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26fev2015
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All About Music: "Adam Lambert foi uma parte fundamental para esse show épico" – 21/02
Queen + Adam Lambert se apresentaram na Krakow Arena “Obrigado a todos vocês pela maravilhosa oportunidade de cantar com esse time incrível” – Adam Lambert disse para a audiência em Cracóvia. Adam – você não tem que nos agradecer, você mereceu isso 100%.
Foi uma noite incrível. A realização dos sonhos mais secretos. Para mim, sonhos se tornaram realidade para as mais de quinze mil pessoas presentes na Krakow Arena. Durante as mais de duas horas de show, todos viram uma das mais lendárias bandas de rock da história. De fato, sem Freddie Mercury, ícone inesquecível que pode estar observando toda essa trajetória. E sem John Deacon, baixista que não quis continuar sua carreira sem seu amigo de bigode. Mas ainda é o Queen com Brian May e Roger Taylor, membros originais desse incrível e único conjunto. Para ajudá-los, um jovem, belo e extremamente talentoso, que apesar das inúmeras críticas recebidas, assumiu o fardo de ser o vocalista de uma das maiores criações da música britânica. E isso sem dificuldades e totalmente relaxado. O show começou com uma introdução de aproximadamente 20 minutos, tocada nos alto-falantes ao lado do grande pano branco que continha o logo do Queen e cobria o palco. O som ambiente se transformou no começo de “One Vision” – música com a qual o Queen começava muitos dos seus shows, desde 1986. Quando a cortina finalmente caiu, vestido como Elvis Presley na segunda metade dos anos 60, surgem Adam, os cabelos brancos de Brian e Roger, acompanhados de grandes músicos, incluindo Rufus, filho de Taylor. Ele auxilia seu pai durante a turnê atual, que não tem mais condições físicas de tocar a bateria durante todo o show. “Por mais que eu ainda não acredite em tudo que tem acontecido, obrigado a todos vocês pela maravilhosa oportunidade de cantar com esse time incrível” – Adam Lambert diz para a audiência. Adam – você não tem que nos agradecer, você mereceu isso 100%.
Depois de apresentarem “One Vision”, ainda no começo do show, ouvimos “Another One Bites The Dust”, “Fat Bottomed Girls”, durante a qual Brian May caminha pela passarela, com uma câmera acoplada a sua guitarra, filmando a quase lotada arena. Em seguida tocam “I Want To Break Free”.
Então, foi a vez de uma performance mais intimista. Brian estava entusiasmado com seu violão. Ele sentou no palco e anunciou a execução da linda balada “Love Of My Life”. Ele pediu para que todos os presentes o ajudassem a cantar aquela música em memória de seu grande amigo – Freddie Mercury. Quando ele disse essas palavras, não foi difícil notar as lágrimas que surgiram através de suas pálpebras já enrugadas. Enquanto ele interpretava essa composição, o público ligou as lanternas de seus celulares, criando um cenário maravilhoso. Brian não escondeu sua admiração pela cena. Em “Love Of My Live”, Freddie Mercury também apareceu por alguns segundos, em uma grande tela, mostrando sua performance no Wembley, em 1986. Aquele foi um momento lindo e muito tocante, que será dificilmente esquecido.
A segunda parte do show começou com uma emocionante batalha de baterias entre o velho e o novo Taylor. É difícil determinar o vencedor da batalha, mas, para mim, a vitória foi claramente de Roger, que é 30 anos mais velho e mesmo assim parece simplesmente amável.
Em seguida, ouvimos “A King Of Magic”, e o baterista assume o microfone. “Somebody To Love”, “Who Wants To Live Forever”, durante a qual um globo de luz foi descendo, refletindo os lasers de luz pelo palco. Tivemos também “I Want It All”, em que foi ouvido um coro pomposo de toda a Krakow Arena. Depois, Brian May fez um solo de guitarra fascinante que durou mais de 10 minutos. Então, eles tocaram de um jeito mais lento a canção “Radio Ga Ga”, e durante o refrão tivemos as tradicionais palmas que acontecem todas as vezes, desde 1985, quando setenta e duas mil pessoas bateram palmas em sincronia no Live Aid em Londres, dia em que a banda britânica roubou a cena.
Na parte final, temos essas duas maravilhosas composições, sem as quais não parece certo terminar o show. “The Show Must Go On”, que nunca foi cantada ao vivo por Freddie, e “Bohemian Rhapsody”, uma canção lendária, um marco não só para o Queen, mas para toda a história do rock. Depois de um tempo, os músicos deixaram o palco. Os estrondosos aplausos começaram para que eles voltassem, e lá estavam eles de volta para mais duas músicas: “We Will Rock You”, na qual o êxtase da audiência atingiu um nível critico, e “We Are The Champion”, ideal para finalizar esse maravilhoso show. Foi difícil deixar a Krakow Arena. Seria bom continuar lá por mais alguns dias assistindo novamente o show que acabou de terminar. Esse concerto foi absolutamente perfeito, não apenas pela alta qualidade, um enorme palco com o grande “Q”, telas, luzes, lasers, fumaça, confete, tudo criando o melhor show que eu já vi. Agora eu estou pensando quem será capaz de superá-lo no futuro. Talvez apenas o próprio Queen.
E uma parte fundamental para esse show épico foi, sem dúvidas, Adam Lambert. Sua habilidade vocal, a qual ninguém tem direito de duvidar, em seu trabalho solo ou mesmo durante os últimos concertos com Queen; ele tem se mostrado um músico acima da média. Sua voz estridente combina perfeitamente com as músicas desses britânicos. Um dos maiores chamativos, no entanto, era sua atitude no palco. Dois anos atrás, se apresentando com seus novos amigos, ele parecia um estudante assustado com os exames finais. Ontem, ele se apresentou como um veterano. Exalando confiança, cativando facilmente a audiência. Trocando de roupa cinco vezes, como uma verdadeira diva. Um bom substituto para Freddie, mas não tentando ocupar seu lugar. Ele fez tudo do seu próprio jeito, o que pareceu agradar a todos que assistiam o show ontem. No momento, eu não consigo imaginar mais ninguém junto com o Queen. Depois de uma aventura sem muito sucesso com Paul Rodgers, May e Taylor encontraram a pessoa certa para ocupar esse lugar de elite. Eu também tenho grande respeito por Brian e Roger que, apesar de suas idades, mantêm a alegria e o vigor para tocar seus grandes sucessos para seus fãs. As rugas em seus rostos ou os cabelos brancos não afastaram a energia do rock que dura mais de 40 anos. A audiência também estava fantástica. Ao meu lado, muitos adolescentes e pessoas jovens, algumas famílias com seus filhos, avós com seus netos. Apesar destas diferenças de idades, todos pareciam estar com seus vinte anos. Isso provavelmente ilustra muito bem como o Queen é um bom time, e lendas do rock e que de fato suas músicas são capazes de se conectarem a todas as gerações.
Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Sandra Saez
Fontes: Adam Lambert TV e All About Music
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