TheTelegraph: Queen + Adam Lambert, Arena O2, Review: ‘Espetacular’

Queen + Adam Lambert, Arena O2, Review: ‘Espetacular’

Ninguém pode ocupar o lugar de Freddie Mercury melhor do que Lambert

Julho deste ano marcará 30 anos desde os enormes concertos simultâneos do Live Aid nos estádios de Wembley e JFK na Filadélfia. Naquele dia, Freddie Mercury, todo vestido de branco, ajudou o Queen a fazer um desempenho tão eletrizante que a sua apresentação de 20 minutos, desde então, foi declarada o melhor show ao vivo de todos os tempos.

Na época, Adam Lambert tinha apenas três anos de idade. Mas foi sua juventude e energia arrebatadora que deram o cintilante impulso que o Queen tão desesperadamente necessitava desde a morte de Mercury. Sem a pretensão de representar Mercury – na verdade, ele se parece mais com George Michael – Lambert trouxe o carisma deslumbrante e estilo de volta para a banda. Ele também é tudo o que o último cantor de longo prazo do Queen, o machão, bluesy, ex-frontman da banda Bad Company, Paul Rodgers, não é.

São 24 anos desde que Mercury morreu. O Queen na verdade está junto há mais tempo sem ele do que com ele. Mas não há como separar Mercury do Queen e durante todo esse show lotado na Arena O2, em Londres, o cantor dolorosamente perdido foi uma presença constante.

No palco, Lambert foi o primeiro a prestar homenagem, dizendo calorosamente, “Eu o amo tanto quanto vocês.”

Embora ele possa ser menos conhecido por aqui, na América, Lambert é um rosto familiar, tendo sido vice-campeão em 2009 do American Idol.
Mas quando ele entrou na sala de audição e cantou “Bohemian Rhapsody” para Simon Cowell e Paula Abdul, ele já era um artista treinado e experiente, que já tinha experiência nos palcos de teatro musical.

No sábado, com 31 datas de uma turnê mundial com o Queen já sob o seu cinto, Lambert parecia totalmente em casa. Quanto aos dois restantes membros originais, os agora sessentões de cabelos grisalhos Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria) – parecia que estavam tendo a maior diversão dos últimos anos.

Ambos estão claramente ainda no seu melhor e no meio do set de 23 canções eles se permitiram uma indulgência que poucos músicos veteranos são capazes de resistir: instrumentais prolongados. May, o baixista Neil Fairclough e Taylor todos tiveram uma chance – com Taylor acompanhado por seu filho Rufus, que toca regularmente com a banda. Infelizmente, esta longa indulgência tenha resultado em um dos poucos momentos chatos do show – e quando muitos membros da audiência resolveram aproveitar a chance de correr para o banheiro.

O palco estava adequadamente arrumado para um show espetacular, ladeado por telões com outro conjunto dentro de uma enorme Q. Em um momento comovente, May sentou-se sozinho sob um foco de luz no final de uma longa passarela e prestou sua própria homenagem a Mercury. “Love Of My Life”, a música que ele e Mercury costumavam executar como um par tornou-se seu número solo – até que de repente uma filmagem de Mercury cantando ao vivo apareceu na tela gigante atrás. Por um momento, parecia que ele estava lá.

Foi o dueto virtual de Lambert com Mercury em “Bohemian Rhapsody” que realmente mostrou o quão bem seus vocais competem com o grande homem. O talento do 32 anos é verdadeiramente impressionante, com um alcance, clareza e tom que fazem dele um dos grandes vocalistas do mundo.

Sua performance cativante viu quatro trocas de roupa – abrindo o show vestido de couro preto cheio de tachas e fechando em um terno de estampa de leopardo e uma coroa cheia de joias. May até mesmo entrou na diversão durante o bis, emergindo em um poncho de lamé dourado.

Para uma versão brilhantemente exagerada de “Killer Queen”, um Lambert fazendo beicinho refestelou-se em uma chaise longue roxa. Espirando um longo jato de champanhe na multidão, ele sedutoramente perguntou a um membro da platéia: “Será que eu te deixei molhada, senhora?”

Como uma performance, foi poderosa. Durante esses momentos menos iluminados, o próprio Mercury nunca correu o risco de ser tão verbalmente sexual em público. Ele também nunca correu o risco de ser completamente honesto sobre sua sexualidade – como o abertamente gay Lambert pode ser agora.

Ninguém nunca vai ser capaz de substituir Freddie Mercury, nós sabemos disso. Mas não há atualmente mais ninguém que pudesse preencher melhor seu lugar e apresentar um show tão espetacular como Adam Lambert. E levou apenas duas décadas para May e Taylor encontrá-lo.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Stefani Banhete
Fontes: Adam Lambert TV e The Telegraph

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