The Gazette: Queen + Adam Lambert no Bell Centre – (Montreal – 14/07)

Queen + Adam Lambert no Bell Centre

Não havia como Adam Lambert preencher o espaço do body preto e brando de Mercury. Sabiamente, ele não tentou. O show da noite de segunda-feira no Bell Centre foi apresentado como Queen + Adam Lambert (sendo o primeiro nome algumas fontes maior) por um bom motivo – não era a banda antiga nem uma banda nova revisitando os maiores hits dos anos 70 da banda britânica.

No lugar, os fãs de Montreal receberam exatamente o que foi prometido: os membros originais Brian May e Roger Taylor na guitarra e bateria, respectivamente, e o americano Lambert, um vocalista exibicionista com uma voz impressionante, em seu próprio figurino com estampa de animal e a confiança necessária para ser vocalista não do Queen de Mercury, mas sua nova formação.

O grupo abriu com Now I’m Here e Stone Cold Crazy, duas músicas feitas para mostrar o talento de May na guitarra. Naquele ponto, Lambert parecia mais um suporte, mas achou seu caminho em Another One Bites The Dust e Fat Bottomed Girls, dois hits que foram beneficiados pelo vocal principal. Quando chegaram em Killer Queen – o ponto alto da contribuição de Lambert – ele estava usando botas de plataforma e deitado em um sofá psiquiátrico, investindo totalmente em seu personagem. O finalista do American Idol – um dos poucos que saiu da linha de montagem do programa – poderia facilmente ter caído na armadilha do estilo exagerado da Broadway do Queen (tal show existiu, mas não com ele), mas suas brincadeiras foram controladas com seus vocais proficientes. Dito isso, ele é melhor como artista do que como cantor de rock.

Dando o papel de Mercury para alguém mais jovem, o Queen evitou envelhecer o grupo – um cantor regredindo. Enquanto a banda envelhece, eles têm que diminuir o tom das músicas para se encaixar com o alcance mais baixo do vocalista. Ter o explosivo Lambert de 32 anos forçou May e Taylor a ficarem no mesmo nível, e ambos provaram que conseguem acompanhar.

Os acordes de May – tirando seu solo de guitarra – foi muscular e direto. Taylor foi ajudado por um segundo percursionista, seu filho Rufus. Haviam também um tecladista e um baixista bem distantes, e tiveram papéis mínimos. Havia momentos em que só havia um trio poderoso, May, Taylor e Lambert tocando para a arena lotada. Um desses momentos foi sua versão da primeira música solo de Mercury, Love Kills, uma música que Lambert disse que seria incluída em um novo álbum do Queen – composto de materiais antigos – previsto para o final desse ano.

Mercury, que faleceu em 1991, fez algumas aparições na tela em formato circular atrás da banda. Uma gravação dele cantou junto com uma rendição solo de May em Love Of My Life, um doce momento que poderia ter sido manipulador, mas ganhou aplausos acolhedores da plateia.

Mercury apareceu novamente para Bohemiam Rhapsody. A performance dessa música foi outra mistura delicada de partes ao vivo e gravadas. Lambert ficou com o primeiro verso, Mercury com o segundo, e então a banda saiu do palco enquanto a parte do ‘mamma mia’ era mostrada na tela, para retornar à um solo de May e o desfecho de Mercury. Foi como se o show em si fosse uma solução pragmática para uma situação impossível.

Clique aqui para conferir a galeria de fotos do show.

Fontes: @TALCvids e The Gazette

Tradução: Carolina Martins C.

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