CONFRONT Magazine: “Review do Show: Queen e Adam Lambert no Bell Center” – (Montreal – 14/07)

Review do Show: Queen e Adam Lambert no Bell Center

Noite passada eu tive a oportunidade de ir ao show Queen + Adam Lambert no Bell Center e oh que noite!

Nos dias que antecederam o show eu enfrentei muito ceticismo vindo dos meus tios que tinham visto Queen ao vivo e estavam certos de que ninguém poderia substituir Freddie. Ainda bem que não é isso o que Adam está tentando fazer.

Ao abrir com “Now I’m Here” e “Stone Cold Crazy”, Lambert poderia ter tentado imitar a performance de Mercury ou usar um de seus icônicos figurinos, mas ao invés disso o cantor assumiu o palco em uma vestimenta de couro muito própria dele, mostrando imediatamente aos fãs que ele estava lá para ajudar o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, não para ofuscá-los.

Agora em seus 60 anos, apesar de que você nunca saberia disso, dada sua energia no palco – não são muitos os artistas de hoje que tem esse vigor para um set de duas horas – os dois membros fundadores do Queen me surpreenderam completamente.

Dito isso, Lambert definitivamente se garantiu, sua voz estava perfeitamente ajustada à arte destas peças e adicionando a quantidade certa de teatralidade para lembrar as pessoas que eles estavam, afinal de contas, em um show do Queen.

Sua versão de “Killer Queen” foi… bem, matadora. Esparramado em um sofá com um leque e uma garrafa de champanhe, ele deu a canção o toque de rainha do drama da Broadway que esta requer.

A produção do palco também vale ser mencionada. Nada exagerado, mas extravagante o suficiente, usando luzes e efeitos visuais dos dias de glória da banda, alinhados com pirotecnia ofuscante.

No meio do show, Lambert fez uma pausa para dar a May e Taylor um pouco de tempo sozinhos com seus fãs. Os veteranos compartilharam algumas memórias e com a ajuda da plateia, May cantou “Love Of My Life”, um momento muito tocante. Taylor inclusive participou do momento, cantando “These Are The Days Of Our Lives” e se empenhando em uma batalha de bateristas com seu filho Rufus, que está acompanhando a banda como segundo percussionista.

Todos os sucessos foram tocados. Freddie até fez algumas aparições pela tela grande, mais notavelmente durante “Bohemian Rapsody”. Fechando a noite com “We Are The Champions”, Queen deixou o palco entre gritos de alegria e admiração.

No começo do show, a multidão – uma estranha combinação de muitos adultos de meia idade e algumas de suas filhas adolescentes – estava mais quieta e reservada do que eu estou acostumada. Eu tenho ido a mais concertos do que posso contar onde a plateia é tão barulhenta que eu mal posso ouvir a banda. Uma vez que eu me acostumei com a “quietude”, comecei a respeitar a admiração pelos artistas que esta demonstrava e isso me permitiu apreciar muito mais o show.

Como a maioria das pessoas que não estavam por aqui nos dias de glória da icônica banda de rock, eu conhecia e gostava de suas musicas, quem não; eu estava familiarizada com a maioria dos hits produzidos através de sua impressionante e abrangente carreira; e eu tinha uma ideia de quem Freddie Mercury era como artista e vocalista por filmagens antigas. Por outro lado, eu tenho seguido Adam Lambert desde sua estreia como celebridade como vice_campeão do do American Idol. Portanto eu acho que é seguro dizer que ao entrar, eu era uma fã maior dele do que da banda. Depois da noite passada, eu acho que os medidores estão bem equiparados.

Fonte: CONFRONT Magazine

Tradução: Stefani Banhete

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