The Guardian: "Review Queen e Adam Lambert – uma união improvável, mas funciona"

Adam Lambert com Brian May no show em Michigan no ano passado. Foto: MediaPunch/REX

Review Queen e Adam Lambert – uma união improvável, mas funciona

Arena, Newcastle
Tão fantasioso quanto parece, a lendária banda de rock encontrou em Lambert, um showman extravagante com o fator de Freddie

Em 1985, quando Freddie Mercury e Queen reinaram no Live Aid, era difícil de pensar que em seis anos o grande vocalista estaria morto, muito menos que dois de seus companheiros de banda estariam em turnê com um finalista do American Idol apresentando as músicas antigas. Mas a união improvável funciona.

O catálogo do Queen é tão formidável que um show de duas horas não é longo o suficiente para colocar suas músicas mais conhecidas (não teve “You’re My Best Friend” ou – ironia das ironias – “The Show Must Go On”).

O guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor agora estão com cabelos brancos, mas ainda têm a musicalidade de lendas do rock de verdade, mesmo que isso signifique algumas indulgências como uma batalha de bateria (com o filho de Taylor, Rufus) e solos de guitarra que necessitam de eletricidade o suficiente para acender uma pequena cidade.

Surpreendentemente, esse show faz sucesso por causa de Adam Lambert, não apesar dele. O artista de 32 anos disse que ele quer celebrar o Mercury gay e extravagante, e não o substituir, mas ele definitivamente tem o fator Freddie. Nas outras turnês da banda com o heterossexual, macho, ex-Free, Paul Rodgers, isso parecia. O Lambert com esmalte e couro preto é como o artista que Mercury era.

O americano toma champanhe enquanto canta “Killer Queen” deitado em um sofá e grita “We Will Rock You” usando uma coroa. Quando Lambert bate as mãos, a plateia faz o mesmo, espontaneamente. Se alcance vocal extraordinariamente abrangente o permite alcançar notas altas (como as famosas de Mercury em “Somebody To Love”, o que normalmente precisaria de calças ainda mais apertadas.

Entretanto, o natural de Indiana não é apenas um sortudo de um show de talentos. Como Mercury, Lambert teve treino em óperas, teatro, cantando e interpretando dance e rock, o que o deu a habilidade de cantar um catálogo que vai de “Radio Ga Ga”, “Another One Bites The Dust”, até hard rock como “Seven Seas Of Rhye” e “Tie Your Mother Down”.

Ser o primeiro homem abertamente gay a chegar ao topo das paradas nos EUA (com um álbum solo de 2012, “Trespassing”) importa. Em uma época mais conservadora, Mercury cantava sobre sua sexualidade em códigos e duplos sentidos; Lambert transforma as mesmas músicas em celebrações.

Há momentos sentimentais também, quando Lambert canta “Who Wants To Live Forever” debaixo de luzes que o fazem parecer um fantasma e na sincera rendição de May em “Love Of My Life”.

Porque, de certa forma, ainda é um show da falecida estrela: uma homenagem à sua música. É Mercury que surpreende quando aparece na tela para um “dueto” com Lambert em “Bohemian Rhapsody”.

“Só haverá um Freddie Mercury” Lambert declara, enquanto o público grita em aprovação pelo “novo cara”. Entretanto, em Adam Lambert, os antigos companheiros de Mercury com certeza acharam a pessoa certa para honrar suas conquistas.

Autoria do Post: Josy Loos
Tradução: Carolina Martins C.
Fontes: Adam Lambert TV (1), The Guardian e Adam Lambert TV (2)

Compartilhar
Share

2 Comments

  1. Apesar de estar ocupada com a organização do casamento do meu filho, tenho acompanhado todas as reviews do Adam pelo site, e tudo que tenho lido tem sido tão maravilhoso! #muitofeliz por ele! (:

    1

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *