Forty5 Magazine: Review do Show de Queen + Adam Lambert em Leeds – 20/01

Queen + Adam Lambert ao vivo na First Direct Arena, Leeds

Depois de cantar para toda a nação na noite de ano novo, Queen & Adam Lambert embarcaram para uma parada europeia da sua turnê mundial, parando na First Direct Arena em Leeds no dia 20 de Janeiro.

Na chegada, o palco principal estava coberto por uma cortina com o símbolo do Queen e iluminada por luzes roxas. Havia também uma passagem que conectava o palco principal a um palco menor, mais perto do público. Às 20h15m, os sons do refrão de “One Vision” começaram a tocar antes das luzes apagarem às 20h30m, e os sons da guitarra de Brian começaram a tocar “One Vision” acompanhado de sua silhueta por detrás da cortina. Então a cortina caiu e o show começou.

O cantor glam-rock Adam Lambert, vice-campeão do American Idol, estava todo vestido com couro e unhas pintadas de preto – a perfeita homenagem para Freddie Mercury. A segunda música foi “Stone Cold Crazy” do álbum “Sheer Heart Atack”, com May tocando impecavelmente sua guitarra, o que era mostrado no grande Q atrás das baterias de Roger Taylor. O show continua com grandes hits do Queen, onde todos poderiam ter um bis, e todos fizeram o público cantar a plenos pulmões, incluindo “I Want To Break Free”, “Don’t Stop Me Now” e “Radio Ga Ga”.

Quando Lambert foi anunciado como o vocalista a acompanhar May e Taylor em uma turnê (o baixista John Deacon se aposentou em 1997, e como esperado, ele não está presente na turnê), houveram muitas especulações, uma vez que ninguém quer ver o lugar de Mercury sendo ocupado ou um imitador de Freddie. Mas Lambert está bem longe disso. Ele não tenta ser Freddie, eles são similares de muitas maneiras, incluindo as roupas extravagantes e a capacidade vocal. Ele faz cada música do Queen sua própria, desfila pelo palco apresentando sua incrível voz. “Killer Queen”, por exemplo, foi espetacular, com Adam no palco menor deitado em um sofá. May se aproxima durante seu solo de guitarra e Adam murmura “Meu Deus, esse é o Brian”. Ele é um notável showman. Ele também prestou homenagem e levantou uma garrafa de champagne para Freddie dizendo “Sem ele, eu não faria ideia do que fazer aqui essa noite”. “Somebody To Love” também foi de alto nível para Lambert, como ele alcançou aquelas notas altas que eu nem sabia que eram possíveis!

Lambert não foi o único a prestar homenagem a Freddie. Durante a noite foram exibidos vídeos e fotos de Freddie que sempre recebiam gritos e aplausos do público. May foi para o palco menor e sentou em um banquinho e brincou sobre como ele costumava sentar ao lado de um outro cara, mas que “tudo estava bem”. Então falou sobre perder seu melhor amigo e como tocar suas músicas o deixava feliz. Ele introduziu a próxima musica como “A música de Freddie” e começou a tocar seu violão e cantar “Love Of My Life” para uma emocionada audiência que cantava junto e se silenciava ao mesmo tempo. Foi uma bela representação, terminando com Freddie cantando na tela. May perguntou ao público se podia imortalizar aquele momento, pegou um selfie stick e filmou a plateia. Se mais alguém já tinha feito isso, não me importo, a ideia de Bryan em usar um selfie stick me pareceu a melhor ideia do mundo. O resto da banda, então, se juntou a May para cantar a musica “‘39” de “Night At The Opera”.

Em seguida, foi a vez de Taylor prestar sua homenagem a Freddie. Ele cantou uma rouca versão de “These Are The Day of Our Lives” acompanhado de vídeos de Freedie e da banda, incluindo Deacon. A banda deixou o palco para que o baixista Neil Fairclough tocasse um brilhante solo de baixo, incluindo os acordes de “Body Language”, e então Taylor voltou para o palco batendo suas baquetas junto com ele no final. De repente, começa um duelo de baterias entre ele e seu filho, Rufus Tiger Taylor, que toca percussão da banda, até assumindo a bateria do pai algumas vezes. Não há dúvidas vendo a batalha que Rufus é um talentoso baterista, com seu pai comentando “tenho que fazer alguma coisa com esse garoto”, durante a louca batalha.

Toda a banda se reúne novamente no palco com Lambert e Taylor cantando “Under Pressure”, seguido de Lambert surpreendendo todos com “Save Me” e a linda “Who Wants To Live Forever”. Depois disso, May fica sozinho por 12 longos minutos com seu solo de guitarra tocando “Last Horizon” com um fundo estrelado, o que soa estranho para aqueles que não sabem que May é um astrólogo. Os solos de Taylor e May mostram exatamente como eles se tornaram os deuses do rock que são hoje.

A última música antes do bis foi “Bohemian Rhapsody” que, ironicamente, a música que Adam cantou em sua primeira audição no American Idol. Uma espetacular apresentação, com vídeos da canção original no meio, não podendo ser apresentada de outra forma. Claro que no final Brian volta ao palco pra outro impecável solo, vestido com uma jaqueta dourada junto de uma capa, o cabelo longo encaracolado esvoaçante atrás dele. Eu não estaria sozinho ao dizer que poderia ficar vendo ele tocar o dia todo.

A banda voltou para o bis com Lambert vestindo um terno com estampa de leopardo. Ele guiou a banda em “We Will Rock You” enquanto a audiência criava sua própria percussão em forma de palmas. E, por fim, “We Are The Champions”. Antes de a banda deixar o palco, eles deram o mais modesto adeus que já vi. Onde Lambert estava apontando para May e Taylor, pedindo pra multidão aplaudi-los, e eles estavam apontando para Lambert e a multidão aplaudindo todos. Após um tempo, Taylor encorajou May a se juntar a ele na frente do palco e ambos se curvaram. Uma das minhas coisas favoritas da noite foi ver todos cumprimentando uns aos outros com tapinhas nas costas, apertos de mão e dizendo “bom trabalho” no fim de algumas músicas. Foi muito lindo de se ver. Lambert também mostrou seu carinho por May e Taylor, às vezes apenas os vendo tocar, os reverenciando. Se isso tudo que fizeram não for suficiente, May já afirmou como é bom tocar em uma atmosfera tão calorosa, que não tinha ideia de como soaram, mas que o barulho da audiência era inacreditável. Que banda perfeita. Que noite perfeita.

Se você puder ver essa banda em algum show, eu realmente recomendo que faça isso!

Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert TV e Forty5 Magazine

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