Adam Lambert fala ao Yahoo! Music sobre a turnê Queen + Adam Lambert e seu próximo álbum

Neste sábado (19) já havíamos publicado aqui, que Lindsay Parker, do Yahoo! Music (Reality Rocks), teve a oportunidade de entrevistar Adam Lambert pelos bastidores da Turnê Queen + Adam Lambert. Nesta segunda-feira (21) ela teve oportunidade de falar com Adam novamente. Confiram abaixo como foi essa entrevista:

Adam Lambert pode estar finalizando uma turnê pelos EUA, mas sua agenda estará bem cheia por bastante tempo. Uma turnê Queen + Adam Lambert para a Austrália e a Nova Zelândia começa em 22 de Agosto, ele está atualmente participando da campanha “Live Proud” da AT&T e, é claro, há o seu novo álbum, fechado a sete-chaves, que supostamente será lançado no começo de 2015 (Adam não vai confirmar a data ainda).

Entre o furacão de datas da turnê e sessões de gravação, Adam conversou com o Yahoo! Music sobre os desafios de assumir o fabuloso legado de Freddie Mercury, ganhar plateias do Queen e como sua experiência de verão com a banda pode afetar sua música solo. Não o parem agora, ele está se divertindo…

YAHOO! MUSIC: Você já está na estrada com o Queen há mais de um mês. Como vão indo?
Adam: Estamos indo muito bem. Nós temos recebido muito carinho; você realmente sente a plateia chegando mais perto conforme o show progride. Quero dizer, nas primeiras duas músicas, eu posso olhar em volta e sentir um pouco de “Ok, tudo bem, nós estamos avaliando você, nós ainda não sabemos…” E então, há certos momentos durante o show onde eu pude sentir que a plateia se entregou a tudo isso – o que é parte do que deveria acontecer, como essa suspensão do descrédito. É um pouco como uma fuga e uma jornada. Partes disso deveriam ser ridículas, esse é o espírito da banda, é como eles eram, então essa é uma das razões de eu não ter ficado tímido com os figurinos ou com algumas das minhas escolhas no palco. Esse é o espírito da banda, é assim que as coisas foram idealizadas originalmente, e eu quero me esforçar ao máximo para dar vida a esse espírito novamente!

YM: Você definitivamente não está tímido com o figurino. Você até usa uma coroa brilhante em um ponto do show…
Adam: Ha, todo mundo está falando da coroa. Quer dizer, sim, estou certo de que há muito simbolismo nela. Eu apenas pensei, “A banda é Queen, eu deveria ter uma coroa!” Freddie apareceu no palco com o manto e a coroa em um momento, e eu achei tão exagerado e ridículo e hilário, então eu quis fazer isso também… mas a minha coroa é um pouco mais brilhante.

YM: Alguns puristas do Queen têm pegado pesado com você em mensagens por causa da coroa… Como se você estivesse tentando ser o Freddie ou algo assim…
Adam: Bem, o que eu acho realmente legal sobre o show é que nós, propositadamente, visualmente e musicalmente, tentamos não nos afastar muito do Queen original, mesmo esta sendo uma nova encarnação. Acho que nós todos concordamos, “Vamos recriar alguns destes momentos e sons, visuais e estilos icônicos” – mesmo com as roupas, eu vi vários dos velhos figurinos do Freddie e de onde ele estava obtendo inspiração e também o período de tempo, e meio que tentei seguir isso um pouco.

YM: Foi intimidante assumir os vocais da música solo de Freddie “Love Kills” no show, já que ele nunca a cantou em vida?
Adam: Sim, de certo modo, mas foi muito excitante também – é mais difícil comparar esta, em oposição a eu cantar “Who Wants To Live Forever”, onde você pode ouvir a versão original e pensar, “Bem, a do Freddie é incrível…”

YM: O que você mais gostou em cantar os clássicos do Queen?
Adam: Eu tenho um passado no teatro e tenho feito coisas estranhas e exageradas, então, quando nós chegamos àquelas músicas no set, é fácil me encaixar. Mas eu realmente gosto de fazer as do tipo mais funk e blues. Eu também gosto daquilo no final de “Somebody To Love”, eu meio que vou um pouco aos céus, nesse ponto. Estes são os momentos de que eu sempre adoro quando estou no palco, e eu posso brincar de me fantasiar!

YM: Você acha que, depois da turnê, você e o Queen poderiam fazer um álbum com material novo? Isso seria interessante.
Adam: Eu não sei. Nesse momento não se pode dizer nunca. Quer dizer, se alguém me dissesse, cinco anos atrás, “Oh, você vai sair em uma turnê dessa proporção, no verão, com o Queen”, eu teria dito “Sério?”. Então tenho certeza de que se for a coisa certa e nós sentirmos que é o momento certo, a música certa ou o que seja, isso poderia acontecer. Realmente não está nos planos neste momento. Nós só estamos tentando nos focar no que está a nossa frente no próximo mês. E, no horizonte, eu tenho trabalhado no meu álbum…

YM: Como você acha que sua experiência com o Queen vai afetar seu álbum? Como isso tem influenciado você?
Adam: Acho que uma das coisas legais de estar em turnê com esse grupo é que isso abre muitas portas diferentes, musicalmente. Quer dizer, Queen faz blues rock do Sul, faz pop, faz coisas glam/teatrais/operáticas, eles fazem punk. A música deles alcança todos os lugares e obviamente cobre um espaço de décadas, então meio que me faz sentir, para meu futuro álbum, com muita liberdade para fazer o que eu quiser, música por música. Eu acho que, hoje em dia, tentar classificar alguém em um único gênero é meio ultrapassado; não acho que é o que está acontecendo. Eu acho que todos estão, tipo “Ok, eu vou pegar emprestado um pouco disso, daquilo e daquela outra coisa; estas são minhas referências, e eu vou misturar todas de um jeito novo”. Eu acho que haverá alguns sons novos nesse álbum que eu ainda não tentei, e algumas coisas que são muito eu mesmo, e algumas coisas um pouco retro, mas não muito retro…

YM: Você definitivamente tirou muita coisa dos anos 70 e 80 em seus dois primeiros álbuns.
Adam: Totalmente, há algo de cada década que eu posso apontar. Eu amo muita coisa dos anos 70 e eu amo muita coisa dos anos 90. É engraçado como as tendências mudam, sabe? Agora, do nada, toda essa house music dos anos 90 está se tornando popular, e é tipo, quem viu isso chegando?

YM:Eu acho que seu álbum Trespassing estava à frente do seu tempo por quase um ano. Ele tinha Nile Rodgers e Pharrell Williams e então, um ano depois, “Get Lucky” do Daft Punk estourou e agora Nile e Pharrel estão por toda parte…
Adam: É engraçado, sabe. O que eu acho engraçado na indústria da música, que eu aprendi do jeito mais difícil, é que parte disso é a música – você tem que ter boas músicas, obviamente, ou então seu produto não aparece – mas muito disso é o timing e o posicionamento. O negócio da música é realmente complicado e tudo tem meio que andar em uníssono, em harmonia, para se fazer um lançamento de sucesso. E isso é algo que eu ainda estou aprendendo. Eu acho que com este [disco] que está vindo, sem poder contar muitos detalhes sobre o plano de negócios, vai ser uma situação diferente: gravadora diferente, produtores diferentes, diferentes pessoas envolvidas, uma gestão diferente. Vai ser tudo um jogo diferente, então estou bastante animado.

Fonte: Yahoo! Music (Reality Rocks)

Tradução: Stefani Banhete

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *