NOLA: “Queen com Adam Lambert trouxe um espetáculo glam, músicas apreciadas no Sul” – (Houston – 09/07)

Queen com Adam Lambert trouxe um espetáculo glam, músicas apreciadas no Sul

Queen, os patriarcas do rock, junto com o vocalista Adam Lambert, trouxeram uma noite de espetáculo de rock durante sua performance na quarta-feira (9 de Julho) no Toyota Center em Houston – a única parada sul da turnê de Queen do verão.

Desde a morte de Freddie Mercury, em 1991, encontrar alguém similar com a perspicácia vocal e sensibilidade exagerada para preencher o lugar lendário tem sido difícil.

Para as primeiras músicas, o público parecia lento para aquecer. Mas em minutos, ficou claro que Lambert não teria problemas para defender sua teatralidade, seu vestuário de couro e botas de plataforma, sua atitude confiante, ou a sua ampla capacidade vocal. Até o momento que ele terminou de cantar “Somebody To Love”, com as suas bem-colocadas, e grande quantidade corretas de notas, o público já estava convencido.

Com tantas mudanças de vestuário como se poderia esperar de Cher, Lambert dramatizou um estilo glam rock com tudo a partir de couro, para franjas, para um terno com pele de leopardo que ele se atreveu a combinar com uma coroa de ouro.

O setlist de 23 músicas incluiu os hits “Another One Bites The Dust”, o dueto Queen/David Bowie de “Under Pressure”, que Lambert realizou com o baterista Roger Taylor, e com “Crazy Little Thing Called Love”, terminou seu louco, frenético, improvisado de rockabilly. As baladas de arrepiar “Love Kills” e “Who Wants To Live Forever” foram verdadeiramente onde Lambert mostrou suas habilidades: uma enorme gama vocal, especialmente ao subir habilmente nas notas superiores.

Houve um momento de reconhecimento – uma ovação de pé – para o virtuoso guitarrista Brian May, junto com Taylor, que são os dois membros originais (o baixista John Deacon se aposentou no final de 1990). Os aplausos foram imediatamente antes de um segmento silencioso em que May se apresentou solo no final da passarela e conversou com o público. May – que, além de tocar guitarra, tem um doutorado em astrofísica – falou de ter passado o dia passeando no Johnson Space Center de Houston. Em outro aceno para o público local, ele apresentou a banda, com cada músico logo ostentando bonés de beisebol com o logotipo da NASA.

A banda prestou homenagem a Mercury durante todo o show, incluindo um momento particularmente pungente quando o vídeo foi mostrado de um Mercury vulnerável, no palco vestindo uma camiseta do Mickey Mouse e tentando – claramente nos seus últimos dias – cantar, apesar dos estragos do HIV/AIDS. Mas a homenagem vem de verdade no tão esperado clímax “Bohemian Rhapsody”, quando Lambert começa os vocais, mas cede a Mercury, que continua cantando a estranha e maravilhosa bombástica balada de rock do Queen em um telão atrás do palco.

Estar a altura de Mercury não é fácil, mas Lambert encontrou um equilíbrio, de alguma forma, fazendo cada canção sua, e prestando uma homenagem adequada. Para o público do Toyota Center, parecia funcionar.

Não, Lambert não é Mercury. Só houve apenas um dele. Enquanto Mercury era tudo rock, quase selvagem em seu jeito brincalhão, Lambert traz algo talvez mais controlado, mais praticado. Mas ambos compartilham o mesmo espírito – uma vaidade insolente, juntamente com a sensação de que o rock não tem que ser apenas música, pode ser teatral. Lambert criou uma linha estreita, com uma bota brilhante no lado do roqueiro, e a outra firmemente plantada com a capacidade de apresentar-se ao estilo Vegas.

No momento em que Queen entrou em seu bis – os hinos esportivos icônicos, “We Will Rock You” e “We Are The Champions”, naturalmente – o público estava exausto.

Fontes: Adam Lambert Fan Club e NOLA

Tradução: Sandra Saez

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