Digital Spy: Review de “The Original High”

Adam Lambert: Review do álbum “The Original High” – Pop moderno tenaz

Lançado na segunda, 15 de junho 2015

Quando o “American Idol” se despedir graciosamente com sua temporada final no próximo ano, o show de talentos não poderá estar mais orgulhoso das estrelas que ele produziu. Artistas com discos de platina, ganhadores do Grammy, nomes internacionais e até uma ganhadora do Oscar. Adam Lambert pode ter ficado em segundo lugar na 8ª temporada do programa, mas ele vendeu mais de um milhão de discos no Estados Unidos, seu “Trespassing”, em 2012, o fez o primeiro artista abertamente gay a ocupar o topo das paradas da Billboard 200. Ele então continuou fazendo história na música ao fazer uma turnê com o Queen como seu vocalista e fazendo os críticos ficarem ao seu lado.

No entanto, para todo esse sucesso, Adam deixou sua gravadora desde do Idol depois que eles sugeriram que ele gravasse um álbum com covers dos anos 80. Ao invés, ele assinou um novo contrato com a Warner Music e contratou os serviços dos gurus do pop Max Martin e Shellback para produzirem “The Original High”; uma coletânea de descarados hinos pop que honra mais os anos 90 que a década anterior. As impressionantes expansões das paisagens sonoras estão quase tão perto quanto um abismo do prodigioso alcance vocal de Adam, atingindo impressionantes falsetes e improvisações de diva em seu inteiro potencial.

Mas há muitos ganchos para serem escutados e levados em conta aqui também. O assovio do velho oeste é irrefutavelmente genial, ecoando como uma tática similar usada por Max Martin e Shellback em “I Wanna Go” da Britney, enquanto a faixa-título “The Original High” alcança as oitavas apertadas em “summer time it stays on my mind” sobre um instrumental funk, é uma invasão a sua mente que é impossível de evitar. Continuando, a voltagem aumenta com a colaboração de Brian May em “Lucy”, ele sozinho já é o suficiente para recarregar os fusíveis do álbum.

Então é apenas seguro dizer que há algumas faixas que não são tão estimulantes. O grande R&B de “Underground” é um conceito intrigante para uma gravação de Adam Lambert, mas mesmo com todos os seus componentes eletrônicos e cliques, ele não invoca a atmosfera necessária para o trabalho. Novamente, o estilo de “Maroon 5” de “Evil In The Nigh” tem elementos que são promissores (melhor dizendo, o pré-refrão), mas a intenção geral não se encaixa o suficiente para criar o hino vibrante que poderia ter sido.

Isso pode ser, em parte, por algumas letras ruins. Muitas vezes “The Original High” viaja por mais um clichê ou metáfora entediante. Seja em “Baby, your love is a crime” ou “it’s a double-edged sword you’re giving” ou “She was bound to be stabbed in the back/ All for some fun in the sack”, as letras, em seus locais, precisam ser mais nítidas e mais inteligentes para adicionar alguma profundidade ao exterior bem polido.

É um problema que afeta o destaque do álbum “There I Said It”, mas o desempenho potente de Adam nessa balada sem remorsos faz com que no final você está mais disposto a esquecê-lo. “I’m a grown-ass man / And I don’t understand/ Why I should be living in the shadows” ele afirma no refrão iluminado, enfrentando o problema com uma paixão poderosa que só pode ter ascendido de um azarão cansado de lutar por respeito. Essa é uma batalha que Adam venceu algumas vezes desde de sua derrota no Idol, e felizmente aqui – apesar de suas várias armadilhas – “The Original High” é um disco pop moderno corajoso e tenaz que ele pode chamar de mais uma vitória.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert TV e Digital Spy

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