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04out2015
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Tradução da Entrevista da Revista Schön!
Já publicamos aqui as fotos do ensaio fotográfico de Adam Lambert na nova edição da Revista Schön! de Londres. Agora, confira a tradução da entrevista realizada junto com este ensaio:
Entrevista | Adam Lambert A trajetória de Adam Lambert é uma subida astronômica para o estrelado pop. Vindo da Costa Oeste do mundo dos musicais, o Adam com vinte e poucos anos foi lançado aos holofotes com suas apresentações no “American Idol”, posteriormente entrou para a história da música com sua surpreendente certa aliança com Queen. Sr Lambert é uma pedra fundada na cultura pop contemporânea. Com um breve hiato, desde de 2012 com seu álbum “Trespassing”, em 2015 ele retorna com força com um álbum brilhante e eclético, “The Original High”. Enquanto ele fará uma turnê com o Queen, nós o encontramos em seu caminho para o Rio, fazendo um malabarismo entre a divulgação do álbum e a mini turnê na América do Sul. Schön! fala abertamente com o cavalheiro – junto com Mitsy (uma zebra bem teimosa) para discutir sobre Hollywood, os sapatos Saint Laurent, amadurecimento e sobre a honra gay.
Como o álbum está se saindo?
Muito bem, eu estou realmente animado com ele. Este parece radiante.Então… Que história – você colaborou com Max Martin e Shellback nesse álbum – que tipo de direção você tinha em mente quando se aproximou deles?
Max fez “Whataya Want From Me” que é meu primeiro grande single, e Shellback fez o acompanhamento da música. Funcionou da primeira vez. Eu sou um grande fã do trabalho deles. É um pop brilhante e pela minha experiência com eles da outra vez, sei que eles realmente sabem como produzir um vocal muito bem também.O álbum ainda tem um núcleo pop – o que era importante pra você?
Eu quero minhas músicas na rádio. Eu quero que as pessoas as escutem e esses dois caras realmente sabem como fazer isso. Outra coisa que é legal sobre eles é que isso me permitiu relaxar um pouco.Quando nos sentamos e conversamos, “The Original High” era uma música meio “jump-off”, essa impressão melancólica de algo que você faz pela primeira e como isso nunca se compara na segunda vez. Eu não queria fazer algo chiclete. Eu não queria ser exagerado e teatral – eu já fiz isso. Eu senti que já tinha feito coisas loucas e estava pronto para voltar para a realidade com esse álbum.
Sobre o tema das narrativas dentro das músicas – são cenários da vida real?
Definitivamente. Eu sou bem social. Eu gosto de beber, de ir aos clubes, de dançar. Eu vivo em Hollywood por 15 anos e é uma cidade interessante: de um lado pode ser bem glamurosa e cheia de fantasias e possibilidades e você sempre está encontrando pessoas bonitas, de outro lado pode ser bem falsa e muito vazia. Eu meio que queria falar dessa dicotomia nas canções.Você mencionou um mundo vazio – eu acho que “Ghost Town” é obviamente focada nisso…
Antes de começar a trabalhar nesse álbum eu tive alguns meses de folga. Eu estava apenas relaxando, não tinha nenhum trabalho, estava apenas sendo uma pessoa normal, ou tão normal quanto eu pudesse ser. Saindo com meus amigos, indo a encontros, e eu comecei a perceber que muitas pessoas no meu círculo de amizades estavam com um sentimento geral de desilusão. O sentimento, para mim, é que você sabe quem você é agora, a sua identidade foi forjada e agora você chegou nesse ponto na vida onde pensa “O que eu quero? O que me fará feliz?” Ao invés de apenas “o que me faz sentir poderoso?” Você busca diferentes objetivos conforme você vai amadurecendo.É como uma mudança na filosofia de vida, praticamente… Então como foi trabalhar nos vocais para o álbum em si? Como foi o processo de gravação?
Eu comecei em Estocolmo. Era pra eu ficar lá por um mês e acabou se transformando em dois meses. Havia um grupo de jovens compositores e produtores chamamos Wolf Cousins lá e eles ficavam literalmente na cova de um lobo, subterrâneo. Eu não tinha uma vida social em Estocolmo, então eu ficava bastante sozinho e isso foi bom para o álbum. Eu acho que isso me colocou no lugar certo para o álbum.Como esse álbum é, em relação aos outros álbuns?
Eu acho que é bem mais coeso. O primeiro álbum era meio que eu adivinhando. Saindo do “American Idol”, eu não sabia realmente como seria para mim, então foi como um jogo de adivinhações. Eu queria fazer uma ode moderna ao glam rock e era muito mais teatral e exagerado. Eu acho que esse é mais focado e mais fundamentado. Eu me sinto, como um performer, mais confiante que nunca no que eu sou capaz de fazer.Como o álbum se encaixou no seu trabalho com o Queen?
Era como um vai e volta: eu estava alternando, e acabou dando muito certo. Durante esse tempo com o Queen eu tinha o demo de uma música e eu mostrei para o Brian e disse “Você quer tocar guitarra nessa?” e ele disse “Simm”. E foi exatamente isso que aconteceu com “Lucy”.Eu acho que um dos climax com Queen, em Londres principalmente, foi a apresentação na noite do Ano Novo, que foi uma explosão!
Eu me diverti tanto. Quando eles me disseram o que iríamos fazer eu estava tipo “Sério?”“Estou ocupado essa noite, desculpa”.
[Risos] O segundo pensamento foi “O que eu vou usar?” Literalmente eu estava como “Vermelho, estou sentindo que é vermelho esse ano”. Vermelho para a festa do Ano Novo!Você teve muitas comparações com Freddie. Mas o que você aprendeu com Freddie? O que ele te deu?
Quando eu vejo filmagens antigas sobre ele, eu fico deslumbrado. Ele era tão livre no palco. Eu não acho que isso era algo planejado em sua cabeça.Quando eu comecei a me apresentar com eles eu estava realmente intimidado, porque eu não queria em nenhum momento que parecesse que eu estava imitando ele. Eu senti que seria uma espécie de armadilha fazer isso, mas eu prestei atenção nas intenções dele, tanto como um compositor quanto na maneira que ele entregava as músicas e em sua presença de palco.
Você tem uma energia incrível com Brian May e Roger Taylor nos palcos. Como é o relacionamento de vocês?
Eles são ótimos, é uma vibe familiar, eu me sinto muito confortável. Eu tenho o maior respeito por eles e eu vou para os ensaios e para o show sentindo que eu tenho tanta sorte por ser o convidado deles. Eles criaram canções incríveis e ainda querem cantá-las para os seus fãs. Porque eles não deveriam sair em turnê? Nós realmente homenageamos Freddie, tem sequencias no show que ele aparece no telão e você pode escutar a sua voz. Vamos celebrar esse cara que foi a p** de um ícone!E ele não está acabado ainda. Ele ainda tem coisas a dizer e essa é uma forma de dar-lhe a voz.
E manter as canções vivas! Elas deveriam ser tocadas ao vivo, especialmente esse tipo de música. Essas gravações são geniais.Brian disse que você realmente mudou e evoluiu como pessoa ao longo do tempo que vem trabalhando com eles. Você sente isso como um elogio?
Eu acho que ele apenas me viu crescer em tudo um pouco. Quando eu os conheci pela primeira vez estava tudo acontecendo. No final do “American Idol” nós nos apresentamos juntos e era tudo novo para mim. De repente eu tinha um nome. Agora já se passaram seis anos, eu sinto que estou mais pé no chão.Além da bonança do Queen, você teve meio que uma evolução pessoal, visual. Você realmente intensificou seu jogo de moda?
Eu acho que é a mesma coisa sobre o que eu canto. Eu acho que eu comecei a prestar mais atenção na moda, comecei a estudar mais. Realmente olhar os editoriais, as coleções, entender as tendências um pouco melhor. Entender o que eu queria que o meu estilo falasse sobre mim.A propósito, eu quero seus sapatos.
Oh… O novo Saint Laurent! Eles não são confortáveis, eles não foram feitos para se andar. Eu estava em Paris alguns dias atrás e saí com um amigo e eu estava usando esse sapato. Eu me senti muito bem na minha roupa, mas p**, eu estava “nota: necessito de palmilhas para usar com eles”. É um sapato para ficar parado, não para andar.Voltando para um episódio antes do Queen, quando você se assumiu para o mundo e para a indústria pop, as pessoas rapidamente te rotularam como “artista gay”. Tem sido um fardo ou uma parte importante de sua carreira?
Tem sido uma jornada interessante, porque eu saí do armário quando eu tinha dezoito anos. Eu venho de uma família bem liberal, estava no teatro e por isso nunca foi realmente uma luta pra mim. Eu estava bem confortável com isso quando me assumi.Então eu vou para esse programa e nunca houve uma linha no questionário que falasse “Qual sua sexualidade?” Eu nunca tinha escondido isso, mas também nunca ficou claro. E finalmente, eu fiz aquela entrevista na “Rolling Stone” com a manchete “Adam se assume”. Eu estava, tipo, eu já era assumido! Eu sou assumido há um bom tempo. Foi uma experiência estranha, porque foi um curso intensivo sobre o que é ser uma celebridade. Sobre a forma como as pessoas decidem como querem ver você e como a mídia pode projetar o que eles querem sobre você. Eu tive que aprender bem rápido do que se tratava. Sobre isso, houve momentos que eu senti como um fardo, mas isso também foi uma grande oportunidade para ajudar a educar as pessoas e ajudar a quebrar alguns estereótipos.
Isso não é uma grande responsabilidade?
Isso me assustou um pouco em alguns momentos. E então em outros momentos, quando eu encontro um fã que me diz “O fato de você estar apenas sendo quem você realmente é e não se desculpando por isso, tem me ajudado tanto”. Foi aí que eu comecei a sentir como, você sabe, era muito maior que eu. É emocionante estar nessa posição na cultura de agora.Sua honestidade e sinceridade é o que faz os fãs amarem você…
Eu espero que sim! Há definitivamente uma conexão e é interessante porque eu estou conhecendo mais e mais fãs gays também… Eu tinha uma aparência bem extrema antes e eu estava jogando com toda aquela maquiagem, e eu tive grandes momentos com aquilo, mas eu acho que foi uma reação a tudo que aconteceu. Eu acho que tinha alguns membros gays na audiência que podem ter olhado para tudo aquilo e ficado meio “bleurgh”.Críticas mais severas lá fora…
Nós temos nossas próprias vergonhas com que lidamos com a comunidade e talvez aquilo apenas não foi algo que eles se identificaram.O que você acha que foi a maior concepção errada sobre você?
Eu não sei mais. Eu acho que tentei colocar tudo para fora. Eu acho que quando você usa roupas excêntricas e se apresenta confiante no palco é fácil que assumam que você é um idiota ou uma diva, e eu não acho que eu sou. Claro que eu tive meus momentos, mas eu acho que sou bem amigável.Você nunca pediu por um jogo de taças apenas azuis, então?
Não, Nunca! [risos] Na verdade, quando você está na estrada é realmente difícil se manter saudável quanto a sua comida. Em Los Angeles nós ficamos acostumados com toda a variedade que se tem de comida vegetariana. Eu fico um pouco louco em relação a isso, mas eu não incomodo ninguém por isso, isso não acontece, sério!“Another Lonely Night” será lançada dia 13 de Novembro.
Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fonte: Revista Schön!
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