Daily Tribune: “Adam Lambert está vivendo uma vida real e fantasia com o Queen”


Brian May e Roger Taylor do Queen com Adam Lambert (centro) nos bastidores antes do anúncio da turnê norte-americana Queen + Adam Lambert no Madison Square Garden em 06 de Março de 2014 em Nova York.

Adam Lambert está vivendo uma vida real e fantasia com o Queen

Adam Lambert tinha 10 anos de idade quando ouviu “Bohemian Rhapsody” do Queen durante o hilário segmento do primeiro filme “Wayne’s World” [Quanto mais idiota melhor].

“Como criança, acho que foi a primeira vez que ouvi algo e quis saber mais sobre isso”, Lambert, 32, relembra. “Eu pensei ‘Que música é essa? É tão legal.’ e meu pai disse ‘Aqui, filho, esse é o Queen’ e me deixou ouvir mais do catálogo da banda.”

Mais de duas décadas depois, Lambert está fazendo mais do que apenas ouvindo o Queen; ele está cantando com o grupo britânico, usando sua voz que o tornou finalista do “American Idol” de 2009 (perdendo para Kris Allen) para reacender o falecido Freddie Mercury em hits como “Killer Queen”, “We Are The Champions”, “Another One Bites The Dust” e mais com os membros fundadores Brian May e Roger Taylor. A associação iniciou-se na final do “Idol”, quando Lambert cantou pela primeira vez com o Queen, e continuou pelo MTV Europe Music Awards de 2011 e vários shows no ano seguinte no Reino Unido e Europa, e no iHeartRadio Music Festival de 2013.

Esse ano, Queen + Adam Lambert estão fazendo uma turnê pela América do Norte, que o cantor – que lançou dois álbuns no Top 5 e teve um papel em “Glee” desde que saiu do “Idol” – chama de surreal.

“Se alguém tivesse me dito ‘Você estará no Madison Square Garden com eles daqui a cinco anos’ eu teria rido na cara da pessoa… É uma honra. Tenho sorte por poder fazer isso.”

Queen + Adam Lambert não é o primeiro risco que May e Taylor correram desde a morte de Mercury em 1991 (o baixista John Deacon continua inativo em todos os assuntos relacionados a banda). Os dois participaram no premiado musical “We Will Rock You” que iniciou-se em 2002 e também lançaram vários itens do catálogo pelas últimas duas décadas, incluindo cerca de 300 milhões de álbuns vendidos pelo mundo. Eles fizeram uma turnê e também gravaram com o cantor da Bad Company e Free, Paul Rodgers entre 2004 e 2009, tocaram na cerimônia de fechamento das Olimpíadas de 2012 em Londres e lançaram um show tributo em 2013 chamado “The Queen Extravaganza”.

Tocar com Lambert, entretanto, é um dos projetos favoritos que May e Taylor fizeram depois de Mercury.

“Ele é sensacional” diz Taylor, 64. “Eu o descrevo quase como um Elvis Presley exagerado. Ele tem esse alcance inacreditável, como Freddie. Adam consegue cobrir isso. Ele é um cantor extraordinário e um grande talento. Eu acho que ele se encaixa em nossa teatralidade. Foi bem confortável.”

May, 66, adiciona que “Uma das melhores coisas sobre Adam é que ele nunca é um imitador.”

“Ele acha seu próprio estilo nas músicas, e é isso que todos nós queremos” ele diz. “Nós queremos que nossa música fique viva, perigosa e aberta a mudanças. Freddie odiaria ter tudo reproduzido da maneira como foi. Nós levamos à outros níveis – isso anima, e eu não acho que estaríamos fazendo isso se não achássemos que estaríamos indo em um novo território.”

O guitarrista – que também tem um doutorado em astrofísica – reconhece que existem pessoas que perguntam “Esse é mesmo o Queen sem Freddie?” mas ele diz que essa encarnação do grupo está servindo uma demanda.

“As pessoas querem ouvir as músicas do Queen” ele explica. “Eles querem ouvi-las, e querem que Roger e eu toquemos. Roger e eu não estamos desesperados para fazer o que fazíamos, porque fizemos isso. Não é como se estivéssemos procurando alguém para cantar conosco. Organicamente, isso aconteceu com o Adam. Nós nos sentimos bem com isso, e não estaríamos aqui se não achássemos que foi certo e natural. Então ter essa oportunidade é ótimo para mim. Nós ainda estamos vivos, graças a Deus, e ainda estamos saudáveis o suficiente para sair e tocar por mais algum tempo.”

Nem May e Taylor nem Lambert estão especulando sobre seu futuro após o verão; a turnê norte-americana termina dia 28 de Julho em Toronto, e o grupo fará quatro shows na Austrália no final do verão. Lambert está trabalhando em seu terceiro álbum solo, enquanto May e Taylor também estão envolvidos em uma biografia de Mercury e uma possível adaptação cinematográfica do musical “We Will Rock You”, assim como “Queen Forever”, um álbum com material não lançado com Mercury, previsto para o outono.

Mas eles estão felizes por estarem tocando juntos no momento – assim como o pai de Lambert, que lhe mostrou a música do Queen há mais de duas décadas.

“Ele disse ‘Meu deus! Você está no palco com o Queen! Mal posso acreditar!” Lambert diz rindo.

Fontes: Talented Artists of the Glamily (T.A.O.G) e Daily Tribune

Tradução: Carolina Martins C.

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