Cliip.net: “Porque Adam Lambert (e seus pais) são modelos perfeito para adolescentes gays (e seus pais)”

Confiram abaixo um texto de Bella Rosa, publicado no blog Cliip.net sobre Adam Lambert:

Porque Adam Lambert (e seus pais) são modelos perfeitos para adolescentes gays (e seus pais)

Embora a homossexualidade seja geralmente mais aceita hoje, (54% em 2006, 38% em 1992), há um longo caminho a percorrer. Crianças gays ainda estão sendo rejeitadas, especialmente nas regiões rurais conservadoras dos EUA, com provocações no ensino fundamental, intimidadas, inundadas com mensagens de ódio e agora a mais nova forma; o cyber bullying [ver nota]. Mesmo com membros abertamente homossexuais na equipe de escolas e clubes sendo criados para que os adolescentes tenham educação, apoio e um clima positivo na escola, muitos grupos políticos conservadores tentam bloquear o progresso.

Como os pais lidam com a notícia, quando a criança é corajosa o suficiente para se abrir enquanto ainda mora em casa, é a chave principal. Os pais têm tanta responsabilidade com seus filhos gays, de ajudar a escolher faculdades, carreiras e dar conselhos sobre relacionamentos e de vida, quanto com seus filhos heterossexuais. Pais inteligentes como Leila e Eber Lambert, extremamente liberais e legais de acordo com os seus filhos Adam e Neil Lambert, se mantêm atualizados e informados.

Eber provavelmente teve dicas de que Adam era gay antes de Leila. Foi contado, de maneira completamente aberta e casual tanto por Adam quanto por seu pai durante as entrevistas, que Eber descobriu Adam assistindo um filme pornô gay quando tinha 13 anos; o pai de Adam não o fez sentir-se envergonhado, sujo, errado nem puniu ou castigou-o de qualquer maneira. Embora sua mãe Leila tenha tido muitas dicas enquanto Adam crescia, de que seus interesses eram “diferentes” do que os de outros meninos, inclusive de seu outro filho, ela não tinha certeza. Ele sempre foi interessado em moda, cabelos e estava sempre mexendo em sua maquiagem, então ela saiu e comprou-lhe um pequeno kit de maquiagem teatral, que se tornou um de seus bens mais valiosos. Ele estava mais interessado em transformar seu rosto em imagens teatrais, dignas de Michael Jackson ou David Bowie do que parecer feminino, mas sua caixa de fantasia de Halloween e maquiagem estavam sempre por perto.

Quando Adam tinha 17 anos, tentando descobrir a melhor maneira de “perguntar” ao seu filho se ele era gay, Leila Lambert procurou a ajuda do Centro para Gays & Lésbicas em Hillcrest, Califórnia. Surpreendentemente, os jovens lá não recomendaram que ela fizesse isso; um rapaz de 27 anos, disse que ainda não tinha contado aos pais. Leila não aceitaria esse conselho. Ela e Adam eram próximos e ela conversava sobre tudo com ele. Ela nunca iria tolerar o segredo, o que se provou ser uma tática bem-sucedida, que talvez agora seja apoiada por centros de ajuda. Ele havia se “assumido” completamente para seus pais aos 18 anos, o que foi um alívio para toda a família. Ele continuou a receber o mesmo amor e apoio de antes.

No entanto, hoje você ainda lê sobre adolescentes sendo expulsos de casa por suas revelações, e sobre tentativas e sucessos de suicídio conforme os homens e mulheres com problemas buscam um fim à sua dor e confusão. O que realmente pode ajudar é se houver exemplos gays mais positivos na mídia, ajudando a causa. Este é o lugar onde Adam está fazendo um trabalho incrível.

Ser “tirado do armário” publicamente após o American Idol, parece não ter significado nada de especial para ele. Ele é aberto sobre sua sexualidade desde os 18 anos em casa e estava vivendo como um homem abertamente gay na região de LA nos últimos anos antes Idol, lutando por seu lugar no ramo do entretenimento. Na verdade, ele pareceu surpreso, em várias de suas entrevistas, com a polêmica em torno de sua sexualidade e todas as questões que isso provocou.

Conforme o sucesso de Adam Lambert como artista e cantor cresceu depois do Idol, ele entendeu que provavelmente tinha “responsabilidades” com a juventude gay da América. Apesar de que teria sido mais fácil e menos complicado evitar tentar ser um modelo e lutar contra a dor e os estigmas que fazem os jovens homossexuais sentirem vergonha, culpa e medo deste tratamento desigual, Adam se tornou um filantropo, selecionando suas caridades muito cuidadosamente.

Poucos anos depois do Idol, em 2011, Adam ganhou um Equality Idol Award, apresentado por Sam Sparro, por ser um modelo para a comunidade LGBT. Sua mãe e ele foram ambos homenageados na Convenção Nacional dos Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays (PFLAG) por serem “vozes autênticas” e ele ganhou o GLAAD (Aliança de Gay e Lésbicas Contra a Difamação) Media Award por ser um excelente artista da música, em 2010.

Ele foi uma das vozes em um vídeo do Youtube criado pelo colunista Dan Savage sobre bullying escolar e suicídios entre os jovens LGBT em sua campanha “It Gets Better”. Em 2011 ele fez parte do evento Cyndi Lauper & Friends Home for the Holidays em benefício a Fundação True Colors, tendo como alvo o problema de adolescentes LGBT sem-teto. Outras causas e os benefícios que ele apoia são: Gay Pride, Hope of LA, a campanha NewFWord, Pride in the Street, PA, Campanha Live Proud, Trevor Live Gala para o Trevor Project, e todos os anos em seu aniversário ele escolhe uma instituição de caridade digna para doações.

Em outubro de 2013 Adam Lambert revelou que ele tinha doado a canção “Outlaws Of Love” para a trilha sonora do filme “Bridegroom”, que ganhou o Prêmio de Público no “Tribecca Film Festival”, e agora pode ser visto nos canais a cabo OWN e Netflix. É um documentário sobre uma comovente história de dois homens gays. Ouvir esta música só pode ajudar a comprovar a capacidade dele de ser um modelo.

NOTA: Cyber Bullying é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar o outro. Como tem se tornado mais comum na sociedade, especialmente entre os jovens. Atualmente legislações e campanhas de sensibilização têm surgido para combatê-lo. O cyber bullying tem sido definido como: “Quando a Internet, telefones celulares ou outros dispositivos são utilizados para enviar textos ou imagens com a intenção de ferir ou constranger outra pessoa.” (Wikipédia)

Fonte: Cliip.net

Tradução: Stefani Banhete

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