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30jan2015
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Pure Charts: Review de Queen + Adam Lambert em Paris: "Freddie Mercury estaria orgulhoso" – 26/01
Queen + Adam Lambert no Zenith em Paris: Sim, Freddie Mercury estaria orgulhoso. Na noite passada (26) em Paris, no Zenith, se apresentou a lendária banda de Rock e Pop: Queen, 25 anos depois da morte de Freddie Mercury. Os melhores hits da banda foram apresentados, desde “We Will Rock You” a “Bohemian Rhapsody”, ressoando na voz do cantor americano Adam Lambert. Veredicto!
Para muitos, especialmente os fãs ávidos do Queen, o ceticismo era grande. No palco, Queen nunca será o mesmo sem Freddie Mercury, vocalista que morreu de complicações decorrentes da AIDS em 24 de Novembro de 1991. Essa é a absoluta verdade. Mas estão Brian May e Roger Taylor, os membros restantes do quarteto original, deixando a chama se apagar? Não. Afinal, o pedido final de Freddie para seus fãs foi: o show tem que continuar.
Com o Zenith, em Paris, quase completo, a lendária banda começou com estilo. O som da guitarra em “One Vision” parecia ter o tom certo. Sem interpretar do mesmo modo que o original, as músicas daquela noite ficarão gravadas na memória de todos. Apenas novo? A grande presença de palco do cantor americano, descoberto pelo American Idol em 2009, vestido com jaquetas de couro cravejadas de ouro e óculos redondos, substituindo Freddie Mercury. Sem medo, ele esclarece o mistério: o jovem artista irá oferecer um show dantesco naquela noite, um talento raro que será jogado na cara de todos os espectadores do lugar. O que teria feito Freddie Mercury orgulhoso.
Não o Pare Agora
Atrás do carisma magnético, Adam lambert é um intérprete inteligente. Ele não tenta ser uma caricatura. Ele é ele mesmo, ardente e extravagante. Em “Another One Bites The Dust” e “Fat Bottomed Girls” ele brilha, se joga sem medo, dança, rebola, usa e abusa de um sex appeal quente e animal. Quando ele interpreta “Killer Queen”, ele se deita em um boudoir vitoriano, abusando de poses lascivas. Um rockstar que assume plenamente seu lado estranho e não tem a intenção de esquecer seu ilustre antecessor. “Como Freddie Mercury? Porque eu também o amo e eu estou aqui essa noite graças a ele”, ele diz de coração aberto. Grande fã.
Capacidade vocal, essa é uma comparação que demanda admiração. Capaz de voos espetaculares. Adam Lambert canta as mais icônicas músicas de uma maneira tão fácil que beira a indecência. O cantor faz desde músicas de puro rock’n’roll (“Tie Your Mother Down”), até as baladas. Um silêncio pesado se recai sobre a audiência, um suspiro, quando ele canta “Who Wants to Live Forever”. Simplesmente de tirar o fôlego.
Um Tipo da Magia
Claro, se as performances de Adam Lambert são tão desenvolvidas é por causa, também, do trabalho feito por Bryan May e Roger Taylor e o resto dos músicos. O guitarrista e baterista desmentem os que dizem que estão fora de forma. É algo revigorante ver esses dois gigantes arrasando com seus instrumentos com uma paixão intacta e verdadeiro prazer – especialmente em seus solos de arrepiar os cabelos.
Destacamos também as grandes escolhas artísticas feitas pelos dois britânicos, o palco extravagante (a cortina de abertura, o globo espelhado, as imagens), e o setlist diversificado. O show serve como um despertar para a incrível diversidade musical do Queen. Querendo oferecer um tributo ao seu falecido amigo, a banda nos fez arrepiar em ambas as vezes que teve um dueto virtual. Na acústica “Love Of My Life”, Brian May acompanha um vídeo de Freddie cantando ao vivo em um grande telão, assim como em “Bohemian Rhapsody” com Adam Lambert. Não é preciso dizer mais sobre as emoções causadas nesses dois momentos.
Então sim, sempre haverá fãs puristas e limitados que irão dizer Freddie Mercury “está se revirando em seu túmulo”. Mas eles não enxergam o que faz a essência do Queen: um catálogo de músicas atemporais que afeta a todos de um modo universal.
Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert TV e Pure Charts
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