News.com.au: Adam Lambert explica porque ele e Sam Smith às vezes evitam falar sobre serem gays

Adam Lambert explica porque ele e Sam Smith às vezes evitam falar sobre serem gays

Ele te detonou ano passado como vocalista do Queen.

Nesse ano, Adam Lambert disse não a um álbum cover para seguir seu coração e fazer um álbum pop com os reis das paradas, Max Martin e Shellback.

Lambert também se viu sincronizado com Madonna, acidentalmente, e Sam Smith, mais deliberadamente.

Há uma história de que você se separou da Sony, que te contratou depois do American Idol, porque eles queriam que você fizesse um álbum de covers.
Sim, um álbum de covers dos anos 80. Eu pensei sobre isso durante algumas semanas, ouvi algumas músicas desse período. Haviam algumas ótimas, mas não combinaram comigo. Eu senti que era uma passo para trás, então me separei deles.

É arriscado deixar uma grande gravadora no início de sua carreira…
Foi um pouco assustador. Eu comecei a escrever e gravar em LA sozinho. Eu me deparei com essa demo que escrevi, chamada “The Original High”. Eu organizei um encontro com Max Martin e Shellback e eles ficaram animados com essa música e umas outras que eu tinha. Eles disseram: ‘Nós poderíamos ajudar com seu álbum inteiro, o que acha?’ e essa foi obviamente a resposta às minhas orações.
Eu não sabia o que aconteceria, e no minuto que Max e Shellback disseram aquilo, eu fiquei bastante confiante.

No começo desse ano, você anunciou que deixou a RCA/Sony. Você tinha alguma ideia de onde ir?
Depois desse anúncio, literalmente no dia seguinte a Warner nos contatou e disseram que estavam interessados. Nós nos encontramos com outras gravadoras até que tivéssemos certeza que fecharíamos com a Warner.

Você estava trabalhando com Max Martin e Shellback quando eles estavam fazendo o álbum “1989” da Taylor Swift?
Sim, eu a vi no estúdio um dia; nós conversamos um pouco sobre Nova York porque ela havia acabado de se mudar para lá.

Você é um artista pop. Quando você vê a maneira como Taylor Swift vende álbuns pop, isso lhe dá confiança de que as pessoas ainda irão comprar as faixas certas?
O que é engraçado sobre o pop é que é tudo. O que é pop? Nós pegamos emprestado de tantos gêneros diferentes, e talvez o pop seja isso. Não é algo específico. É criativo, com referências ao passado e ao futuro.

Seu novo álbum, “The Original High”, definitivamente mostra que mais ninguém poderia colocar Tove Lo e Brian May no mesmo álbum.
Eles são bem diferentes, de gerações diferentes, diferentes escolas de pensamento musical. Eu tenho sorte de ter ambos em meu álbum.

O dueto de “Rumors” com Tove Lo parece ser sobre os riscos de namorar quando se é famoso.
Sim, nós estávamos falando sobre estar na música, ser uma figura pública e namorar, ter uma vida pessoal. Não é fácil. Você percebe que as pessoas falam sobre você, fofocam, tem opiniões, mas no final do dia você tem que ter uma conexão com alguém. Isso é muito importante.

Você parece deixar sua vida pessoal fora das redes sociais, o que você não fazia antes.
Eu não estou em uma relação séria há um tempo. Se eu estivesse em uma, tenho certeza de que iria compartilhar com as pessoas.

Você disse que esse álbum é menos exagerado que os outros.
Definitivamente é. Há momentos mais dramáticos nesse álbum, mas são mais leves. Não é tão estilizado e teatral.

Você deve ter liberado bastante teatralidade em sua turnê com o Queen ano passado.
Sim. O catálogo de músicas deles é bem diverso e desafiador de se cantar. Foi definitivamente uma experiência engrandecedora para mim. Eles foram muito receptíveis, eu tive sorte. Eu amei, me diverti muito. Você via os rostos na plateia e as músicas fizeram parte da vida deles por tanto tempo e eles estavam muito animados ao ver Brian e Roger no palco as tocando. Haviam os céticos, mas geralmente na terceira ou quarta música todos estavam rindo e dançando.

Você leu resenhas dos shows do Queen para ver o que estavam achando de você?
Eu sempre rio quando vejo músico dizendo “Ah, eu não lenho resenhas”. Eu, pessoalmente, trabalho duro. Eu quero sempre dar o meu melhor e superar. Eu acho que resenhas são educacionais. Eu quero saber como foi. Eu quero ver o que os outros estão dizendo e o que acham do que eu fiz. Eu fiquei aliviado e animado ao ver a resposta. As resenhas foram bastante positivas.

Uma resenha negativa estraga seu dia?
Houve uma época no início em que eu me ofendia mais. Agora não. Cada um tem sua opinião.

Você gravou esse álbum enquanto esteve em turnê com o Queen – cantar essas músicas atemporais aumentava sua criatividade?
Sonoramente, elas são diferentes, mas em um nível pessoal foi revigorante. Eu senti que estar no palco com eles reacendeu uma chama em meu amor pelo que faço. Definitivamente me deu uma confiança extra. Dividir o palco com lendas e apresentar com sucesso as músicas aos fãs foi bom. Me colocou em um bom lugar.

Houve uma simetria estranha entre você e a Madonna esse ano. Você falou sobre a coincidência que foi vocês dois lançarem singles chamados “Ghost Town” na mesma época. Agora nesse álbum, na música “Lucy” você fala “Rebel Heart”. Essa é outra coincidência?
Sim! É estranho, eu já havia gravado “Lucy” antes de saber que esse era o nome do álbum de Madonna [“Rebel Heart”]. Há algo estranho no ar, essas coincidências. Eu não sei como isso aconteceu. Há um ideia de subconsciente coletivo, que as ideias flutuem no éter e mais de uma pessoas as pega. Eu não sei.

Há pessoas piores para se dividir uma ideia do que a Madonna…
Exatamente. Assim está bom.

Você vê alguma semelhança entre você e Sam Smith? Quando você iniciou sua carreira você sofreu por só ser visto como um artista gay, mas você também sabia que era importante falar sobre os problemas LGBT porque haviam poucos músicos gays. Sam Smith parece estar passando pelo mesmo processo.
Ele é fantástico. Eu o respeito muito. Nós nos falamos de vez em quando sobre isso. Não é algo fácil para se navegar. A frustração vem porque você como artista não quer falar sempre sobre como é ser gay, mas às vezes a mídia toma o controle. É complicado. A experiência de Sam é parecida com a minha. Você pode dizer algo em uma entrevista depois de 20 min e isso se torna o único título. E não foi nem o assunto principal. Então para poder falar sobre música, você tem que dizer: “Eu não quero falar sobre isso”, e é uma pena. Como um artista, você é tudo isso, você é um músico, você é uma pessoa, sua idade, sua raça e seu passado, é o pacote completo.

Você acha que agora é Adam Lambert, o cantor, ao invés de o cantor gay Adam Lambert?
Acho que como sociedade estamos indo a um nível pós-gay. As pessoas não ficam mais chocadas ou presas a isso. Acho que as coisas estão indo na direção certa.

Qual a chance de você e o Sam fazerem algo juntos, musicalmente falando?
Nós não falamos sobre isso ainda, mas há bastante admiração mútua. Eu mal posso esperar para o que ele vai fazer daqui pra frente.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Carolina Martins C.
Fontes: Adam Lambert Media e News.com.au

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