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08jul2014
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Las Vegas Review-Journal: “Queen + Adam Lambert é vida real não só fantasia”
Queen + Adam Lambert é vida real não só fantasia Queen é uma das bandas mais ridículas de todos os tempos.
Eles também são um dos melhores.
Este par de truísmos dificilmente não é relacionado.
Afinal, os melhores artistas são os mais inimitáveis, certo?
E quem poderia fazer o que o Queen fez da mesma maneira que eles fizeram?
Ousado, brilhante, exagerado, um absurdo: Queen é todas essas coisas ao mesmo tempo.
Sério, que tão longe está essa lendária banda?
Vamos contar apenas algumas das maneiras:
Eles substituíram um dos maiores cantores de rock n’ roll de todos os tempos, com um vice-campeão do “American Idol”. E eles fizeram isso funcionar.
Sim, “American Idol” nos deu algumas estrelas, exemplo, a boneca Barbie Carrie Underwood e seu inverso, Kelly Clarkson, que a seu crédito, pelo menos tem uma personalidade parecida de um ser humano.
Além disso, temos certeza que todos os parques de diversões no Centro-Oeste estão felizes em ter Daughtry para apresentar-se.
Mas principalmente, o show acabou nos dando um monte de futuras perguntas tipo Jeopardy!
Vou levar “Ídolos falsos” por US$ 400, Alex.
Resposta: Esse cara foi estacionar o seu carro e está roubando seu troco.
Pergunta: Quem é Bo Bice?
Queen, no entanto, tem usado seus incríveis poderes supremos para fazer o vice-campeão do “American Idol”, Adam Lambert uma exceção, no entanto.
O primeiro disco solo de Lambert de 2009 “For Your Entertainment” fez bem o suficiente por ter ficado em segundo lugar na oitava temporada do show.
Mas o seu seguinte album, “Trespassing” em 2012, teve pouca atenção.
Apesar do talento formidável do cara, sua carreira estava demonstrando sinais de instabilidade, quando ele recebeu o convite do Queen para formar o que é uma parceria mútua.
Lambert tem a voz que iguala a ginástica vocal de Freddie Mercury, uma amálgama de ternura, atitude e entusiasmo.
Ele também tem presença, a julgar pelo seu desempenho com Queen no iHeartRadio Music Festival do ano passado no MGM Grand, onde comandou o palco com uma confiança quase improvisada, e olhando para o público como alguém que tinha acabado de furar a fila na frente dele na Sephora.
Ninguém pode substituir Freddie Mercury.
Mas Lambert tem o poder de comandar a si mesmo como se fosse o show dele.
Eles escreveram músicas sobre as batalhas de ogros e reis de fadas.
Você vè o encarte dos dois primeiros discos do Queen e você espera que a metade das letras seja creditado a Baggins, Bilbo.
É como uma feira de renascimento do rock n’ roll.
Ou seja, aqui está uma amostra do terceiro verso de “The Fairy Feller’s Master-Stroke” do “Queen II”: “Oberon and Titania watched by a harridan / Mab is the queen and there’s a good apothecary-man / Come to say hello /Fairy dandy tickling the fancy of his lady friend / The nymph in yellow / What a quaere fellow” [“Oberon e Titania vigiado por uma bruxa / Mas é a rainha e há um bom homem farmacêutico / Que veio dizer olá / Fada dandy agradando a fantasia de sua amiga / O ninfa em amarelo / que um companheiro desejou”].
De repente, você estará falando em um Inglês antigo e impressionando mulheres em um instante.
Mas a coisa é que “Queen II”, mesmo que você nunca tenha se vestido como um druida e seu idioma Tolkien é de tal maneira que você nem sequer sabe o seu Nandorin do seu Sindarin (Pela última vez gente, Nandorin é língua original da Floresta das Trevas, também conhecido como Greenwood, o Grande, enquanto o Sindarin é o mais antigo dialeto do reino élfico de Doriath. Vamos lá!).
Eles introduziram o rock n’ roll em uma peça de malha completa.
E que introdução foi essa.
Supomos que foi um pouco parecido a isto:
Freddie Mercury: ‘Isto é rock n’ roll, e esta é a minha peça de malha completa brilhante. Eu escolhi porque ele responde a pergunta: Qual seria a sua aparência se eu fosse vomitado por uma bola de discoteca?
Rock n’ roll: Muito doce. Mas você tem um vermelho brilhante enfeitado com globos oculares?
Mercury: Mas claro.
E com isso, nem o rock n’ roll nem nenhuma roupa de rock seria o mesmo.
O vestuário de palco de Mercury permanece sendo uma das modas mais impressionantes e estranhas do rock n’ roll de todos os tempos.
Parecido como suas canções: único.
Agora, Lambert não está tentando igualar os trajes extravagantes de seu antecessor malha por malha.
Ele favorece um guarda-roupa nada-mais-negro, com muito couro justo ao corpo e jaquetas de aspecto futurista.
Hey, se você não pode vencê-los, junte-se a eles.
Que é exatamente o que Lambert fez.
Três palavras: Bohemian Effin Rhapsody.
Esta canção não faz sentido.
Na verdade, não é nem mesmo uma canção – são três delas em cinco minutos e 55 segundos de ótima música.
Veja quão absurdo parece no papel: Comece com uma balada agridoce tão sincera, poderia evocar as lágrimas de uma barra de ferro. Então, entra a tal balada com uma guitarra solo que dá lugar a uma passagem de ópera com letras que parece de físicos italianos do século 17 e que são parcialmente cantadas em árabe. Para o grande final, ruge um rock super pesado que uma vez torceu o pescoço de um dos membros de elenco do “Saturday Night Live” através de uma inexplicável comédia popular no início dos anos 90.
Se os caras do Arcade Fire dissessem que eles iriam tentar algo assim, você daria um soco na cara deles por haver sugerido isso.
E você faria isso com aplausos ao redor.
Mas Queen não só conseguir fazer isso, eles tornaram em um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
Isso é a vida real?
É só fantasia?
Para Queen, nunca houve muita diferença entre os dois.
Nem antes, nem agora.
Fontes: Talented Artists of the Glamily (T.A.O.G) e Las Vegas Review-Journal
Tradução: Sandra Saez
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