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23jul2014
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nordique1972: “The Show Must Go On [O show deve continuar]”
The Show Must Go On [O show deve continuar] Crescendo nos anos 70, minha infância rodeava algumas coisas. Havia Kiss, Star Wars e beisebol. Nada mais importava. Por que mais alguma coisa importaria. Os dois primeiros dominavam a cultura pop na segunda metade da década. De vez em quando, alguma coisa me chamava a atenção. Poucas continuavam comigo, mas uma foi o Queen. Suas músicas não eram nervosas como a do Kiss, elas eram mais pop. O trabalho na guitarra de Brian May, e especialmente a voz de Freddie Mercury me fisgaram. Dois talentos lendários na mesma banda. Coloque Roger Taylor e John Deacon e é uma banda incrivelmente talentosa e interessante.
Eu tive sentimentos misturados quando soube que o Queen faria uma turnê com Adam Lambert nesse verão. Eu sou um grande fã do Queen, como já disse. Eu tenho todos os álbuns lançados, incluindo os dos anos 80 que não fizeram muito sucesso aqui nos EUA. Eu tinha até alguns que não foram legitimamente lançados e algumas gravações de shows. Eu ainda estou admirado com o que vi no Live Aid. O Queen roubou o dia. Eu nunca consegui vê-los com Freddie. Eles não fizeram uma turnê com Freddie depois do início dos anos 80 nos EUA. Eu acho que tinha 8 anos de idade na última vez em que eles estiveram aqui. Meus pais nunca considerariam me levar para vê-los naquela época. Mas eu os vi há alguns anos quando eles fizeram um show em Nova Jersey com Paul Rodgers. Foi um show bom, e eu nunca me esquecerei de quando vi Brian May tocar guitarra ao vivo pela primeira vez, mas mesmo Paul sendo um bom cantor, ele não se encaixava no Queen. Eles também tocaram algumas músicas das bandas de Paul, Bad Company e Free, o que não parecia certo.
Passemos então para esse ano, quando a turnê com Adam foi anunciada. Eu não tenho nada contra Adam. Ele é um cantor incrivelmente talentoso e seu estilo combina mais com o Queen do que Paul Rodgers. Minha preocupação era a diferença de idade e, estranhamente, eu estava com medo que ele fosse muito como Freddie. Eu achei que ele seria mais um tributo ao Freddie, e não deixaria suas marcas na música. Eu estava pensando nisso quando os ingressos começaram a ser vendidos, mas eu decidi que não iria perder a oportunidade de ver o Queen. Então ao invés de enlouquecer e gastar muito dinheiro com ingressos ao lado do palco, eu decidi comprar ingressos relativamente baratos na arquibancada da arena. Nossos lugares eram na primeira fileira da segunda arquibancada. Estavam com preços razoáveis e dava para ver perfeitamente.
O dia do show estava se aproximando, e eu estava procurando o setlist. Eu ouvi parte do show que eles fizeram em Kiev, e eu fiquei impressionado com o quão bom ficou, mas eu evitei ver clipes da turnê atual. Eu queria ficar um pouco surpresa, especialmente porque eu já sabia que músicas iriam tocar.
Nós chegamos na arena cedo e fomos aos nossos lugares com comidas e bebidas. O assistente nos mostrou nossos lugares, e como havia pensado, nós estávamos na primeira fileira da segunda arquibancada, com visão perfeita para o palco. Ninguém poderia ficar na nossa frente para atrapalhar nossa visão. Entretanto, havia uma grande câmera perto de nós, mas não estava atrapalhando nossa visão, então não nos preocupamos. Antes mesmo de sentarmos, o assistente veio e disse que não queria que sentássemos perto da câmera e já viria alguém nos dar ingressos para novos lugares. E isso aconteceu. Eu tentei explicar que o lugar estava bom, queríamos ficar ali e gostamos de lá, mas eles não nos ouviam. Eles disseram que nos dariam ingressos na pista. Para outros, isso seria um grande upgrade e ficariam animados. Nós somos baixos. Assim que alguém se levantasse não veríamos mais nada. Nós ficamos céticos com isso. Como eles não nos davam outra escolha, nós relutantemente fomos aos nossos novos lugares.
Acabou sendo uma decisão excelente. Eles nos moveram para a pista, como disseram, mas os lugares estavam na primeira fileira do segundo palco, e tinha uma visão livre do palco principal. Como o segundo palco estava na nossa frente, ninguém conseguia nos atrapalhar. Nem é preciso dizer que ficamos animados com o upgrade.
O momento finalmente chegou. As luzes apagaram e “Procession” começou a tocar. Então a música ao vivo começou e o Queen entrou na primeira música, “Now I’m Here”. “Sheer Heart Attack” é meu álbum favorito, então já estava impressionado com o setlist. Eles prosseguiram para “Stone Cold Crazy”, que é uma das minhas cinco músicas favoritas do Queen. O resto do setlist era uma mistura fantástica de hits, com algumas músicas mais profundas (“Seven Seas Of Rhye”, “In The Lap Of The Gods”, e “’39”).
Como eu disse, tínhamos visão perfeita para o palco principal, mas quando eles começaram a vir para o segundo palco, nossa visão foi absurda. Estávamos tão perto de Adam que podíamos tocá-lo. Eu poderia ter tocado alguns acordes na guitarra de Brian. Estando lá há alguns metros de distância, assistindo Brian tocar “Love Of My Life” e “’39” foi surreal. Adam cuspia champanhe na plateia após cantar “Killer Queen” em um sofá roxo na nossa frente. Nós nos molhamos um pouco. Roger Taylor fez seu solo de bateria, com seu filho. Essas eram lendas do rock and roll com 17.000 fãs os vendo, se apresentando bem na nossa frente. Foi fantástico.
Uma coisa que me surpreendeu foi a plateia. Eu não sabia como venderia sem o Freddie. O local estava lotado. Talvez não tivessem vendido completamente, mas estava muito perto. A parte chocante é que haviam muitos jovens para ver Adam. Não há como essas pessoas serem fãs do Queen. Eles eram fãs do Adam. Era legal ver a reação quando Adam cantava perto deles. Eu não sabia que seus fãs estavam em tão grande quantidade. Eu sei que ele é tremendamente talentoso, mas para as pessoas irem vê-lo com canções mais velhas que ele é legal. Eu também devo dizer que ele fez um ótimo trabalho com as músicas. Ele não é Freddie, mas ninguém é. Ele não pode ser substituído. Mas Adam foi incrível. Ele deu sua própria assinatura nas músicas sem desrespeitar a original. Não é uma tarefa fácil, e ele fez isso perfeitamente.
O show em geral foi absolutamente fantástico. Foi a combinação perfeita de hits e músicas mais obscuras, tributos à Freddie e também seguir adiante. No final é claro que teve “We Will Rock You”, “We Are The Champions” e “God Save The Queen”. Brian May veio ao segundo palco pela última vez durante “We Will Rock You” e tocou o perfeito solo de guitarra bem na nossa frente. Eu não poderia querer mais nada. Foi a maneira perfeita de terminar um dos melhores shows que já fui. Espero conseguir vê-los novamente em breve.
Fontes: @AdamNewsDaily, The Adam Lambert News Daily e nordique1972
Tradução: Carolina Martins C.
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