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01set2014
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JD’s Sport Rants: “Queen + Adam Lambert atingem as notas mais altas” – (Melbourne – 30/08)
Queen + Adam Lambert atingem as notas mais altas “O concorrente de reality show, substitui a falecida lenda do rock” e cria um cenário familiar, com tudo o que já foi escrito sobre o assunto.
Na última noite em Melbourne, Brian May e Roger Taylor confiaram as chaves e o balanço do seu “Rolls Royce”, o legado deixado por Freddie Mercury, para Adam Lambert. Para a surpresa de muitos que se encontravam na casa lotada, na Rod Laver Arena, que como eu, compraram bilhetes para ver principalmente May e Taylor realizarem um show pela primeira e última vez, foi Lambert quem levou o “animal selvagem” para o palco, sem um único arranhão.
Na verdade, Lambert foi excepcional. Incompreensivelmente mais exagerado do que Freddie, o aumento nos vocais perfeitos, do competidor do American Idol, que concorreu por uma única vez, mostrou presença carismática e reiterou que May e Taylor não são idiotas e não embarcariam num empreendimento de tamanho risco, se não tivessem colocado tanta confiança na adequação e conceitos, que são próprios de Adam.
Enquanto Marc Martel, que milagrosamente se parece e soa como Mercury, cuja escolha poderia ter parecido mais óbvia, May e Taylor sabiamente optaram por um degrau nessa divisão de níveis, uma vez que essa é a banda que lhe presta tributos. Em Lambert eles abraçaram um cantor com alcance vocal apropriado para transportar os seus hinos escandalosamente difíceis, detentor de sensibilidade teatral e carisma necessários para perdurar por toda noite.
Em se tratando do show em si, todo processo prestou homenagem aos primórdios da banda, sendo que a primeira faixa instrumental remete ao álbum do Queen de 1974.
May, (cuja marca característica era um black afro, que agora virou um afro branco), em conjunto com Taylor (agora com uma tatuagem na manga), se lançaram a uma explosão divertida dos seus primeiros sucessos, que incluiu “Now I’m Here”, “Seven Seas Of Rhye”,” Stone Cold Crazy”, “Somebody To Love” E “Another One Bites The Dust”. A badalada mas ainda obscura “Dragon Attack” levou o primeiro prêmio, apesar que, “In the Lap Of Gods”, não ficou muito atrás, como segundo. Enquanto isso, a bombástica “I Want Tt All” se destacou ao homenagear os anos pós-mágicos do Queen.
Todo o processo pode ter sido atenuado quando Brian tomou o centro do palco para uma versão solo de “Love Of My Life”. Era a oportunidade perfeita para resolver a presença do “elefante” na sala, quando Freddie apareceu no telão para terminar o clássico, o que foi o primeiro, dos muitos nós na garganta que surgiriam após. Apesar de estar já em um estilo sênior vintage, a musicalidade de May não diminuiu nem um pouco e
“’39” foi um alegre seguimento.A Taylor também foi dada a incumbência de ficar cara a cara com seus fãs mais devotos, o que acabou por gerar uma batalha na bateria com seu filho Rufus (que faz parte da turnê). Spike Edney nos teclados, virtualmente carente de créditos, é o 5º membro que tem acompanhado a banda em suas últimas apresentações e álbuns, adicionando uma camada extra de autenticidade para os aficionados do Queen. Outra dose de nostalgia surgiu quando Lambert resolveu descansar as suas cordas vocais durante as várias trocas de roupas e enquanto isso, May e Taylor se rendiam aos vocais emotivos de “These Ae The Days Of Our Lives”.
Um solo prolongado de guitarra de Brian (Brighton Rock) na sua “Red Special”, emprestou uma atmosfera menos hardcore durante esse intervalo, antes de Lambert retornar efusivamente ao palco, cantando a lista dos sucessos permanentemente fixados nas hit parades, que incluiu “Who Wants To Live Forever”, “Under Pressure” e “Crazy Little Thing Called Love”. A superprodução do Queen mostrou-se impressionante como sempre, sendo que o hit “Radio Ga Ga”, se destacou perante o tema do filme “Metrópolis”, foi outro ponto alto da noite, o que causou um estrondo de palmas por parte da plateia. “Bo Rap” surgiu como que parecia não haver mais ninguém a bordo, o que indicava que o fim estaria próximo, infelizmente. Claro que Freddie Mercury fez outra aparição necessária e oportunamente, para sua “Magnum opus”.
Com classe e respeito, a ausência de Freddie não foi super ou subestimada, e Lambert tomou o palco dizendo que agradecia a suspensão do descrédito por parte da audiência. Por outro lado, seja por descuido ou a pedido, o ex-baixista John Deacon foi infelizmente, expurgado da memória, apesar dos vários hits dos quais fez parte, tal como “Another One Bites The Dust”.
Dr. Brian May, qualificado astrofísico, saudou momentaneamente os fãs de Brisbane, se redimiu e elevou a interpretação de “We Will Rock You”, vestindo uma capa dourada retrô (brilhante o suficiente para conseguir refletir uma galáxia distante), com uma camiseta preta “Eu amo Melbourne”. Mas Brian está perdoado, porque a última apresentação do Queen em Melbourne, pelas estradas no Old Sports and Entertainment Center, foi há 29 anos atrás (apesar do solo que ele apresentou no Palace, em 1998).
O bis seguiu a tradição, consistindo nas rendições de “We Will Rock You” e “We Are The Champions”. Confetes dourados de glitter encheram o auditório, seguidos de uma ovação estrondosa. Foi tocada “God Save The Queen” e Lambert apareceu audacioso, ostentando uma coroa que Freddie Mercury teria aprovado, embora para todos os efeitos, “Adam tenha realmente salvado a rainha”, trazendo um lufo novo de ar a esse super grupo, cujas músicas ainda são vencedoras e continuam a ganhar novos fãs, meus dois jovens incluídos.
E como Freddie desejava, em seus imensamente dolorosos últimos dias, que poderia sobreviver através de sua música.
@JeffDowsing
Fonte: JD’s Sport Rants
Tradução: Mônica Smitte
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