Zach Sang & The Gang Radio entrevistam Adam Lambert, Los Angeles (CA/EUA)

A Zach Sang & The Gang Radio de Los Angeles (CA/EUA) realizaram uma entrevista com Adam Lambert aparentemente no mês de Abril, quando do lançamento do seu terceiro álbum de estúdio, “The Original High”, mas a entrevista circulou nas redes sociais apenas no mês de Agosto. Durante a entrevista Adam conversou sobre a música “Ghost Town”, seu novo visual, conselhos recebidos de Jennifer Lopes entre outros assuntos. Confira:

Zach: Zack Sang e The Game, agora estamos aqui no estúdio com Adam Lambert. Olá senhor!
Adam: Olá.

Zach: Cara, grande dia para você hoje hein?
Adam: Realmente é um grande dia.

Zach: O que está passando pela sua cabeça durante o dia?
Adam: Finalmente minhas músicas estão na rádio!!!

Zach: Quão incrível é isso pra você?
Adam: É muito incrível. Estava tudo pronto já tem um tempinho, venho tocando nos últimos meses para amigos e finalmente o dia chegou! Estou muito animado.

Zach: Deve ser doloroso ouvir seu single durante seis meses e não deixar ninguém ouvir. Não consigo nem imaginar.
Adam: Realmente foi difícil, mas agora está aí e não preciso mais manter nenhum segredo. O álbum está pronto. As pessoas sabem quais são as músicas e quem está nele. Estou muito emocionado e animado.

Zach: Vamos falar sobre sobre o single agora. Que eu acabei de ouvir e esse é um som completamente diferente de Adam Lambert.
Adam: Sim, sim é completamente diferente.

Zach: Eu nunca tinha ouvido antes. Eu acompanho você desde os dias de Idols e eu me lembro de “Whataya Want From me”. Esse foi o primeiro single depois do Idol?
Adam: Tecnicamente foi o segundo single do primeiro álbum, mas foi o maior.

Zach: O som é completamente diferente do atual.
Adam: Sim.

Zach: O que mudou, daquele tempo pra cá?
Adam: Humm, obviamente muita coisa mudou. Mas essa pergunta é muito “grande” “complexa”. Por onde começar? Eu não sei, me diga por onde começar a responder? Sobre exatamente o que?

Zach: Obviamente você mudou seu estilo, e sinto que mudou como pessoa também.
Adam: Sim. Eu coloquei o cabelo preto pintado de lado, a maquiagem pesada dos olhos também. Cansei um pouco.

Zach: O que parece mais com o real Adam?
Adam: Acho que você pode ver mais de mim agora.

Zach: Sim. Eu gosto desse.
Adam: Obrigado.

Zach: Você tem lindos olhos azuis.
Adam: Muito obrigado senhor.

Zach: Eu acho que eles ficavam escondidos com tanta maquiagem antes.
Adam: Eu estava em um daqueles momentos criativos em que queria criar um persona, uma identidade de fora para dentro e agora eu sinto que sou eu mais de dentro pra fora.

Zach: Por que no começo você quis que fosse de fora pra dentro?
Adam: Eu não sei, tinha muita coisa acontecendo, também porque sou muito fã do Halloween e fantasias…

Zach: Eu não sabia que você tinha sardas até esse exato momento.
Adam: É um novo tempo, é uma nova era para mim… [risos]

Zach: [risos] Adam: Eu não sei, acho que naquela época eu me divertia me fantasiando e combinava com o momento “criativo” que eu vivia. E acredito que dentro de mim tinha uma parte que estava se escondendo um pouco atrás de tudo aquilo. Você entende o que estou falando né?

Zach: Sim você começou no Idol.
Adam: Tudo aconteceu muito rápido.

Zach: Sim. Você apareceu do “nada”, é um sentimento natural de querer se esconder atrás de alguma coisa.
Adam: Pois é. Eu fui tirado do nada do lado oeste de Hollywood…

Zach: Foi um sucesso da noite para o dia. Foi uma mudança muito brusca.
Adam: Sim, foi tudo de uma vez e foi muito emocionante. Eu era um pouco mais velho, tinha 27 naquela época. Eu já tinha tido experiências em Los Angeles, na indústria do entretenimento, mas nunca na indústria de gravação (musical). Então foi sim uma grande novidade para mim, tudo era novidade e eu aprendi muito, na verdade tive que aprender muito rapidamente.

Zach: O que você acha da indústria musical agora?
Adam: É um negocio gigante. Tem parte que eu sou completamente apaixonado, e tem partes que são um pouco pesadas, mas é como qualquer negócio. Eu acho que a parte mais difícil é balancear a parte negócio da parte artística. E isso não é tão fácil de se conseguir.

Zach: Especialmente quando você precisa brigar para conseguir o que se quer…
Adam: É… pode acontecer.

Zach: Tem que acontecer, é sempre assim. Acontece aqui na rádio. Quando a gente realmente acredita em algo, e sentimos que a ideia é boa aí temos que brigar por ela. Eu sinto que quando uma ideia vem de uma pessoa criativa, ficamos mais vulneráveis. Então quando alguém não aceita sua ideia ou a critica e quando os executivos dizem que não é o caminho certo a se pegar… é muito difícil.
Adam: Sim é muito difícil.

Zach: É um desafio imenso.
Adam: Na verdade é porque tem dinheiro atrás, então quando tem dinheiro envolvido, sempre tem um monte de pessoas se preocupando com os valores que estão sendo gastos para certas coisas. Eu passei muito por isso, mas a coisa boa é que agora estou em uma situação, que tenho uma gravadora e uma equipe que estão todos na mesma página. E eu estou muito feliz e agradecido por isso.

Zach: Realmente deve ser incrível.
Adam: Sim.

Zach: Liberdade pra criar?
Adam: Sim, totalmente. E o legal é que estou trabalhando com Max Martin, e toda a sua incrível equipe. Ele acabou de abrir uma empresa, com novos compositores e produtores. E foram eles que trabalharam comigo neste álbum. Eles sabem o que estão fazendo. Foi um ambiente muito aberto e criativo… para criar música…

Zach: Ele é um dos “primos dos lobos”, Tove Lo faz parte desse time.
Adam: Sim.

Zach: Ela tem uma vibe incrível.
Adam: Sim. Ela está no álbum. A gente escreveu uma música juntos. “Rumors”.

Zach: Incrível.
Adam: Sim, sim ela é maravilhosa.

Zach: Como isso começou? Como vocês acabaram fazendo uma música juntos?
Adam: Essa foi na verdade uma das primeiras músicas que fizemos para esse álbum. Eu passei dois meses em Estocolmo, conheci ela no terceiro dia que eu estava lá e começamos a escrever juntos… e foi assim que “Rumors” nasceu. Ela é uma pessoa tão fácil de se trabalhar, eu amei suas ideias e ela foi bastante receptiva com as minhas…

Zach: Conhecer pessoas como ela, me fez olhar música um pouco diferente. Porque existe muito mais história atrás de qualquer letra… Seu single “Ghost Town”, tipo, tem toda uma história por trás… tipo, tem uma parte de você naquela música, porque parece que tem um pouco de você ali…
Adam: Claro. 100%. Uma das coisas de estar na Suécia me permitiu fazer foi… eu ia ficar lá por 2 meses, conheci pessoas e fiz novos amigos, mas eu não tinha uma vida social ativa ou um cronograma com outras coisas pra fazer. Então eu tive muito tempo para ficar sozinho e me fez pensar em muitas coisas, refletindo sobre o que eu queria cantar nesse álbum e foi quando comecei a perceber que especialmente aqui em Los Angeles, perto da indústria do entretenimento, é que existem muitas pessoas esperando por algo, com “fome” por algo, essa é a sensação daqui. É difícil saber o que exatamente eles querem.

Zach: Você disse tudo agora. Eu estou aqui a poucos meses, vindo de Nova Iorque.
Adam: E Nova Iorque é também assim.

Zach: Eu acho que aqui ainda sim é um pouco diferente, qualquer lugar que você vá tem muita competição. E você está sempre sendo comparado com alguém. Mesmo que alguém não esteja realmente te comparando, você mesmo acaba se comparando com alguém do outro lado da rua, os produtores te comparando com o outro que teve um hit melhor… tipo… aqui o trabalho nunca acaba no escritório…
Adam: Sim, é um estilo de vida.

Zach: E continua no seu cérebro, quando você vai fazer compras, ou no posto de gasolina…
Adam: E tem muitas pessoas que não param e acabam misturando também o trabalho com sua vida social. Quando você sai para uma balada, ou para um restaurante ou em um evento e tipo, você está trabalhando? Então eu acho que esse tipo de ambiente acaba criando momentos incríveis, mas também cria muita tensão e tristeza para pessoas que não sabem o que querem.

Zach: É tão estranho. Chegamos num ponto que eu estava com meus amigos em pleno sábado a noite jogando “Monopoly” e durante o jogo nos pegamos conversando sobre negócios. Realmente aqui o trabalho nunca para. Assim fica difícil saber a linha do que é pessoal e o que é profissional.
Adam: E existe essa linha? Eu não sei. Eu pensei e observei muito a diferença que era estar em casa ou lá (em Estocolmo). E esse foi um dos maiores temas que deu origem ao meu álbum. Que estamos sempre esperando por certas coisas em nossa vida, e às vezes a gente consegue, e percebemos que não era aquilo que estávamos buscando ou quando não estamos satisfeitos, ou quando queremos mais, ou acabamos repetindo sempre as mesmas coisas e não nos movemos para frente (o que acontece muitas vezes), ou tentamos escapar de coisas em vez de enfrentar a realidade do que realmente queremos.

Zach: Quando você estava refletindo durante a criação desse álbum, como foi o processo de pegar todos esses pensamentos e teorias. Como você “traduzia” tudo isso? Ia direto para o papel? Ia direto para a melodia?
Adam: Eu apenas anotava algumas frases no notepad do meu celular. E quando sentava para compor com os outros compositores e eles me perguntavam sobre o que iríamos escrever, eu olhava minhas anotações e comentava com eles para ver se “colava”.

Zach: Você gosta de trabalhar com outras pessoas?
Adam: Sim, eu trabalho bem com outras pessoas.

Zach: Porque você acha isso?
Adam: Porque eu conheço bem minhas qualidades e meus defeitos, e sei que existem pessoas que são incríveis e sabem o que fazem quando se trata em composições. Então eu falo minhas ideias e o que eles acharem ser legal, eu acredito. Porque eu devo falar muita besteira, eu sei que eu falo. [risos]

Zach: Porque muitas pessoas são o oposto. Não gostam de colaborações. Você precisa se conhecer bem para poder ficar vulnerável nas músicas… o que é muito importante.
Adam: E o que ajudou muito nesse álbum, foi trabalhar com pessoas que realmente são incríveis e que eu confio. Eu confio na sensibilidade e habilidade deles em fazer música. E isso me ajudou muito, pois não tive dúvidas nem medo… Tipo, eu dava uma sugestão e quando eles não gostavam, eu pensava, ok, vocês sabem o que estão fazendo… então vamos para a próxima e eu ia cantar… [risos] Aí depois eu vinha com mais uma sugestão e eles: bom essa amamos… E é assim que funciona colaboração nos álbuns…

Zach: É ter um time com você para lhe dizer o que é correto e o que não é…
Adam: O legal é que deixamos os egos do lado de fora do estúdio. Você mesmo conheceu a Tove Lo, ela é assim. Foi realmente muito legal, e essa foi a energia de todos os envolvidos. Todos nós já ouvimos muitas histórias exatamente opostas, e nenhum de nós queríamos esse tipo de ambiente. E foi por isso que a múica ficou dessa forma, pois todos nós curtimos muito todo o processo, que foi sem conflitos. Foi apenas diversão.

Zach: Quando você se conecta com as pessoas, as coisas fluem.
Adam: Sim;

Zach: Você vai trabalhar com eles de novo né?
Adam: Sim. E essa não foi a primeira vez que trabalhei com eles. O Max produziu “Whataya Want From Me”.

Zach: Você acredita que esse é o novo Adam Lambert?
Adam: Eu continuo sendo o mesmo cara de sempre, apenas acho que estou amadurecendo e aprendendo. Todos nós passamos por isso, por mudanças… mas definitivamente continuo a mesma pessoa. Continuo com os amigos de sempre, muito perto da minha família, mas já fazem 6 anos fora do American Idol…

Zach: Caramba já 6 anos?
Adam: É, às vezes parece que passou muito rápido…

Zach: Você ainda fala com o pessoal do programa? Ah você foi um jurado convidado né?
Adam: Sim. Foi divertido demais voltar e estar do outro lado da mesa.

Zach: O que passou pela sua cabeça?
Adam: Foi muito louco. Muito louco mudar de posição e julgar. Mas foi muito legal. Adorei conhecer a Jennifer Lopez, ela é muito bacana e o Harry também. Eles são pessoas legais. A gente conversava durante cada candidato e eles foram sempre muito queridos. Nos divertimos bastante. Gostei bastante de conhecê-los.

Zach: Você gosta de conversar sobre a indústria com pessoas como a Jennifer Lopez?
Adam: Se não for nada forçado sim, se for uma conversa que flua naturalmente. E foi assim com ela. Conversamos sobre ter relacionamentos quando você está na indústria do entretenimento, tipo, ela tem experiência… foi bem legal mesmo.

Zach: O que você aprendeu com as conversar com ela?
Adam: Uma das coisas foi sobre a ética. Ela é muito trabalhadora, e tem uma atitude bem bacana em relação a indústria. Que devemos sempre se mover para frente, não se deixar abalar e fazer sempre o seu melhor. Tive muitas conversas positivas com ela.

Zach: Você acha que aprende muito conversando com pessoas como ela? Eu sempre tento. Eu sinto que sempre aprendo com as pessoas que estou conversando. Eu gosto de aprender. Porque todo mundo tem algo de novo para nos acrescentar… Você aprendeu muito com pessoas como a Jennifer Lopez e o Harry?
Adam: Sim. E eu tenho aprendido muito com a equipe de produtores do álbum. Sobre produção, composições, e até vocalmente. O Max [Martin] realmente… vamos por dessa maneira… eu ainda coloco minha assinatura nas minhas coisas, mas ao mesmo tempo em muitas delas eu dou um passo atrás comparando com as músicas que fiz anteriormente. Isso foi uma das coisas que conversamos muito, por cores diferentes e colocar coisas mais íntimas, diferentemente do que fiz no passado. O que na verdade, quando voltamos ao passado quando eu estava no Idol, uma das maiores performances, e que as pessoas ainda comentam foi sobre “Mad World”. E se você pensar bem, essa música é bem intimista… e era esse tipo de momento que queríamos criar nesse álbum.

Zach: Enquanto você estava descrevendo isso, eu lembrei exatamente da época. Eu sentado no sofá com minha mãe, assistindo essa performance. É muito louco pensar que você fez parte da vida de tantas pessoas? Isso é surreal pra você?
Adam: Humm… às vezes fica um pouco confuso. Primeiramente estou lisonjeado. E eu tento ser o mais responsável que posso em relação a isso. Mas ao mesmo tempo se torna um pouco confuso, porque como se separa a persona que afeta as pessoas dessa forma e a vida real? E tipo, eles são a mesma pessoa, porque essa é a minha vida real. Mas é minha vida privada… é desafiador conseguir administrar harmoniosamente esses dois lados

Zach: Você já aprendeu a separar a sua vida pessoal da profissional?
Adam: Eu estou melhor. Demorou alguns anos para eu aceitar tudo e não me desesperar. Porque quando tudo aconteceu foi exagerado. Muito emocionante e divertido, mas às vezes divertido demais da conta… acho que agora está tudo mais bem balanceado.

Zach: Teve algum momento em que você pensou em dar um passo pra trás e desistir?
Adam: Não em desistir. Eu nunca gosto de desistir de nada. Mas definitivamente tiveram coisas que me deixaram pra baixo e me fizeram examinar se o que eu queria era mesmo isso, o que realmente era importante para mim… olhar um pouco para frente e saber o que eu realmente estava buscando. Entende?

Zach: Isso é importante de pensar. Parar um pouco e olhar para frente e pensar um pouco além do amanhã, ou daqui a um mês… e sim daqui a alguns anos.
Adam: Mas isso também é um pouco complicado, porque se você se prender muito no futuro, acaba perdendo o momento em que está vivendo. Mas acho que com a idade você ganha um pouco de experiência nisso também. Eu amadureci bastante…

Zach: Está mais sábio?
Adam: Em algumas formas sim. Acredito que uma das belezas de chegar aos 30 anos é ter a tranquilidade de dizer, “Eu não sei”. Eu não tenho a menor ideia e estou tranquilo com isso.

Zach: Qual foi a última coisa que você disse não saber?
Adam: Humm… Eu não sei responder essa pergunta.

Zach: [risos] Essa foi boa.
Adam: Sim. Mas você entende o que quero dizer?

Zach: Sim.
Adam: Você tem que saber quando não se sabe. Isso é tão importante quanto saber.

Zach: Exatamente. Assim voltamos pro fato de saber quem você realmente é, e realmente saber o que quer e o que aguenta.
Adam: Serei praticamente um velho. Já já estarei ensinando as crianças… Com uma barba branca… Praticamente um personagem de “Games Of Thrones”…

Zach: A visão que tive em minha cabeça agora foi de um um cara com botas gigantes.
Adam: Quando eu ficar grisalho, vou deixar a barba e o cabelo crescer e pintar como uma zebra. Não acha que será interessante?

Zach: Cara isso vai dar algumas capas de revista. Vai estar em todos os lugares.
Adam: Isso depois que eu me livrar desse look natural ruivo que estou no momento.

Zach: Esse é um look natural?
Adam: Sim. Esse sou eu.

Zach: Você é naturalmente ruivo?
Adam: Uhum.

Zach: Eu não tinha a menor ideia.
Adam: Existem pessoas muito mais ruivas do que eu. Meu cabelo é tipo bronze ou um damasco torrado. Meu cabelo não é um ruivo “Weasly” (personagem de Harry Potter). Não é tipo fogo.

Zach: O damasco torrado fez mais sentido.
Adam: É tipo uma renovação da cor do morango.

Zach: As pessoas estão gostando do novo look?
Adam: Eu não sei.

Zach: Eu gostei.
Adam: Massa.

Zach: Eu aprovei. Você se importa com o que as pessoas acham?
Adam: Sim, um pouco. De uns tempos pra cá tenho me importado menos, se aceitar é algo muito bom. Reduzir o quanto você se importa é legal, é um sentimento bom.

Zach: Você teve que se aceitar quando a fama chegou a sua porta?
Adam: Sim. Eu me lembro na audição para o Idol, eu me sentia muito bem, sabendo o que eu queria fazer, quem eu era artisticamente e como pessoa. Aí o Idol aconteceu, entrei em turnê e depois o álbum e de um dia para o outro tudo estava de cabeça para baixo e eu me perdi um pouco.

Zach: É difícil se aceitar quando tem milhões de pessoas de olhando.
Adam: Exato. No começo foi assim. E agora está legal. Me sinto bem e acredito que isso transparece na minha música. Pelo menos é o que espero.

Zach: Deixa eu lhe falar, eu acho que “Ghost Town” é uma peça de arte, dá para ver que é uma extensão sua. O single está muito bom, desde a letra até a produção. Você deve se sentir orgulhoso.
Adam: Estou muito orgulhoso. Tipo algumas músicas pop têm letras simples, e isso é legal, mas o que amo é que conseguimos por um pouco de poesia, sabe, tentamos dizer algo ali.

Zach: “Elvis is dead and love is a satire”… anotei isso em minhas anotações.
Adam: Frase louca né?

Zach: Insana.
Adam: E entre essas duas frases tem: E todos espalham… Muitas das letras desse álbum são propositalmente veigas… Elas não são literais… Eu queria deixar as pessoas interpretarem as músicas da forma delas e projetarem suas personalidades. Eu quero que as pessoas ouçam e pensem um pouco sobre algumas coisas delas mesmas.

Zach: Acho que restabeleceu o que música pop significa. Porque realmente as letras costumam ser simples. Não existe tradução para bundas grandes, ou odiadores… entende? Não tem outras interpretações para essas letras.
Adam: Acho que esse álbum soa bem contemporâneo, mas também tem muitas ideias de outras épocas. De volta aos anos 60 com Jim Morrison… definitivamente tem muito disso neste álbum. O título é “The Original High”. E tem muitas interpretações para o que isso significa.

Zach: Eu já ia lhe perguntar isso. O que é “The Original High”?
Adam: É você que me responde isso? Cada um tem o seu.

Zach: Qual é a origem do seu momento “High”?
Adam: Em me lembro da primeira vez que me senti loucamente alto, foi quando estive em cima do palco pela primeira vez. Quando era criança e cantava para o público. Isso é realmente melhor do que qualquer droga.

Zach: Como você percebeu que era ali mesmo que você pertencia?
Adam: Acho que a primeira vez que percebi que eu era bom nisso, sou competitivo. Eu estava em um grupo, fazendo uma audição e cantei bem, e consegui o papel. Ali me senti muito bem comigo mesmo porque eu ganhei.

Zach: [risos] Adam: Sim típico homem americano. É tem uma parte de mim competitiva que quer ganhar algo. Todos nós temos algo que somos né? Homem, mulher, americano… todo mundo quer ser bom em alguma coisa.

Zach: Você já parou um segundo para refletir de onde você estava e onde está agora? 3 álbuns depois…
Adam: Definitivamente sim.

Zach: Você fez uma incrível jornada, e olhando pra frente isso é só o começo. Com que frequência você olha pra trás pra refletir?
Adam: É engraçado. Como eu disse antes, quando tudo isso aconteceu no Idol foi muito intenso e foi meio intimidador e agora depois desses seis anos eu acho que me estabeleci e que agora essa é a minha realidade, e é maravilhoso. Sou muito grato a isso, mas essa é a minha nova realidade. Então eu acordo e vejo que não é mais assustador… É apenas como é.

Zach: É a sua vida.
Adam: Sim. É onde estou, então vamos lá.

Zach: Tenha muito orgulho Adam. Obrigado por estar aqui.
Adam: Obrigado.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Annie Sampaio
Fonte: Adam Lambert TV

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