uma situação particular para cada um. Se a pessoa conseguir se destacar na competição e souber como montar uma equipe consistente ao seu redor, ela deve tentar. Ele diz também que a competição em si é a parte mais fácil da trajetória. Sara comenta que a pessoa precisa lidar com as expectativas que o público cria durante a competição, além de perceber que a indústria da música não é exatamente como ela esperava que fosse. Adam concorda e diz que há muitos fatores que as pessoas não consideram, como a esfera das rádios ser uma coisa muito específica e que o negócio da música é um negócio.

Dan pergunta a Adam como se manter atual, já que na Grã Bretanha, o programa X-Factor parece um pouco cansado e há uma expectativa de que alguma coisa tem que mudar para manter o interesse do público. Adam concorda e diz que é o que vem acontecendo na América, onde o público é muito especifico com relação ao que ele gosta e para manter esse interesse, alguma coisa tem que ser mudada, mas diz também que muito desse interesse vem do tipo de artistas que participam dos reality shows e que é responsabilidade do programa encontrar talentos cativantes. Dan então pergunta se Simon Cowell pode fazer isso e Adam diz que sim, que ele sabe o que funciona. Sara brinca dizendo que Adam está sendo diplomático, mas ele rebate, citando a banda One Direction que vem fazendo muito sucesso nos últimos anos.

Em seguida Sara comenta que Adam foi o primeiro artista abertamente gay a começar a carreira em uma grande gravadora nos Estados Unidos e pergunta se ele acha que ajudou a pavimentar o caminho para outros artistas gays ou se sexualidade ainda é um grande assunto em 2015. Adam diz que está melhorando, que ele não sente que têm-se feito tanto escândalo a respeito como há seis anos. Ele diz também que não se vê como um pioneiro nem nada do tipo. Sara comenta que deve ser mais difícil ser gay na indústria da música do que em outras áreas relacionadas a criatividade. Adam diz que sim, que parece que a indústria da música é sempre a última a absorver novidades e que a TV e os filmes têm feito um bom trabalho para abrir a mente das pessoas.

Sara pergunta se Adam já teve de enfrentar discriminação em sua carreira. Adam responde que nunca houve nada muito óbvio, mas que ele tem certeza de que a discriminação influenciou algumas decisões, mas ele não acha que as pessoas na indústria sejam necessariamente homofóbicas, mas que a discriminação tenha mais a ver com a comerciabilidade do artista. Ele diz também que os executivos das gravadoras estão começando a entender que o público jovem que compra música pop não se importa com a sexualidade do artista.

Dan então, pergunta se Adam ainda sai com as pessoas com quem ele estava atuando em Wicked, antes do American Idol, e o que essas pessoas acham do sucesso dele hoje. Adam diz que fez grandes amigos naquela produção que ainda lhe são próximos e diz que eles ainda o tratam do mesmo jeito. Dan quer saber se Adam faria musicais novamente. Ele diz que é possível, se no futuro surgir o projeto certo, no momento certo, mas que no momento ele está gostando muito de ser ele mesmo no palco e de criar sua própria música.

Sara comenta que Adam disse várias vezes que a indústria da música é um negócio e que o dinheiro precisa ser ganho e diz que não consegue deixar de ter a impressão de que ao mesmo tempo em que ele aceita isso como uma realidade, ele considera isso prejudicial algumas vezes. Adam responde que há momentos em que ele se sente frustrado e que se parar para pensar, sua sexualidade pode ter atrapalhado uma ou outra coisa, mas que ao mesmo tempo ele não pode e não vai mudar quem ele é e ele está fazendo o melhor que pode.

Sara pergunta se Adam acha que chegará um momento em que ele vá se distanciar da indústria e se dedicar a algo inteiramente criativo. Adam responde dizendo “Quem sabe? Eu acho que minha vida terá muitos capítulos e eu espero que haja vários projetos diferentes. Eu amo estar envolvido com muitas coisas diferentes e eu acho que há muitas coisas que eu posso acabar fazendo, então… Sim!”

Sara diz que já existem vários capítulos e que do jeito que ele está indo, ela está ansiosa para ler as memórias dele.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: Adam Lambert TV e BBC Radio 5 live

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