SuperCool-Guy: Queen + Adam Lambert: A 'Rainha' encontrou seu 'Rei'

Queen + Adam Lambert: A ‘Rainha’ encontrou seu ‘Rei’

Queen + Adam Lambert é um triunfo e uma combinação feita no paraíso. Nesse post, eu falarei sobre os quatro shows que tive o prazer de experienciar, alguns dos pontos altos, e eu dou um pouco de contexto nessa experiência pessoal de um fã do Queen + Adam Lambert. Eu também fiz alguns desejos (a continuação dessa mágica colaboração).

Fãs do Queen

Leitores desse blog saberão que eu sou um fã de longa data do Queen.

Eu ainda me lembro da primeira vez que entrei em contato com essa música animadora e perigosa chamada “rock”, enquanto ouvia “We Will Rock You” na rádio quando eu era mais novo, em 1977.

Meu primeiro show de rock foi do Queen no Palais des Sports em Paris dia 19 de Abril de 1982 (na Hot Space Tour), e muito tempo depois com Paul Rodgers em Londres (28 de Março de 2005 na Brixton Academy e 11 de Maio de 2005 na Wembley Arena). Eu vi Brian May no Beacon Theatre em Nova York dia 14 de Março de 1993 e o Queen Extravaganza no Sheperd’s Bush Empire em Londres dia 6 de Novembro de 2013.

Eu tenho uma cópia de todos os álbuns do Queen e a maior parte dos trabalhos solos de Freddie, Brian e Roger.

Quando eu era adolescente, eu praticava bateria no sótão dos meus pais ao lado de fitas do Queen. E como um aspirante a compositor, Roger era uma inspiração grande e um modelo, que além de um grande baterista de rock era também um grande cantor, compositor e músico em geral.

Descobrindo Adam Lambert

Eu meio que conhecia Adam Lambert antes de sua colaboração com o Queen. Eu sabia que ele tinha uma grande voz e umas músicas boas, mas eu não fiquei impressionado imediatamente. Eu acho que não me encaixava no público alvo, e para ser honesto, não gostava muito de sua extravagância. Como todos que viram, eu fiquei impressionado e animado com o MTV Europe Music Awards de 2011, mas nada poderia ter me preparado para a grandiosidade que Adam Lambert é ao vivo…

Adam tem a voz, a técnica, o alcance, a versatilidade – nós sabíamos que ele conseguia fazer pop, mas também consegue fazer rock – tem os looks, carisma, grande química tanto com o público quanto com seus companheiros de banda, tem a teatralidade que o Queen demanda, mas não demais, sempre mantendo a performance no rock. Ele também mostra humildade, graciosidade e um senso de humor que eu acho que agrada até os fãs mais “puristas” do Queen.

Adam Lambert é um artista excepcional e um encaixe perfeito para o Queen, trazendo juventude para Brian e Roger, que claramente estão aproveitando cada momento.

Agora eu tenho orgulho de me chamar “Glambert” (ignore o quão ridículo isso soa com a minha idade!). Eu descobri os dois primeiros álbuns, que estão cheios de ótimas músicas, e eu estou ansioso para o terceiro álbum que sairá esse ano. Nesses dois álbuns eu consigo ouvir muitos elementos parecidos com os que têm nas músicas do Queen. Com o tratamento de May/Taylor, músicas como “Music Again”, “Soaked”, “Aftermath” ou alguns dos hits mais conhecidos não ficariam fora de lugar em um álbum do Queen.

Londres – Hammersmith Apollo, 12 de Julho de 2012

Eu já fui em muitos shows bons com o passar dos anos, incluindo três com o Queen e Freddie Mercury – mas esse show parece ter sido a melhor experiência da minha vida até agora. Em parte porque eu estava na frente e no centro, muito perto do palco e bem no meio da ação. Em parte porque essa foi minha primeira experiência com Adam Lambert ao vivo e eu fiquei impressionado. Em parte porque pareceu que – depois de todos esses anos – o Queen ganhou novamente sua “mágica”. Claro, Queen + Paul Rodgers foi bom, mas isso foi algo além: foi a banda novamente no topo, fazendo um show fresco e animador assim como no ponto mais alto de sua carreira.

Eu me lembro de “Dragon Attack” – e a roupa vermelha de Adam – como um ponto alto inesperado do show – assim como “Tie Your Mother Down”, um dos maiores hinos do rock de todos os tempos.

Houston, Texas – Toyota Center, 9 de Julho de 2014

Quando a turnê norte-americana foi anunciada, não estava claro se haveria uma turnê europeia. Essa seria uma viagem cara, mas eu podia pagar, então fui.

O que fechou a decisão para mim foi que minha outra banda favorita, KISS, também estava fazendo uma turnê na América. As turnês se encontravam no Texas, e outras razões pessoais fizeram de Houston uma ótima escolha: tudo se alinhou e minhas férias Rock’n’roll se tornaram realidade.

Essa era a chance de reviver o show no Hammersmith, mas agora, em uma grande escala.

O set e as performances foram ótimos. “Love Kills” – que foi tirada do setlist europeu – foi o ponto alto inesperado do show.

Mas eu senti que a audiência estava um pouco desanimada – talvez por causa do arranjo dos lugares, talvez porque a audiência americana não estava familiarizada com as músicas. Ainda assim um grande show.

Londres – O2 Arenas, 17 de Janeiro de 2015

Shows em casa são sempre especiais, e esse foi o Queen fazendo um retorno triunfante. Havia uma animação na plateia que eu não senti nos shows com Paul Rodgers, e uma sensação de que era uma data que entraria para a história do Queen.

O palco evoluiu desde a turnê americana. O setlist também evoluiu bastante, mais notavelmente com a abertura americana de “Procession/Now I’m Here” sendo substituída por “One Vision”, a adição de “Save Me” e a (chocante) omissão de “The Show Must Go On”.
O problema dessa banda, como Adam disse durante o show, é que eles têm hits demais!!!

As performances, som e produção foram perfeitas. Duas horas e vinte minutos de hit após hit. Todos saíram com um grande sorriso em seus rostos. Tirando algumas decisões – em minha humilde opinião – questionáveis em relação ao setlist, esse foi um show perfeito.

Paris – Le Zénith, 26 de Janeiro de 2015

Lé Zénith é um local menor com 6.000 assentos e essa foi a única data na França. Compare isso com 6 datas na Alemanha – e eu acho que os promotores da turnê francesa não fizeram seu trabalho. O palco também diminuiu para o local e o “Q” não foi usado.

Ainda assim, esse foi outro show excelente, e o local menor aumentou a proximidade entre o público e a banda: não havia um lugar ruim.

Esse sendo meu quarto show, eu notei detalhes que outros podem não ter visto. Por exemplo, eu senti que demorou algumas músicas para a mixagem de som se acertar, com Adam ganhando a plateia quase imediatamente e Brian marcando pontos com seu francês muito bom e algumas piadas (“le bâton de selfie”).

Em certo ponto, Brian perguntou ao público: “O que acham do novo cara?” Adam recebeu aplausos de pé – e mereceu.

O setlist foi modificada novamente, com Roger saindo da bateria para uma rendição de “A Kind Of Magic” (no lugar de “Days Of Our Lives), e “The Show Mus Go On” acrescentada após “Bohemian Rhapsody”. Brian fez um linda rendição da clássica música francesa “Plaisir d’amour” com uma guitarra acústica, cantando o primeiro verso em inglês e o segundo em francês. Esse foi um ponto alto inesperado da noite.

Resumindo, o show em Paris foi menor e com um palco menos elaborado, mas com melhores músicas na minha opinião. Que noite!

Pontos altos dos shows

Queen + Adam Lambert nos deram muitos ótimos momentos. Quase todas as músicas foram pontos altos.

Todos os shows seguiram a mesma fórmula do Queen, com 3 ou 4 músicas de abertura, seguidas de músicas mais calmas e clímax, com algo novo em cada número. Com “Fat Bottomed Girls” – após 20 minutos – o show já estava em uma intensidade que outras bandas só alcançam no final.

Se eu tivesse que escolher um momento, seria “Love Of My Life”: Brian, sua guitarra acústica e o público, cantando como um, acompanhados por um fantasma de Freddie Mercury no final.

O show tinha um equilíbrio entre nostalgia e respeito à Freddie Mercury e a continuação da música com o “novo cara” dando nova vida aos velhos clássicos. Na minha opinião, eles equilibraram bem.

A batalha de baterias entre pai e filho com Roger e Rufus Tiger Taylor foi outro bom momento para mim. Assim como o dueto de Roger e Adam em “Under Pressure”.

A estrela de Adam brilhou mais em “Save Me”, “Somebody To Love”, “Killer Queen”, e em seu estilo Elvis durante “Crazy Little Thing Called Love”.

Cada noite, eu vi Adam retornar ao palco com uma coroa em sua cabeça para “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. As plateias europeias estavam céticas em relação à Adam tentar “substituir” Freddie Mercury. Cada noite, Adam Lambert tinha que se provar e ganhar uma nova plateia. E ele fez isso. Cada noite ele lutou, conquistou e ganhou o direito de usar essa coroa. Cada noite, nós presenciamos a coração de um novo rei. Esse foi um momento poderoso. O Queen achou seu rei.

O futuro de Queen + Adam Lambert?…

Adam Lambert tem um carreira solo de sucesso e um álbum novo para promover, então nada é certo… mas Queen + Adam parece certo demais para acabar nessa turnê.

No mínimo, pode ser lançado um vídeo do show, talvez um álbum ao vivo.

Dr. May sendo o entusiasta 3D que é , porque não um filme do show 3D? O Queen nunca faz nada pela metade, e esse é o nível de qualidade que eles têm que ir na minha opinião.

E se o novo álbum de Adam tivesse uma faixa com Brian e Roger? Em questão de marketing, essa seria uma boa maneira de juntar os fãs, e seria bom para ambas as partes.

Acima de tudo, eu rezo para os deuses do Rock’n’Roll que Brian, Roger e Adam criem novas músicas juntos e em algum ponto façam um álbum. Incluindo “Business” de Brian e “I Am The Drummer (in a Rock’n’Roll Band)” de Roger porque essas são ótimas músicas que merecem uma audiência maior. Traga alguém como Max Martin como co-produtor. Combine o escritor de músicas atemporais e a musicalidade de Brian e Taylor para fazer um álbum contemporâneo de pop e heavy rock para o século 21!

E faça com que John Deacon volte à banda!

E então uma nova turnê mundial?

Adam Lambert poderia dominar os 10 próximos anos no pop, alternando entre solo e a banda e turnês…

Deixe a turnê mundial de 2014/2105 do Queen ser o início de outro incrível capítulo na história do Queen.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Carolina Martins C.
Fontes: Adam Lambert TV e SuperCool-Guy

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