Bedtime Stories: Aaron Hicklin entrevista Adam Lambert no Hilton Hotels & Resorts– Parte 2

Já publicamos aqui, a Parte 1 da entrevista que Aaron Hicklin – editor da OUT Magazine – realizou com Adam Lambert no Hilton Hotels & Resorts para a sua série Bedtime Stories [Histórias para dormir]. Confira agora a segunda parte:

Aaron: Você está com 30 anos. Deves se sentir um pouco mais centrado.

Adam: Sinto-me mais confortável. Sinto-me mais confortável na minha pele. E mais relaxado no que toca às coisas. Mais relaxado na minha carreira e penso que vou conseguir sempre trabalhar, por comida na mesa e encontrar um projeto para ingressar. Já não tenho medo de nunca… sabe, perdi um pouco o medo. Sair de um concurso como o Idol, onde há muita propaganda… não sabia bem para onde ir. Isto porque vi muita gente sair do programa e não fazer nada. Por isso pensei que não queria ser uma dessas pessoas, mas podia acontecer. Agora, depois de três… Este é o terceiro álbum, fiz algumas coisas na televisão, andei em turnê com o Queen… Agora sinto-me bem, sei que vou sempre conseguir fazer algo. Sinto-me mais confiante e confortável e não sinto que tenho de compensar demais ou de me esforçar muito. O que é bom.

Aaron: É sempre bom quando se chega a esse ponto. Acredito que isto se manifesta nas pessoas por volta dos 30 anos, desde que se esteja a seguir um projeto autêntico. De certa forma, perde-se algumas dessas inseguranças dos 20 anos. A ideia de procurar o sucesso torna-se menos importante do que a de procurar a satisfação.

Adam: Mas o que é interessante nisso é que desde que a minha vida pessoal continue… Ao me sentir cada vez mais confortável com certas partes da minha pessoa e do que faço no mundo, fico com cada vez mais dúvidas daquilo que quero. Já nem sei o que quero. Quando se é jovem e se estabelece uma relação pela primeira vez é muito excitante, têm-se o primeiro amor, o primeiro beijo e o primeiro isto e aquilo. Já fiz muito disso e agora quero algo mais. Quero algo mais poderoso, profundo. E ainda não encontrei isso.

Aaron: Fala sobre uma relação.

Adam: Sim, uma mesmo intensa. Tenho tido amor na vida e algumas relações longas que tiveram muito significado. Mas estou preparado para algo que me leve ao próximo nível.

Aaron: Você está no precipício ou na ponta de uma transformação massiva. O casamento para todos será algo que será possível em todos os 50 estados. Jovens, da tua idade, principalmente da geração da Internet, chegam ao mundo na esperança de poder encontrar amor, casar e ter filhos.

Adam: É uma possibilidade. Uma possibilidade óbvia agora. Quando era mais novo e me deparei com o fato de ser gay, nem sequer percebia que o casamento era algo possível para mim. Não pensava nisso porque na époc não era assim tão normal. Pensava que assim que me sentisse confortável com o fato de ser gay ia ser fantástico. Há todas estas pessoas por aí. Cheguei ao ponto em que ficava feliz só com isso. E agora estamos a ser normalizados, de certa forma, o que é lindo e entusiasmante. E o fato de jovens rapazes e moças gays crescerem com esta fantasia do casamento como opção. Essa fantasia não estava disponível para mim na época. Por isso, é lindo.

Aaron: Adam, foi um prazer enorme estar contigo na cama, hoje.

Adam: Sim, foi bom estar na cama.

Aaron: Só falta uma coisa. Você de cantar para mim. Canta para eu adormecer.

Adam: “Died last night in my dreams/Walking the streets…”

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Kady Freilitz
Fonte: @adamlambert_pic

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