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19jul2014
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Lyndsey Parker do Yahoo! Music (Reality Rocks) entrevista Adam Lambert
Lyndsey Parker, do Yahoo! Music (Reality Rocks), recentemente teve a oportunidade de entrevistar Adam Lambert pelos bastidores da Turnê Queen + Adam Lambert. Confira como foi a entrevista a seguir:
Adam vive orgulhoso e cuida de sua vida Adam Lambert atualmente está na estrada como vocalista da grande banda de rock Queen, o que significa que ele está sendo ouvido mais do que nunca e está alcançado novas audiências. Então a hora é perfeita para ele participar da segunda campanha anual Live Proud da AT&T, que procura sensibilizar, capacitar e orgulhar a comunidade LGBT e além.
Até 10 de Agosto, os fãs podem concorrer a uma viagem para Nova York para conhecer Adam em um evento privado mandando um meme único que represente seu momento “Live Proud”. O Yahoo! Music teve uma chance de falar com o cantor entre os shows do Queen para falar sobre sua história de ativismo e defesa, como o mundo mudou nesses anos desde que ele quebrou barreiras no American Idol, e como a internet pode ser um lugar para amantes, e não inimigos.
Yahoo! Music: Quando você saiu do Idol, você não discutiu sua sexualidade ou política. Mas com o passar dos anos, você se abriu mais sobre grandes problemas, um embaixador da verdade. O que mudou nesse tempo?
Adam: Não era algo em que eu fiquei interessado imediatamente. Eu acho que eu tenho uma visão do túnel; eu acho que muitos artistas criativos tendem a ser assim. Eu fico um pouco obcecado com um projeto e assim que meu mundo se transforma. No Idol eu ficava preso à “Ok, que músicas eu quero fazer toda semana?”, e então eu comecei a olhar outras coisas e virou “Ok, agora você tem que fazer um álbum.” Mas então minha carreira musical estava com um início bom, e mais e mais coisas começaram a aparecer, diferentes oportunidades de usar minha fama para o bem. Eu fiquei mais interessado nesses tipos de oportunidades: trabalhos de caridade, organizações como o GLAAD e o Trevor Project. E mesmo devagar, foi algo que eu senti que deveria contribuir.Yahoo! Music: Eu sei que algumas vezes você disse que se sentia um pouco desconfortável sendo um “modelo a seguir” para a comunidade gay, porque há muitas opiniões diferentes na comunidade…
Adam: Eu acho que as coisas estão mudando, e para melhor. Eu acho que ainda há uma lacuna geracional na comunidade LGBT. Há as filosofias mais antigas sobre ativismo, integração e todos esse problemas, e há as pessoas que estão entrando agora, os novos membros da comunidade, pessoas que tem 18, 19, 20, 21 anos – eles têm um olhar diferente sobre isso, porque cresceram em uma época diferente e a comunidade está mudando muito rapidamente. Até os direitos civis estão mudando, e está criando uma certa divisão. Eu acho que quando ganhei notoriedade depois do Idol, estávamos bem nesse ponto. E agora estamos ficando melhor, eu acho.Yahoo! Music: Você acha que fez parte ao mudar o pensamento das pessoas sobre a comunidade gay ou direitos gays, que você ajudou na aceitação de alguma forma?
Adam: Eu não acho que posso dizer que fiz algo, seria bem narcisista. Mas eu acho que foi na época certa. Quando eu entrei no Idol, foi em uma época em que não haviam centenas de celebridades, especialmente homens, que haviam se assumido. Então foi uma época em que a comunidade gay estava começando a integrar a cultura pop, ao invés de ser fechada como sempre foi. Agora, cinco anos depois, nós somos uma grande parte da cultura pop. Então é mais fácil agora do que há cinco anos, o que é legal, pois estou curioso em saber como isso afeta a conexão das pessoas com a música.Yahoo! Music: Isso significa que você terá mais músicas com tópicos em seu próximo álbum, junto com os versos do hino dos direitos iguais “Outlaws Of Love” de Trespassing?
Adam: Eu não tenho certeza. “Outlaws Of Love” simplesmente aconteceu. Foi bem orgânico; eu estava sentado escrevendo e isso apareceu, sabe? Muitas das coisas que aparecem são bem impulsivas e aparecem do nada, e você as captura e transforma em uma música. Mas é difícil para eu dizer isso agora “Ah sim, espere, deixe-me olhar na minha bola de cristal e ver o que irá me inspirar”.Yahoo! Music: Você recebeu alguns comentários interessantes dos fãs, sobre como você os afetou?
Adam: Eu recebi algumas cartas, e conheci algumas pessoas. Eu recebi uma carta de uma mulher em Utah e ela disse “Eu cresci em uma área bem conservadora e nós não entendíamos nada sobre gays, era algo que ninguém comentava. E então eu virei sua fã e comecei a falar sobre isso, e isso me forçou a fazer algumas perguntas e ficar confortável com isso, porque eu queria entender isso.” E eu acho que ela disse que fez amizade com seu cabeleireiro, que foi ironicamente clichê! Mas foi uma carta legal de se receber de alguém que escolheu abrir a mente. Poder fazer parte disso para alguém é bem legal, bem poderoso.Yahoo! Music: É claro que sempre haverão haters, especialmente na internet. O Twitter e a seção de comentários de sites estão sempre cheios de ódio, e às vezes você sente o peso disso. Como você lida com isso?
Adam: Acho que todos podemos ser arrastados para isso, mas devemos nos lembrar de que a vida não é só na internet. Na vida real não tem só isso. Há muito da nossa vida que é vivido na internet, e nós esquecemos que há outra dimensão. E acho que quando as pessoas ficam presas nesses argumentos e debates na seção de comentários de blogs e etc., não é nem um debate de verdade. Você não consegue nem ver a pessoa, e muita entoação fica perdida no texto, não é nem uma conversa de verdade. Eu sempre brinco dizendo “Eu queria que essas pessoas que vão online e brigam e espalham ódio para outros tivessem coragem de fazer isso na vida real”, porque provavelmente seria um jogo diferente.Yahoo! Music: Mas agora você está usando a internet e as mídias sociais para o bem.
Adam: Sim, por outro lado, a internet pode ser uma ótima ferramenta e super poderosa. Essa campanha Live Proud, da qual eu faço parte, é minha forma de marchar em uma parada, mas fazendo isso simultaneamente com os fãs. É obviamente para promover o orgulho e a individualidade, e para lembrar as pessoas de que há uma maneira de se afirmar e ser você mesmo, saindo da mentalidade comum.Yahoo! Music: Para você, o que significa “viver com orgulho”?
Adam: Eu acho que ações demonstram melhor do que palavras, e acho que só por ousar ser diferente, já é uma afirmação. Não é fácil viver sua vida ou sua criatividade artística dessa maneira. Acho que para todos, mesmo quem está no ensino médio ou quem é mais velho, seguir a moda e as regras é mais seguro. Mas é necessário muita coragem para ser diferente e individual. E acho que isso faz parte dessa campanha, deixe sua voz ser ouvida, e descubra uma maneira de colocar sua afirmação em um meme, ou sua visão.Yahoo! Music: Você tem algum meme especial?
Adam: Sim, eu criei alguns que colocamos no twitter. Eu disse “Tenha sua vida” que está em [minha música com Avicii] “Lay Me Down” que eu escrevi. Eu tentei incorporar a linguagem que eu escuto na comunidade gay, como as gírias e o modo de falar que ouço. Isso é o que alguns dizem “Ah, tenha sua vida” – um forma mais interessante de dizer “Vá com seu lado ruim!”
Fontes: Adam Lambert TV e Yahoo! Music (Reality Rocks)
Tradução: Carolina Martins C.
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