The New Zealand Herald: “Queen + Adam Lambert, Vector Arena” – (Auckland – 03/09)

Queen + Adam Lambert, Vector Arena

Mesmo em seu auge, o Queen foi uma banda com um grande senso de exagero.

Nenhum gesto foi muito extravagante, nenhum gênero foi deixado sem perturbações.

Eles podem ter começado como uma banda de hard rock no início dos anos 70. Mas de alguma forma, tornou-se um pop perene, como Abba ou os Bee Gees, com sucessos muito duradouros também.

E quando o vocalista Freddie Mercury faleceu, o Queen resistiu.

Claro, a afeição por aquelas batidas os manteve lá, como o gosto por “We Will Rock You” e milhares de covers do Idol de “Somebody To Love”.

Então, vendo o que sobrou do Queen – os membros originais, o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, e o baixista há não muito aposentado, John Deacon – trazendo o maior talento já saído do American Idol, Adam Lambert, como vocalista, sempre leva algum tempo para nos acostumar.

Lambert provou que ele tem imensa presença de palco, juntamente com uma personalidade vencedora e um departamento de figurino bastante aplicado.

Mas vocalmente, soou como se seus pontos fortes estivessem em seu limite.

Ainda assim, ele tomou algumas das canções – como se diz na esfera do Idol – e tornou-as como suas próprias. Isso foi com sua inclinação a Michael Jackson – como em “Another One Bites The Dust” – ou seus lábios curvados de Elvis no rock “Crazy Little Thing Called Love,” próximo ao final.

E em números mais teatrais e melodias difíceis, como “Killer Queen”, e em cima de uma chaise longue roxa no final da pista do palco, ele mostrou um poder maior do que os roqueiros héteros.

Sim, houve o momento inevitável, quando Mercury dominou a processo com duetos póstumos, mostrados através da tela de vídeo.

Mas o show manteve, em grande parte, os elogios tardios em conta.

Outra questão com um show ao vivo do Queen foi como eles conseguiram manter os grandes e antigos efeitos de estúdio ao vivo.

No caso de “Bohemian Rhapsody” eles meio que nos traíram, deixando partes operísticas da música para a versão gravada (e em vídeo), mas, em seguida, voltam à vida, de uma geração ou duas, no que agora conhecemos como a música do filme “Quanto Mais Idiota Melhor”.

Foi doidamente fantástico.

Em algum lugar, a outrora épica “Sevens Seas Of Rhye” tornou-se parte de um medley e houve algumas canções – como “I Want To Break Free”, entre outras – que ficaram fora da lista.

Mas ainda havia muitos grandes hinos do Queen, que foram loucamente emocionantes.

Entre os fantásticos e grandes estavam aqueles hinos feministas, “Fat Bottomed Girls” e “Tie Your Mother Down”.

Entre os mais quietos, estava a doce afetação de Brian May cantando sozinho em “Love Of My Life”.

Embora algumas das outras participações dos velhos meninos do Queen – especialmente “A Kind Of Magic”, de Taylor – tenham levado o show para o próximo de um karaokê.

E então lá estava May e sua guitarra elétrica. Com o cabelo ainda parecendo ter visto um barbeiro pela última vez, ainda no Período de Stuart, ele entregou o heroísmo de sua guitarra, que já foi considerada a grande e inconfundível segunda voz do Queen.

Embora assistirmos ao show do Queen ao vivo, sem Mercury, nunca nos faça sentir como vendo o conjunto original, May, ao executar seu solo frente à multidão, fez com que as pessoas se sentissem felizes, mesmo estando frente a uma banda sendo cover de si mesma.

Mais um lembrete de quem inventou essa coisa de rock em estádios, em primeiro lugar.

Sim, Queen + Adam Lambert = a soma de suas melhores partes.

Fontes: Adam Lambert TV e The New Zealand Herald

Tradução: Graça Vilar

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