Burlington County Times: “Mesmo sem Mercury, Queen ainda é quente” – (Filadélfia – 16/07)

Mesmo sem Mercury, Queen ainda é quente

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Para encurtar uma longa história, eu assisti ao show Queen + Adam Lambert em 16 de Julho no Wells Fargo Center e foi absolutamente maravilhoso.

Eu sou apaixonada pelo Queen desde a tenra idade de oito anos, quando eu vi o musical “We Will Rock You”, e que foi a época em que eu descobri o que era música boa. É claro que depois eu fui a não um, mas dois shows dos Jonas Brothers e pensei que aquilo tinha sido a melhor coisa do mundo.

Desnecessário dizer que aqueles foram tempos sombrios, mas isso não vem ao caso.

Quando eu entrei no Wells Fargo Center, semana passada, eu vi a multidão mais diversa que eu provavelmente jamais encontrarei. Havia pessoas da minha idade, pessoas na casa dos 70 anos, mães do subúrbio e “metal-heads” [ver nota] e, claro, uma mulher adulta vestida como Freddie Mercury.

Desnecessário dizer que o verdadeiro Mercury, infelizmente, não estava presente, nem o baixista John Deacon. No entanto os membros restantes do Queen – Brian May e Roger Taylor – definitivamente se lembram de como fazer um show. A despeito de sua idade, eles ainda têm uma incrível presença de palco e energia.

Com eles, como o nome da turnê pode sugerir, estava Adam Lambert. Mesmo sendo sua fã desde o “American Idol”, eu estava cética sobre ele conseguir fazer justiça ao legado de Mercury.

Na segunda canção eu sabia que não havia motivo para ter medo. Sua teatralidade era fenomenal (ele cantou “Killer Queen” em um sofá roxo de veludo e veio para o bis usando uma coroa de rei e um terno com estampa de leopardo, apenas para visualizar), ele se conectou com a plateia em um nível que eu nunca havia experimentado e durante algumas músicas, se eu fechasse meus olhos, eu quase podia imaginar Mercury no palco.

O mais importante, Lambert prestou seus respeitos a Mercury incrivelmente, nunca tentando ser ele, ou preencher seu lugar. Em alguns momentos do show ele prestou homenagens ao cantar com vídeos do falecido vocalista e durante a noite, até mesmo deixando o palco completamente, para que May e Taylor pudesse ter seus momentos de reflexão.

Meu momento favorito entre estes foi quando May apareceu sozinho e disse: “Philly, vocês querem cantar uma canção?” e então começou a cantar “Love Of My Life”, durante a qual eu chorei e não consegui entender porque todos não estavam fazendo a mesma coisa.

Embora ninguém vá substituir Mercury, Lambert é provavelmente o mais próximo que nós vamos ver. Se este show me ensinou alguma coisa, foi que Queen ainda está vivo e arrasando e o legado de Mercury continua vivo.

Se você não acredita em mim, apenas pergunte à multidão que lotou a arena para ver a banda apresentar “We Will Rock You”, porque, deixe-me dizer… o lugar tremeu.

NOTA: Headbanger (também) metal-head é o termo usado para designar a subcultura de fãs de heavy metal e suas variantes. O termo headbanger foi criado como denominação ao grupo, pelo hábito de praticarem headbanging. Já o nome Metal-head (mais utilizado na Europa), vem do próprio gênero musical. Os cabelos compridos, casacos de couro, coletes jeans, patches de bandas de metal entre outros acessórios ajudam a promover um sentido de identificação na subcultura. No Brasil e em Portugal são frequentemente chamados de metaleiros. (Wikipédia)

Fontes: Adam Lambert TV, Burlington County Times e @LambertizeMe

Tradução: Stefani Banhete

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