Beat: “Queen e Adam Lambert na Rod Laver Arena!!” – (Melbourne – 29/08)

Queen e Adam Lambert na Rod Laver Arena

Em que momento deveria uma banda se aposentar? Quando não tiverem mais ideias novas? Quando tiverem um ou dois membros originais? Quando não conseguirem mais ficar ao redor um do outro? Queen nunca foi uma banda de tais preocupações. Desde a morte de Freddie Mercury (e a saída do baixista John Deacon) eles continuaram em várias formas com vários vocalistas, às vezes por uma vez, outras vezes, com alguém mais substancial; a entrega de George Michael de “Somebody To Love” no “Freddie Mercury Tribute Concert’ foi um sucesso, enquanto eles colaboraram com Paul Rodgers de 2004-2009, lançaram o álbum “The Cosmos Rocks”. Mas algo estava faltando com Rodgers. Sua textura vocal e movimentos de rock de meia-idade não chegou a capturar a aura do Queen. Entra o Sr. Adam Lambert. Como ele se compara a Freddie Mercury?

Bem, aqui está a coisa: é tentador fazer comparações entre Lambert e Mercury. Dois caras com enorme alcance vocais, ambos com um dom para a exuberância. Lambert teve sucesso onde Rodgers não conseguiu. Seu estilo vocal é muito mais flexível e elástico do que a textura forçada mas clássica de Rodgers, e seu senso de teatralidade e movimento é muito mais para arena. E o mais importante, ele permanece fiel às músicas do Queen – as melodias vocais, as atitudes, as intenções, a diversão. Lambert não está tentando ser Freddie e nem está tentando mexer com as melodias vocais. Ele absolutamente pode porque tem uma óbvia compreensão e conexão com o material. Já viu um cantor cantar o material de outra pessoa e você sabe que eles não têm ideia do que a música realmente se trata? Isso nunca pareceu uma preocupação com Lambert.

Ok, então o suficiente sobre “O novo cara”: como foi o show? Épico! Se você só conhece Queen da rádio, você adoraria este show porque quase todos os grandes sucessos estavam lá: “Crazy Little Thing Called Love”, “I Want To Break Free”, “Another One Bites The Dust”, “We Will Rock You”, eles até fizeram “Bohemian Rhapsody”, com Freddie Mercury aparecendo na tela (uma das duas vezes durante o show) para intercalar linhas com Lambert. Mas os fãs também desfrutaram de algumas canções mais pesadas da banda, como “Stone Cold Crazy”, “Dragon Attack” e o grande hit de rock de 1989 “I Want It All”. Claro, houve alguns momentos indulgentes – um solo de baixo, um solo de bateria que se transformou em um duelo entre pai e filho entre Roger Taylor e seu filho Rufus, Brian May parou para tirar um pequeno vídeo do público com seu ‘seflie stick’ – mas eles ganharam essas pequenas liberdades. May na guitarra continua a ser tão espetacular como sempre, Taylor teve algumas chances de mostrar suas habilidades vocais e Lambert, bem, ele não está tentando ser ninguém além de Adam Lambert, ele não se desculpa por ser ele, e ele fez tão bem o trabalho em mostrar por que merecia estar lá que a conversa geral entre os fãs depois foi de não só querer ver Queen + Adam Lambert novamente, mas que gostariam de ouvir um álbum inteiro do novo material [de Adam Lambert].

Amei: O trabalho de guitarra de Brian May, as brincadeiras de Adam Lambert.
Odiei: O solo no meio do show.
Bebi: Nada. Não estava com sede.

Fontes: Adam Lambert TV e Beat

Tradução: Sandra Saez

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