Express: Review do Show de Queen + Adam Lambert em Leeds (Inglaterra) – 20/01

Review: Adam Lambert arrasa em show com o Queen

O primeiro show do Queen que eu assisti foi quando eles se apresentaram em Knebworth em 1986 na épica “It’s a Kind of Magic Tour”. Ninguém presente na audiência de 120.000 pessoas na ensolarada tarde de agosto poderia prever que infelizmente seria a última vez que o grande Freddie Mercury se apresentaria em um palco.

Na verdade eu não era um grande fã do Queen. Eu tinha ido a Knebworth mais interessado em ver outras bandas, mas eles me surpreenderam por completo. Ou melhor, Freddie me surpreendeu. Ele me fez repensar todos meus julgamentos injustos sobre qualquer outro vocalista que eu já vi durante 28 anos. E depois de ver tantos shows ninguém chegou nem perto de ser como esse incrível showman.

Quando o Queen voltou para a estrada em 2004 – 14 anos depois da morte de Freddie decorrente da Aids, eles tinham o cara do Blues da Bad Company nos vocais, e sua voz marcou de uma forma distinta a banda. Isso não foi ninguém tentando imitar Freddie Mercury, era alguém dando uma completamente nova interpretação dessas majestosas músicas.

Centenas amaram isso, e ainda mais odiaram. Mas a colaboração conseguiu conquistar uma turnê mundial esgotada e um álbum com novas músicas, que infelizmente não deu muito certo. Fãs do Queen parecem já ter tido o suficiente de Rodgers.

Quase uma década depois os grisalhos Brian May e Roger Taylor embarcaram no vagão do Queen novamente com o exagerado vice-campeão do American Idol aceitando o desafiante vocal.

Adam Lambert tem um passado em musicais e isso faz com que seja ainda mais verdadeiro com o Queen. O mega sucesso “We Will Rock You” se encaixa para a performance de duas horas.

Enquanto a banda lança a abertura com a faixa “One Vision”, May e Taylor parecem gigantes em cima do palco, enquanto Adam, usando roupas apertadas de couro “George Michael”, corajosamente tenta alcançar o poder absoluto que a música demanda.

“Stone Cold Crazy” também se mostra complicada, mas quando as músicas começam a ser tornar mais pop’s Adam se torna mais intenso.

Ele se adapta bem às harmonias icônicas do Queen em “Fat Bottomed Girls” e ganha cada vez mais confiança como quando ele se deita em uma chaise-longue, gentilmente se abanando e cuspindo champagne enquanto fazia uma versão incrível de “Killer Queen”.

Cumprimentar a animada Arena de Leeds com “Ey Up” foi um belo toque do americano de 32 anos em sua primeira visita ao God’s Own Country, ouvindo em seguida os gritos de aprovação da platéia de mais 13.000 pessoas. Claro que o catálogo do Queen é impressionante e o setlist, passando por todos seus maiores hits é um pacote que, provavelmente, nenhuma outra banda pode competir.

Cada canção é um clássico e até hoje se faz presente, e talvez, o desafio e a raridade que elas representam é o que cria a vibe West End do show. De muitas maneiras isso é uma homenagem ao Queen e com isso em mente, Lambert é tão bom quanto ele poderia ser para os fãs que anseiam o impossível.

E quando a música é certa, o garoto realmente consegue cantar. Ele segura todas as notas nos lugares certos e seu alcance é mais que impressionante.

“I Want It All”, “Radio Ga Ga”, “Crazy Little Thing Called Love” todas se encaixam em seu vocal como um luva enquanto a multidão o abraça e seu carisma brilha.

Mas quando Mercury aparece duas vezes no telão cantando “Love Of My Live” e o dueto de “Bohemian Rhapsody” com o novato ele rouba completamente a cena mesmo além do túmulo. É quase injusto deixar Lambert lidar com as consequências disso, mas ele habilmente resolve o problema dizendo “Eu o amo tanto quanto vocês”.

Inevitavelmente o show acaba com “We Are The Champions” e Lambert usa uma coroa – simbolicamente não é tão grande quanto a que Mercury usava – mas ainda uma coroa.

E se o show tem que continuar, esse “Killer Queen” certamente irá sacudir você.

Autoria do Post: Elisa Ferrari
Tradução: Gisele Duarte
Fontes: Adam Lambert TV e Express

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