Brian May cita Adam Lambert em entrevista a Nicky Horne nos bastidores da Classic Rock Awards – 11/11

Brian May foi entrevistado por Nicky Horren nos bastidores do “Classic Rock Awards” em 11 de Novembro, e durante a entrevista ele cita Adam Lambert várias vezes. Na ocasião, a banda Queen foi homenageada com o prêmio “Living Legends” (Lendas Vivas), conforme já publicamos aqui. Confira a entrevista:

Nicky: Seja bem vindo, é muito bom vê-lo!

Brian: Bom vê-lo também!

Nicky: Nós nos vemos sempre nos lugares mais glamorosos. E é sempre nessa época do ano.

Brian: Não tem um ano!

Nicky: Você deve ter não uma estante cheia de prêmios, mas casas cheias de prêmios.

Brian: [risos] Nós temos sido abençoados!

Nicky: O quão significante é esse prêmio que você está segurando agora, “Lendas vivas”, no sentido geral?

Brian: Eu vou te dizer que eu fiquei mais emocionado do que eu achei que ficaria. Com certeza significa muito que as pessoas se lembrem de você, e continuem com o respeito e te deem amor. Quando eu subi lá e todo mundo ficou de pé e Joe disse aquelas coisas incríveis sobre o que nós fizemos, eu me senti muito emocionado. Provavelmente você viu isso. E as coisas que eu ia falar não vieram facilmente… Significa muito, realmente muito. Você sabe, nós poderíamos estar em algum lugar no esquecimento e terminar em um sonho, mas aqui estamos nós ainda na ativa. Eu acho que isso é a coisa mais incrível. Adam nos possibilitou isso, no fato que podemos entrar em uma turnê no mais alto nível com Adam, isso é fantástico. Nós fizemos o Rock in Rio, 30 anos depois da primeira vez, que fizemos com Freddie. Fomos a Buenos Aires, e aqui vamos nós fazer ao Isle of Wight Festival, que é uma grande coisa em nossa história, você sabe, para outros artistas como… Você pensa em Isle pensa em Jimi Hendrix, Bob Dylan, The Who, são todos nossos heróis.

Nicky: A última vez que eu vi você no palco foi no óltimo “New Year’s Eve” quando vocês tocaram na BBC One no Ano Novo.

Brian: Foi uma grande adrenalina, realmente foi.

Nicky: O que eu quero dizer é que depois disso eu falei com várias pessoas a respeito, pessoas que estavam em dúvidas em relação a
Adam foram convertidas naquela noite.

Brian: Sim, certo!

Nicky: Você sentiu isso? Como uma pequena conversão?

Brian: Isso acontece todas às vezes que tocamos com Adam, eu devo dizer que você vê nos rostos das pessoas que eles estão pensando: “Hum, nós viemos aqui, mas não é Freddie, mas está ok…” mas após duas canções e meia eles estão amando-o, comendo em suas mãos e chorando durante as canções, eles começam a amá-lo imensamente. Adam inspira muita conexão e amor. E ele é um grandioso performer, um performer incrível em minha opinião. Ele é um dos melhores, o outro Elvis é Adam Lambert. Então sim, isso acontece. O concerto de Ano Novo que fizemos… as pessoas provavelmente não se dão conta do quanto… Como posso dizer isso… Apavorante é fazer isso. Em 1975 como garotos, nós nos apresentamos ao vivo no “Christmas Eve” da BBC e aquilo foi uma tensão enorme, nós éramos garotos e não levávamos nada no “oh, ok eu vou fazer isso.” Penso que agora estamos mais conscientes da tensão, fazer aquilo ao vivo no New Year’s Eve com um cantor que não trabalhamos tanto assim, foi uma adrenalina incrível, nervoso, medo e prazer. Nós na verdade naquela época tivemos que cronometrar exatamente para encaixar com a hora do Big Ben e todo o resto ao redor. Foi uma quantidade enorme de pressão. Mas de algum modo você cresce e exterioriza isso. E eu acho que Adam estava estupendo naquela noite e funcionou bem, foi muito divertido.

Nicky: Vocês têm alguma surpresa para a apresentação no Isle?

Brian: Não, ainda está cedo, nós vamos nos reunir e ensaiar informalmente primeiro e aí nós faremos ensaios de produção. Será um novo cenário, porque nós desmontamos todas as coisas que usamos na América do Sul. Então vamos ver, vamos começar a reunir e ver o que podemos fazer. A coisa boa do Adam é que você pode fazer qualquer coisa com ele, colocar qualquer coisa para ele do álbum de músicas do Queen e ele: “oh, ok eu adoraria fazer isso.”

Nicky: Sua juventude e entusiasmo e todas as outras coisas que ele apresenta, afetam a você e Roger, isso deve passar para vocês também, no sentido de rapidez e energia?

Brian: Sim realmente afeta!

Nicky: Como isso te muda como um guitarrista?

Brian: [risos]… Eu já devo estar muito velho para mudar como guitarrista Nicky, mas eu acho que isso nos dá energia para subir lá e dar tudo. Nós voltamos e fizemos algumas coisas do primeiro e segundo álbum, os primeiros três álbuns que são uma energia alta, nós fazemos “Stone Cold Crazy”. E quem pode sustentar isso? Não são muitos os que podem fazer isso como cantores, e nós terminávamos acelerando (o tempo da canção) todas as noites, só porque nós poderíamos assim ver o quão longe podíamos ir… [risos]. É como um desafio, nós fizemos isso 30, 40 anos atrás. Nós podemos ainda fazer? Sim, podemos fazer melhor do que fizemos naquela época. Então nós desaceleramos para um tempo cômodo em “Stone Cold Crazy”. Mas é muito divertida, a energia está presente. Teve uma noite no Japão, onde nós fizemos “I Was Born To Love You”, e assumimos vários riscos porque nunca havíamos tocado ela antes ao vivo, e para Adam era novo, e ele entrou no clima e foi para a plateia no solo de guitarra, eu só pensei: “Uau! Essa é uma canção para se fazer”. Ela assumiu uma força de vida, foi maravilhoso.

Nicky: Ano passado nós estávamos em Los Angeles, nessa época do ano, e esse ano obviamente estamos aqui em Camden Town. Ano que vem eles dizem que será em Tóquio…

Brian: Nós vamos ao Japão! Ehhh!!

Nicky: Você acha que podemos fazer isso em Tóquio?

Brian: Vamos ver as datas, vamos lá.

Nicky: Doutor Brian May, muito obrigado!

Brian: Obrigado!

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gabriela Macieira
Fontes: @14gelly e BrianMayCom

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