Maxmuzik: Queen e Adam Lambert em Praga – 17/02

Queen e Adam Lambert em Praga

Para muitos fãs da banda, o Queen deixou de existir em 1991, quando o inconfundível vocalista Freddie Mercury morreu. A morte de Freddie não apenas fez com o Queen perdesse seu vocalista, mas o mundo todo perdesse um dos maiores ícones da música popular. Existe, na verdade, algum tipo de pessoa que seja capaz de substituir Freddie? Queen continua Queen mesmo sem Freddie? Essas questões ganharam ainda mais força quando o baixista John Deacon deixou a banda. Apenas restaram o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor.

Em 2005, o Queen fez uma turnê mundial com o convidado Paul Rodgers, que era o vocalista de bandas como Free e Bad Company, que eram populares nos anos 70, como o mais famoso hit da banda Free “All Right Now”. Mas estava claro que muitos fãs do Queen não estavam gostando da parceria. No entanto, com essa formação a banda conseguiu fazer uma turnê com ingressos esgotados. Em 2008, Queen lançou um novo álbum com Paul Rogders chamado “The Cosmos Rock” que na minha opinião tem algumas músicas de boa qualidade, especialmente as baladas. Em 2010, Paul Rodgers terminou sua participação com o Queen, e se os membros originais May e Taylor quisessem continuar o trabalho com o Queen, teriam que encontrar um novo vocalista. Rodgers sempre foi muito criticado por seu estilo mais blues, o que Roger Taylor admitiu concordar em uma entrevista.

O encontro crucial com o cantor Adam Lambert aconteceu em 2009 durante a final da competição de talentos “American Idol”, onde Lambert cantou “We Are The Champions” com a banda Queen. Em 2012, Queen e Adam Lambert fizeram uma pequena turnê. O mais perto que a banda chegou da República Checa foi no show da cidade polonesa de Wroclaw. Em 2014, Queen e Adam Lambert começaram uma turnê americana. E no final do mesmo ano anunciaram a turnê européia, graças ao grande interesse dos fãs, estava claro que aquela seria uma turnê com os shows esgotados. O show em Praga na O2 Arena estava esgotado alguns meses depois do anúncio.

A data mágica de 17 de Fevereiro prometia grandes expectativas. A banda tocaria na República Checa pela terceira vez. Duas vezes com Paul Rodgers em 2005 e 2008. Vocês podem notar que graças ao regime político instaurado na época não tivemos nenhum show do Queen com o Freddie Mercury. Eu estava indo a um show do Queen pela segunda vez, a primeira vez foi em Viena em 2008, atrás do microfone o já mencionado Paul Rodgers. Para esse show eu tive uma boa impressão do cantor que não copiou Freddie, mas cantava muito bem da sua própria maneira. Esse é o motivo de toda minha atenção e curiosidade para o show de Praga, quando Adam Lambert estará ocupando aquela posição. Enquanto não chegava o dia, eu me apaixonei por seu trabalho solo com músicas como “Whataya Want For Me” e “If I Had You”, provavelmente seus maiores hits.

O show começou às oito horas após uma longa música de abertura que preenchia a lotada O2 Arena. Quando no começo o grande hit de 1980 “Another One Bites The Dust” começou, a arena explodiu. Especialmente nessa música eu fiquei surpreso com o cantor Adam Lambert pelo vigor e originalidade com a qual ele cantou essa música. “I Want To Break Free” e “Somebody To Love” foram alegremente cantadas pelos fãs. Como em 2008, a balada “Love Of My Life” foi cantada por Brian May com seu violão no palco menor, Freddie Mercury também participando em projeções. O baterista Roger Taylor também cantou músicas sozinho como “These Are Day Of Our Lives” com uma cativante exibição de guitarra por Brian May, “A Kind Of Magic” e “Under Pressure”, cantada como um dueto com Adam Lambert, que retornou ao palco depois de um pequeno intervalo. No meio do show, Roger Taylor e seu filho Rufus fizeram um duelo de bateria, às vezes parecia na batalha que Rufus superava seu pai, um grande professor. Uma grande lição de como se tocar baixo foi dada pelo músico Neil Farlough. Às vezes eu achava essa exibição dos instrumentos meio longa e esperava ansioso pelos próximos grandes hits do Queen. Também teve uma selfie de May, ele tirou uma foto dele com toda a arena e mostrando que ele é um homem moderno. “Save Me”, “Who Wants To Live Forever” confirmaram que May e Taylor não podiam fazer uma escolha melhor do que Adam Lambert. Então o show continuou com muitos aplausos acompanhando a música “I Want It Wall” do álbum “Miracle”, mais uma razão para entender porque essa música é considerada um dos grandes tesouros da história do rock. Outra maravilhosa foi a canção “Radio Ga Ga”, que teve novamente uma perfeita combinação da banda e os fãs que cantavam alto por toda arena. O ritmo de rock and roll foi tocado em “Crazy Little Thing Called Love”, ficando claro que uma das inspirações da banda no começo era o rei do rock Elvis Presley. Em seguida, entrou em cena, a canção que os fãs aguardavam ansiosos “Bohemian Rhapsody”, que foi como a turnê em 2008, com Freddie Mercury cantando parte da música. A performance de Lambert foi de arrepiar, e percebi como a música que o Queen, especialmente Freddie, criaram, continua forte e imbatível mesmo 40 anos depois. Essa canção que envergonharia até os compositores mais clássicos como Beethoven e Mozart. Depois dessa música a banda deixou o palco e todos nós esperávamos que tivesse um bis. E ele aconteceu, para o encerramento toda a arena cantou o hino do rock “We Will Rock You” e para fechar “We Are The Champions”, que pareceu coroar a noite incrível de apresentações do Queen e todos os fãs que estavam ali formavam uma atmosfera deslumbrante.

Para o show faltou hits cruciais como “The Show Must Go On” e “Don’t Stop Me Now”. Mas o Queen em seus mais de 40 anos de história criaram incontáveis hits e tiveram que escolher alguns para tocar nos shows. Eu saí do show absolutamente eletrificado e com um sentimento positivo sobre o Queen. May, Taylor, o vocalista convidado Lambert, acompanhado dos músicos tecladista Edney, baixista Farlough e o percursionista Rufus Taylor, deram uma inacreditável apresentação que agradou a maioria dos presentes na arena.

Depois da morte de Freddie Mercury e a aposentadoria de John Deacon, May e Taylor poderiam ter escolhido a aposentadoria ou investir em suas carreiras solos, mas escolheram continuar trabalhando na marca Queen. Na minha opinião, é bom que eles tenham escolhido essa opção e estou muito feliz de poder ver o Queen pela segunda vez na minha vida. Em 2008, eu gostei do show com Paul Rodgers nos vocais, mas eu tenho que admitir que Adam Lambert, que reviveu ainda mais o line-up da banda é uma escolha melhor. Eu especialmente apreciei sua soberania, originalidade e coragem em assumir esse peso sobre seu ombro.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert Fan Club e Maxmuzik

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