Riff You: “Queen + Adam Lambert coroam Toronto”

Queen + Adam Lambert coroam Toronto

Enquanto os fãs de futebol começaram a deixar o centro de Toronto após a partida da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina, uma interessante mistura de fãs de rock clássico e fãs de pop começaram a entrar no Air Canada Centre para a primeira noite de Queen + Adam Lambert (eles retornarão dia 28 de julho).

Com um palco com uma estrutura circular em volta de uma tela gigante no meio do palco, uma passarela adentrava a plateia. Quando as luzes apagaram, esse Q rapidamente acendeu.

Desde o início, nada dessa parceira artística pareceu estranho. Brian May e Roger Taylor do Queen imediatamente mostraram seu talento eterno em “Now I’m Here” e “Stone Cold Crazy”, enquanto Lambert emergia em um figurino George Michael e provava que sua voz de ouro pertence à esse local.

É fácil perceber que May e Taylor lideram a direção que o show toma, mas Lambert é o que leva à um outro nível.

Sim, eu sei que uma observação dessas pode fazer antigos fãs do Queen pegar seu “A Night At The Opera” para bater em mim, mas isso é um fato.

Todos sabemos que May e Taylor ainda sabem tocar. Pelo que eu observei dos dois no passado, eles não estariam na estrada de houvesse uma possibilidade deles mancharem o legado que construíram com Freddie Mercury e John Deacon, e tomaram cuidado após a morte de Mercury e aposentadoria de Deacon. Mas você precisa de uma voz para essa música – uma voz em um milhão. Acontece que essa voz pertence à um finalista do American Idol. Sim, finalista. Estranho, né?

O que aumentou a credibilidade de Lambert essa noite foi sua habilidade de suportar o material de uma forma que deixaria Mercury orgulhoso, mas sem fazer com que a plateia acredite que ele está tentando os fazer esquecer do vocalista original. Com tal desafio, Lambert achou a habilidade para equilibrar. Há ego lá, o suficiente para realizar o trabalho mas não tanto para você pensar “Quem esse cara pensa que é?”.

Em relação ao set, a audiência do ACC fez a banda trabalhar um pouco, parecendo um pouco passiva nas primeiras faixas. Mas quando “Another One Bites The Dust” e “Fat Bottomed Girls” emergiram, a plateia da noite de domingo parou de agir como motoristas de domingo a tarde e entraram em ação.

Para “Killer Queen”, Lambert ficou com o papel de estrela, descendo a passarela para um sofá em que se posicionou confortavelmente enquanto seduzia as primeiras fileiras. May depois apareceu.

Infelizmente, a energia que a banda construiu no primeiro terço do show desapareceu um pouco no meio. “Love Of My Life” e “’39”, lideradas por May, pareciam ter algo faltando do início do show. Um lindo tributo à Mercury e à história da banda apareceu quando Taylor emprestou seus vocais para “These Are The Days Of Our Lives”. Entretanto, esse pareceu ser o ponto em que cada membro da banda teria um solo estendido, que não era tão agradável para a plateia quanto era para quem estava tocando.

E enquanto a performance de “Love Kills” foi inspiradora e o mais lindo momento que poderia ter ocorrido naquela noite (especialmente nos vocais), “Under Pressure” pareceu não ter o estilo bombástico que merecia.

Quando parecia que a banda iria acelerar, May entrou em um solo de 10 minutos que foi aplaudido graciosamente depois de completo, mas deixou a arena meio calma enquanto acontecia. Todos sabemos que May sabe tocar, mas novamente, solos assim são mais divertidos para quem toca.

A partir daí eles voltaram de uma grande forma com “Tie Your Mother Down”, “Radio Gaga”, “Crazy Little Thing Called Love” e “The Show Must Go On”, terminando com uma rendição intrigante de “Bohemiam Rhapsody”, que foi iniciada e terminada com os vocais de Lambert, com o meio apresentado em vídeo. O comando de May nos momentos oportunos fez com que a faixa parecesse completa.

Depois de um pequeno intervalo, “We Will Rock You” iniciou-se com um Lambert vestido em dourado saindo do fundo do palco com uma coroa – era só uma questão de tempo. Enquanto a presença da plateia nessa música é inegável, foi a final com “We Are The Champions” que mais uma vez validou Lambert como possivelmente o último homem a ser o vocalista da banda que está em sua provável última turnê.
E se isso for verdade, eles estão literalmente saindo em uma nota alta.

Quanto a Lambert, isso não deve fazer nada além que solidificá-lo como um dos melhores vocalistas puros do mundo. Com Queen ele não só encontrou o seu caminho através do desafio vocal de rock, ele afrontou e deu risada.

Fonte: Riff You

Tradução: Carolina Martins C.

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