Brian May: “Eu acho que o mundo, como um todo, não se dá conta de como Adam Lambert é extraordinário como cantor”

Antes do Queen subir ao palco para o show Queen + Adam Lambert no Izod Center, em East Rutherford, NJ (EUA), em 23 de Julho, o radialista Eddie Trunk teve o privilégio de fazer uma entrevista exclusiva com Brian May, nos bastidores. Confiram abaixo como foi a conversa entre eles, com Brian falando sobre a banda, sobre seus projetos, sobre si mesmo e especialmente sobre Adam Lambert.

Eddie Trunk: Aqui é Eddie Trunck, e hoje, Dr. Brian May se junta a mim. Bom te ver Brian.

Brian May: Obrigado Eddie.

Eddie: Ah, muito obrigado por seu tempo. Indo direto ao ponto – Como vão as coisas com Adam Lambert? Isso ultrapassou suas expectativas?

Brian: Sim, posso dizer seguramente que excedeu todas as expectativas. Incrível. Mal posso acreditar no que estamos fazendo, de verdade. É grandioso e cheio de alegria. Tanta alegria e diversão e você sabe, é muito parecido com os velhos tempos, e eu acho que Freddie iria adorar isso. Eu só queria que ele estivesse aqui, aproveitando tudo. Adam não é um imitador de Freddie, de jeito nenhum, mas ele tem muitos traços semelhantes em sua personalidade. Ele não tem que tentar ser engraçado ou exagerado ou o que quer que seja. E, aparentemente, ele não precisa se esforçar para ter essa voz extraordinária, e eu quero dizer que essa é uma voz além de qualquer expectativa. Algumas pessoas entendem isso, mas eu acho que o mundo, como um todo, não se dá conta de como Adam Lambert é extraordinário como cantor. Eu não estou sendo tendencioso, de forma alguma – eu diria isso se ele estivesse em turnê conosco ou não. É um instrumento incrível o que ele tem e ele tem a dedicação de estar usando e desenvolvendo isso. Como Freddie costumava fazer, ele sabe o que ele tem e é extremamente dedicado. De uma maneira muito agradável – ele é ótimo de se estar por perto, ele é divertido e não há nenhuma pretensão. É extraordinário para nós e eu acho que isso nos fez jovens novamente, Roger e eu. Nós já vivemos alguns anos, mas eu acho que nós nos entregamos a isso. Nós nos dedicamos a isso e eu acho que Roger e eu estamos tocando melhor do que nunca, e, por sorte, ainda podemos fazer isso. Nossos corpos ainda podem lidar com esse tipo de energia. É um show de energia muito alta. Eu não sei se você já o viu, mas…?

Eddie: Eu não vi. Estou ansioso para assistir esta noite.

Brian: Sim. Dura quase duas horas e vinte minutos, mas é cheio de energia e muito colorido, uma diversidade de emoções, de estilos, e sim, é muito parecido com os velhos tempos. Vou lhe contar uma história estranha. Eu me encontrei com meu antigo guarda-costas algumas semanas atrás, que esteve conosco por alguns anos, e ele nos segue desde então, você sabe, ele trabalha, faz outras coisas – e ele disse, “Ah Brian, eu vi muitos dos shows que você fez. Eu acompanhei tudo o que você fez desde 1986,” e ele disse, “hoje eu vi Queen.” Eu disse, “Wow.” Ele sempre foi do tipo quieto. Ele estava bastante animado, e aí eu pensei… Sim, você está certo, você viu mesmo o Queen, porque todo o espírito de Freddie ainda está presente, e John, eu tenho que dizer mais, nós ainda estamos aqui, e então de forma orgânica nós encontramos esse cara chamado Adam Lambert, e ele apenas faz isso acontecer. Ele é… você sabe, você o coloca lá e não tem de lhe pedir nada – você não tem que planejar. Ele é apenas o tipo certo para estar aqui. É incrível.

Eddie: Você mencionou que Roger e você estão tocando provavelmente melhor do que nunca, o que é uma grande coisa, considerando-se a história da banda. Você acha que Adam tem um papel nisso? Quer dizer, eu tenho visto casos como por exemplo, eu falei com Judas Priest recentemente e eles têm um novo guitarrista que é muito novo na banda, e eles falaram como isso lhes injetou vida nova. Eles estavam considerando se aposentar e agora têm esse sangue novo, fresco e jovem que os revigorou.

Brian: Sim.

Eddie: Você sente esse mesmo impacto?

Brian: Com certeza, sim. Eu acho que ele nos acordou. (risos) Bem a tempo.

Eddie: Então isso leva à pergunta: onde você acha que isso vai chegar?? Quer dizer, vocês querem um álbum? Vocês pretendem fazer mais turnês extensas? Como você disse, você e Roger ainda tocam muito bem, mas obviamente o tempo não para para ninguém, então você vê um fim para isso, ou está aproveitando tanto que quer continuar?

Brian: Sabe, nós vivemos pelo momento, como sempre, então eu não sei. Há uma grande demanda por mais shows agora. Nós estamos recebendo muitas ligações de todo o mundo dizendo, “Nós ouvimos que é incrível, é extraordinário, e nós queremos esse show,” então há uma boa possibilidade de fazermos mais alguns shows. E eu acho que, depois disso, nós vamos ver o que acontece, mas é um ótimo lugar para se estar. Sabe, eu me sinto muito afortunado em estar saindo por aí. Eu nunca pensei que isso aconteceria novamente. Quando Freddie se foi, eu pensei, “Não, é isso. Nós fizemos isso. Foi uma ótima vida. Agora é hora de ter uma diferente”, e por anos nós não tentamos ser o Queen de nenhum jeito e eu me lembro de olhar, você sabe, olhar para o Forum em LA e para o Madison Square Garden [Nova York] e pensar, “Aqueles foram os anos” coisas do tipo – e voltar agora, tantos anos depois e lotar esse lugares e ouvir aquele barulho que é como uma reivindicação de que nós deveríamos estar tocando. Nós deveríamos estar lá fora cruzando fronteiras e expandindo barreiras. Tem sido ótimo e eu estou abismado com isso, na verdade. E sim, nós vamos morrer um dia, ou meus dedos vão parar de se mover. É um fato, você sabe, e é difícil. Nos velhos tempos eu podia fazer um show de duas horas sem suar. Agora é difícil, é muito difícil e eu passo o resto da porcaria do dia tentando massagear os pés, as pernas e os joelhos e os glúteos e esses dedos. Há muita inflamação nos dedos, particularmente esta tensão repetitiva no dedão que todo guitarrista tem. E você briga com isso. Sabe, eu estou muito bem no momento, mas isso demorou um pouco. Seu corpo é sempre assim. É como um regime de exercícios e fica mais e mais em forma, mas também começa a se desgastar. Também começa a protestar. Você sabe, os dedos estão endurecidos quando você acorda de manhã. Eu tenho que fazer várias coisas para fazê-los se mover.

Eddie: Bem, você mencionou dois lugares – lugares icônicos – como o Forum e o Madison Square Garden. Vocês se apresentaram em ambos e vocês estão lá fora no verão. Muitas bandas estão em turnês. Nem todos estão indo tão bem, muitas bandas estão empatadas nas manchetes. Vocês estão viajando, sem número de abertura, tocando em grandes palcos, fazendo duas horas de show, na América, mesmo mundialmente, vocês são muito maiores. Quer dizer, é uma coisa ainda maior, então é colossal que vocês estejam fazendo esse tipo de coisa com Adam Lambert.

Brian: Ah. Ah. É incrível e nenhum de nós dá isso como certo. Nós estamos aproveitando muito. É uma coisa incrível e esses dias eu estou mais conectado. Eu frequento a mídia social e coisas assim, sabe?

Eddie: Eu sigo você no Twitter.

Brian: Você segue?

Eddie: Sim!

Brian: Eu gosto disso. É ótimo ter o feedback das pessoas e é educativo na maioria das vezes. É um novo mundo e eu me sinto muito abençoado de ser uma parte dele.

Eddie: Deixe-me perguntar. Você disse como se mantém fisicamente. Como a guitarra está se saindo? A guitarra. A icônica guitarra de Brian May. Como, depois de todos esses anos, como ela está se aguentando?

Brian: É mais ou menos o mesmo que eu. (risos) Conseguindo por pouco. Você sabe, ela ainda tem o poder e a glória e ela é uma parte do meu corpo, na verdade. E ela nunca foi restaurada.

Eddie: É mesmo!?

Brian: Quer dizer, essas cordas são as mesmas de 40 anos atrás. Mais de 40 anos, agora 50 anos. Sim, então tem um certa mágica nisso. A guitarra é ótima. Eu tenho algumas cópias, notavelmente uma Andrew Guyton, que uso em “Fat Bottomed Girls”, e eu tenho uma que soa perfeitamente acústica em “Crazy Little Thing Called Love”, mas na maior parte, eu uso a guitarra original. Sim, ela ainda tem tudo o que tinha. Ela tem uma voz, que é minha voz.

Eddie: Eu fui um produtor em um show que você fez em Vegas em 2006, com Paul Rodgers, no Rock Honours, e eu me lembro de todas as bandas que tocaram, se você se lembrar, Kiss e Judas Priest e Def Leppard, e todos estavam trazendo vários equipamentos e guitarras e você veio com uma guitarra… (rindo)

Brian: Ela mesma.

Eddie: E quase havia uma auréola em volta dela. Ali está a guitarra. Então é bem legal ela ainda estar com você.

Brian: Sim, eu amo isso.

Eddie: Como foi o processo de escolha do setlist, porque vocês têm um grande catálogo de músicas, e agora vocês tem Adam, que é claramente um fã da banda e da história da banda – ele ajudou?

Brian: Ah, sim.

Eddie: Como vocês… quero dizer, há muitas músicas para escolher.

Brian: Sim. Nós temos muitos hits, como Prince diria. Nós não podíamos tocar todos os hits, e claro, é difícil. E também não queríamos tocar apenas hits. Queríamos tocar música e nos dar espaço para nos esticarmos e fazer eventos únicos. Então, nós só escolhemos mesmo. Nós fomos influenciados pelo fato de que assistimos ao show Rainbow de 1974, que saiu como DVD, como você deve saber e pensamos “Meu Deus, estávamos fortes, vamos revisitar um pouco disso”. E acho que muitas pessoas que continuaram conosco com o passar dos anos, se lembram desses nossos dias. Era veloz e furioso, e grande e original. E nessa turnê estamos fazendo “In The Lap Of The Gods Revisited” e “Stone Cold Crazy”…

Eddie: “Now I’m Here” também…

Brian: …em uma velocidade incrível. Sim, sim, “Now I’m Here” – muitas coisas antigas, e é ótimo, e eu estou revendo um pouco do material solo que fiz naquela época. Nunca é o mesmo, mas é quase como um show retrô, se é que você me entende. Nós não queremos ficar presos ao passado, mas ao mesmo tempo, nós damos valor ao que construímos com Freddie e levamos isso a um lugar levemente diferente, com vigor renovado.

Eddie: Você mencionou “forte” quando você falava do Queen e do poder da música, e uma grande porção da minha audiência gostam de hard rock e heavy metal e do Queen – você sabe do impacto, você deve saber do impacto que o Queen teve em bandas de metal? Metallica obviamente fez “Stone Cold Crazy”, mas eu digo bandas como Testament, Anthrax, Dream Theatre, e outras, que fizeram covers e disseram como o Queen as impactou. Isso te surpreende ou você vê a conexão?

Brian: Isso aquece meu coração. Eles são ótimos porque eu gosto dessas coisas, gosto de heavy metal, e um de meus melhores amigos é Paul Crook, e ele sempre me lembra “Você não percebe o que isso significa, não percebe…”. Ele é ótimo. Ele é o cara do Anthrax.

Eddie: Paul é um amigo antigo meu e o cara que acabou de nos conectar.

Brian: Sério?

Eddie: Sim, eu conheço Paul há muito tempo.

Brian: Sim, ele é um ótimo cara. Eu amo isso, que as pessoas gostaram do que fizemos e nós as inspiramos a fazerem o que fazem. Não há tributo maior, não há prazer maior do que sentir que você inspira pessoas a fazer grandes coisas. Estou muito feliz por isso.

Eddie: Há algum guitarrista que você ouve hoje, Brian, que te deixa animado? Alguém…?

Brian: Os mesmos de sempre eu suponho, na maior parte. Ah – é uma pergunta difícil, porque eu gosto de ouvir todos. Todos são diferentes. Ah… sabe, estou sempre pensando nas coisas mas agora você me pegou, é difícil saber. Eu ouço Jeff Beck – com a boca aberta. (risos)

Eddie: Isso é o que você faz.

Brian: Sim, todos nós fazemos eu acho. Eu ainda amo o Hendrix. Eu aprecio os estilos diferentes de todos. São apenas seis cordas mas muito pode ser feito. Sabe o meu amigo Tony Iommi, eu o vejo agora, sempre que posso, e meu Deus, o cara não chegou ao final de seus dedos, sabe. Ele criou o Heavy Metal.

Eddie: Certamente.

Brian: Ele é o pai do Heavy Metal.

Eddie: Com certeza.

Brian: Ele é extraordinário de se assistir, e eu acho que as pessoas… é ótimo. Sabe, eles estão fazendo uma ótima turnê no momento e eu estou feliz por vê-los onde deveriam estar, o Black Sabbath. É uma coisa seminal. E todos éramos garotos. Estou pensando sobre guitarristas. Há tantos.

Eddie: Bom, você mencionou um ícone agora… nós poderíamos falar dele para sempre.

Brian: Muito – Joe Bonamassa é incrível, e faz meu coração acelerar.

Eddie: Deve ser bom para você quando você vê caras como Jeff Beck, como Tony Iommi. Um grande amigo meu que eu vi tocar e cantar recentemente, Glen Hughes – o que eles estão fazendo nesse ponto da carreira e nessa idade prova que o rock and roll te mantém jovem – é bem marcante, e se coloque nessa categoria, você que toca tão bem. É bem inspirador para mim como fã, ver isso, ver você conseguindo tocar com os outros caras tão bem.

Brian: É ótimo. Eu acho que agradeço a Deus todos os dias por estar no caminho que achava que tinha sido tirado de mim. Sabe?

Eddie: Sim.

Brian É a melhor coisa para mim. É a maior vantagem de ser um roqueiro de sucesso, poder interagir com seus heróis. Então, ocasionalmente, eu estive em um palco com Eric Clapton. Você sabe, eu trabalhei com Eddie Van Halen…

Eddie: O álbum “Star Fleet”. Alguém me perguntou no Twitter para perguntar se vai sair em CD?

Brian: Deveria sair, sim, mas CDs foram extintos, não?

Eddie: Não para mim. (risos) Não para mim. Estou lutando para que isso não aconteça. Eu ainda sou uma pessoa que gosta de ter CD.

Brian: Devemos fazer, sim. Realmente devemos fazer. Nós conversamos sobre Paul Crook, que é um fantástico músico que fez tudo isso com Meatloaf, e ele está produzindo agora também. Ele me faz sentir muito humilde (risos), ainda trabalhando nisso. Há ótimas bandas por aí. E nem sequer mencionamos Joe Satriani.

Eddie: Claro.

Brian: Ah… Steve Vai.

Eddie: Você mencionou que você pensou que nunca faria isso de novo, logo você fez um álbum e algumas turnês muito bem sucedidas com Paul Rodgers, eu vi a banda com Paul também. Como você olha para trás nessa fase da história pós-Freddie do Queen?

Brian: Eu acho que foi muito bom – novamente, não procuramos por isto. Foi uma união natural e acho que Paul continua a ser um herói para nós e ele é um cantor incrível. O que eu acho que aconteceu foi que nós ampliamos a nós mesmos e nos aproximamos mais ao estilo Blues e nós queríamos acomodar ao que ele poderia trazer e ao que nós poderíamos trazer um ao outro. Eu acho que tivemos bons momentos juntos. Mas naquela época foi uma turnê longa e difícil. Fizemos uma turnê bem, bem grande, fomos inclusive para a América do Sul e no momento que chegamos ao Rio de Janeiro e Buenos Aires, era evidente que ele estava ficando, eu não vou dizer “cansado”, mas era óbvio que Paul precisava ter sua própria carreira. Por que ele iria desistir de sua carreira só para estar cantando músicas do Queen? E, em certo sentido, era evidente que estávamos empurrando e empurrando e empurrando, mas talvez já era hora de apenas dar um passo para trás e respirar de novo. E mais uma vez nós não procuramos ninguém. Não procuramos por Adam Lambert. Não procuramos substituir Paul, eu só pensei “Ok, é isso, está feito, foi ótimo, apertamos as mãos”, você sabe.

Eddie: Poderia ter sido o fim, ali mesmo.

Brian: Sim, eu não imaginava que iria fazer aquilo novamente. E então, de repente aparece uma pessoa…

Eddie: A primeira vez que você ouviu falar de Adam Lambert foi através do American Idol? Foi a primeira vez que tinha ouvido falar dele?

Brian: É. Sim.

Eddie: E você viu… eu estou supondo que você viu ele cantando “Bohemian Rhapsody”…

Brian: É. Sim. Pessoas me enviaram um link e eu vi, “Eu pensei… Hmm…”

Eddie: Você estava… você sabe, muitos descobriram novos cantores, Journey vem à mente, através de clipes como esse, do YouTube. Você estava ativamente vendo e procurando alguém ou foi apenas pessoas que disseram: “Ei, você tem que ver isso”.

Brian: Absolutamente não. Não, eu não estava procurando. Eu tenho uma vida muito ocupada e eu me tornei um defensor dos animais, o que leva muito do meu tempo e para mim isso é uma das minhas grandes prioridades. Tentar mudar o mundo para tratar o resto das criaturas neste planeta decentemente. Eu tenho muitas coisas que fazer. Eu retornei para a Astronomia. Eu ainda estou ativo em Astronomia e Astrofísica. Eu faço fotografia estereoscópica e a história dela.

Eddie: Eu vi fotos que foram postadas, creio que foi do Empire State.

Brian: Sim, sim, eu estou fazendo muito disso. Eu publiquei alguns livros sobre a história da fotografia estéreo. Então eu absolutamente não preciso fazer isso. Mas, de repente, lá estava ele e todo mundo disse: “Você tem que tocar com esse cara, ele é perfeito E, de fato, ele é perfeito”. Ele vem com uma grande alegria de viver. Ele vem com uma voz incrível mais do que qualquer coisa que eu possa imaginar. Nós não insistimos, não fizemos isso diretamente. Ele foi e fez algumas coisas, estava no início de sua carreira, o que ele fez muito bem, mas tivemos a oportunidade de trabalhar em conjunto, em primeiro lugar na Irlanda em um show de prêmios. Só fizemos um par de faixas. Eu acho que foi “The Show Must Go On” e “Rock You” e “We Are The Champions”, algo assim, e depois todo mundo começou a dizer “Hey, vocês deveriam fazer uma turnê, Vocês deveriam fazer…”. E alguns anos mais tarde, aqui estamos.

Eddie: Estou recebendo o sinal de que você tem que ir, mas, duas perguntas finais rápidas: O que os fãs podem esperar no futuro? Vai sair algum material novo? Você mencionou o “Rainbow”, do show de 1974.

Brian: Esse é o DVD que está saindo antes do final do ano, e temos o álbum “Queen Forever” que vai sair, que tem uma seleção de faixas, que são um pouco fora do comum, dos álbuns de estúdio, mas também materiais que as pessoas não tinham ouvido antes, como “Love Kills”, que você vai ouvir no show e que fazemos com Adam. É uma reformulação. Eu estou animado por isso, é diferente. Temos uma canção que descobrimos que foi gravada em Los Angeles na década de 1980 chamado “Let Me In Your Heart Again”, que ninguém ouviu falar, ninguém. (risos) É muito bom, especialmente hoje em dia que tudo está sendo divulgado no Youtube e tudo mais. Ninguém ouviu e estou muito feliz por isso. Você coloca no multi-faixas analógicas e é como que se tivesse sido gravado ontem, Freddie aparece lá, eu estou tocando guitarra, Roger tocando na bateria, John tocando no baixo – é o Queen em seu grande momento. Fiquei feliz de poder ter salvado esse material e transformá-lo em um álbum. Então você vai ouvir essa. Há mais algumas faixas também, com Michael Jackson, com o que também estou muito satisfeito, vamos ver como isso funciona.

Eddie: Há tanta coisa que eu quero te perguntar, mas eu não quero atrasar o seu soundcheck. Muito obrigado pelo seu tempo. Ótimo poder vê-lo e poder falar em nome de todos os fãs do Queen, é bom tê-lo de volta tocando música e ouvindo essas grandes canções. Então, obrigado pelo seu tempo.

Brian: Obrigado a você.

Caso queira ouvir a entrevista clique aqui.

Fontes: Adam Lambert TV e Brian May

Tradução: Stefani Banhete, Carolina Martins C., Sandra Saez

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