Rolling Stone: O novo supremo de Adam Lambert: por dentro da mais nova reinvenção da arrasadora "Powerhouse"

O novo supremo de Adam Lambert: por dentro da mais nova reinvenção da arrasadora “Powerhouse”

A estrela do “Idol” e vocalista do Queen aprende a arte da moderação enquanto termina seu LP reflexivo.

Depois de deixar seu contrato com a gravadora RCA, o ex-participante do “American Idol” e atual vocalista do Queen deu um tempo para decidir que direção ia levar sua música, e qual a melhor maneira de colocar suas batidas “powerhouse”. “Eu estava aproveitando a oportunidade de, sem a opinião de ninguém, experimentar em estúdios e trabalhar com alguns compositores”, recorda Lambert. “Eu comecei trabalhando com Axident e John West, e eu gravei uma música com eles chamada ‘The Original High'”.

“High” é uma reflexão tensa sobre perder alguns momentos e divide a diferença entre uma batida disco e Lambert mostrando seu lado mais suave com seu falsete no refrão. A música é o título do seu terceiro álbum de estúdio que será lançado em 16 de junho.

“A letra de [The Original High] resumindo de uma forma bonita e simples é sobre o que o que eu venho notado sobre mim e meu círculo de amigos aqui em Los Angeles”, disse Lambert. “Há esse sentimento subjacente de saudade que eu tenho notado que eu sinto e que meus amigos sentem também. E é difícil até apontar o que você está procurando”.

“Nós perdemos muito tempo perseguindo aquele sentimento de primeira vez”, ele continua. “Você nunca vai conseguir sua primeira experiência em algo novamente. É mesmo muito difícil recriar essa primeira vez e é isso que estamos procurando – essa novidade, essa descoberta. Você está em uma cidade grande como essa, cheia de pessoas dinâmicas, e você tende a sempre olhar para o próximo passo. Isso faz com que seja muito difícil estar contente e satisfeito com a vida”.

Lambert, que entrou para os holofotes globais do pop em 2009 depois de sua jornada incrível no “Idol” e depois de se assumir gay, diz que a letra de “Original High” e o primeiro single “Ghost Town” podem soar mais amplo, também fez ele refletir sobre seu passado recente.

“Eu sou assumido desde 2001”, disse Lambert. “E a coisa é que há uma linha fina entre as tentações e excessos e a alegria pura de se tornar um adulto em uma cidade cheia de pessoas criativas e competitivas. Eu estive nos dois lados, onde tudo isso estourou na minha frente e foi bem doloroso, mas também tive grandes aventuras por aí”.

Lambert assinou um contrato com a Warner Bros ano passado e seu novo time contou com o superprodutor Max Martin, quem ajudou a escrever o primeiro grande pop-hit de Lambert “Whataya Want For Me”. Essa não foi uma reunião fácil, embora, Martin e o co-produtor Shelback tinham ideias definidas sobre onde Lambert devia levar seu nível artístico.

“Quando eu mostrei [“The Original High”] para Max e Shelback, eles realmente se animaram com ela, eles amaram como soava, o sentimento, eles gostaram do jeito que eu cantei ela”, disse Lambert. “Nós estamos acostumados a ouvir você indo até o topo, mas é realmente interessante ouvir você se segurar e fazer algo mais íntimo”, eles disseram. “Eu acho que isso que fizeram eles quererem fazer esse álbum comigo. Eles disseram: ‘Essa é uma nova cor de sua voz que queremos explorar um pouco mais’”.

No “Idol” Lambert ficou conhecido por seu exagero em canções como “Ring Of Fire” e uma diva dance em “Shady” (do seu álbum “Trespassing” em 2012) e “Lay Me Down” (do álbum “True” de Avicci) mostraram como ele poderia usar sua voz em plena aceleração. Mas aqui, ele está se segurando, mas ainda dando um peso emocional completo a sua performance.

“Uma das coisas que eu aprendi nos últimos seis anos, com a ajuda de Max e Shellback, é que algumas vezes para conseguir o objetivo de se conectar emocionalmente com o ouvinte, menos é mais”. Ele disse. “Quando eu era jovem, mesmo no ‘Idol’, eu era meio imaturo quanto ao senso que ia conseguir meu ‘Original High’ – meu pico de adrenalina – nas minhas apresentações. Eu ficava tão carregado e tão animado na frente de público que eles costumavam elevar minha energia ao máximo. Por isso eu tendo ser um performer exagerado. Descobrir como canalizar isso de um modo diferente é interessante, e eu tenho tentado fazer isso mais ultimamente. Internalizar isso um pouco mais, deixando isso se estabelecer e ser mais fundamentado.”

A cantora sueca Tove Lo, a primeira artista a contribuir no álbum que tem dois artistas convidados, trabalhou com Lambert no início das sessões e gravou “Rumors” com ele antes mesmo que seu single “Habits (Stay High)” entrasse para o Top 10 hit. O segundo contribuinte, o guitarrista do Queen, Brian May, foi para o estúdio depois de Lambert ter feito uma turnê com essas lendas do rock no ultimo verão.

“Brian e eu nos damos muito bem e confiamos um no outro”, disse Lambert. “Eu disse, ‘Olha… eu tenho essa música que eu tenho trabalhado nela e ela tem essa batida hip-hop nela, mas ainda é uma música de rock, e eu acho que você arrasaria nela’. Ela é meio ‘Dirty Diana’ de Michael Jackson e ele arrasou. Ele entrou nisso e mostrou grandes acordes que adicionou a ela. E claro, não há feature “com Brian May sem seus incríveis solos”.

Apresentar o guitarrista do Queen ao homem por trás de sucessos do Pop como “…Baby One More Time” levou a um encontro acidentalmente estranho.

“Ele entrou no estúdio e não percebeu que Max Martin era Max Martin – eles nunca se encontraram antes” – Lambert relembra. “E Max é tão calmo, desprovido de qualquer ego ridículo, bem pé no chão. Primeiro Brian não soube que era ele e eu não percebi que eu devia apresentá-los. Nós estávamos sentados lá por cerca de dez minutos e Brian disse, ‘Cadê o Max?’ E eu disse ‘Uh…’ e Brian riu e Max riu. Você pensaria que um grande produtor agiria como um grande produtor, mas essa é uma das razões que Max é incrível”.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert/Twitter e Rolling Stone

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