Inside Bay Area: “Queen e Adam Lambert brilham em San Jose”

Queen e Adam Lambert brilham em San Jose

Há alguns motivos válidos para não abraçar o Queen no século 21.

Mas se os fãs tiverem que aceitar a banda do Hall da Fama do Rock and Roll sem o vocalista Freddie Merucry, que faleceu em 1991 devido à complicações da AIDS, não há época melhor que o presente. Provavelmente não ficará melhor do que a configuração atual, Queen + Adam Lambert.

O finalista do American Idol, que perdeu para o menos intrigante Kris Allen na oitava temporada do programa em 2009, é perfeito para os shows do Queen. Lambert obviamente não é Mercury – e não finge ser – mas ele é bem mais próximo do que Paul Rodgers, o antigo vocalista da Bad Company que trabalhou com o Queen de 2004 a 2009.

Aparentemente, o público concorda.

A turnê Queen + Adam Lambert será um dos maiores hits do verão. A parada na noite de terça em San Jose esgotou em um dia.

Os 12.000 fãs que lotaram o SAP Center pareciam estar se divertindo, sorrindo, aplaudindo e cantando com vontade na maior parte do show de duas horas e meia.

O setlist de 24 músicas foi apresentado por dois membros originais do Queen – o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor – com Lambert nos vocais e dois (às vezes três) outros músicos tocando também.

Parecia que eu estava vendo algo mais do que uma banda cover do Queen? Talvez, em algumas partes – como quando May arrasou com a guitarra no final de “We Will Rock You”. De resto, não.

Isso leva a uma discussão sobre se o Queen é o Queen sem Mercury. Debates parecidos ocorrem com outros grupos que continuaram sem seus membros mais famosos.

Tirando isso, o fato é que o Queen – que também perdeu seu baixista John Deacon, que se aposentou em 1997 – ainda arrasa em 2014.

O grupo abriu o show com uma fala forte – “Now I’m Here” – e rapidamente seguiu com “Stone Cold Crazy”. Depois uma dose dupla de “Sheer Heart Attack”, de 1974, a trupe mostrou resultados misturados no hit de 1980 “Another One Bites The Dust”, com Lambert esforçando-se e a banda arrasando.

Lambert lidou a maioria dos momentos bem, especialmente as notas altas. Entretanto, ele não conseguiu seguir a outra direção – e ir mais abaixo – convincentemente. Ele não tem o estilo de Mercury, o que ajudou nos cortes em “Another One Bites The Dust” e “Crazy Little Thing Called Love”.

Mas Lambert mais acertou do que errou. Ele sabiamente não tentou copiar Mercury, mas tentou deixar sua marca pop na letra. O resultado fez parecer que estávamos ouvindo Muse, um grupo que foi comparado ao Queen na maior parte de sua carreira.

O palco estava simples, mas eficaz, com uma grande tela de vídeo no fundo e uma passarela levando à um pequeno palco. O show de luzes coloridas foi a parte mais importante da apresentação.

O grupo usou o segundo palco, no meio da plateia, em várias ocasiões. May sentou para tocar guitarra e dividir os vocais com a plateia em “Love Of My Life” (“A Night At The Opera” de 1975), que incluiu um segmento de vídeo com Mercury cantando também. Esse também foi o local em que Taylor fez um solo de bateria, que desencadeou “Under Pressure”, a colaboração de Queen com David Bowie que foi lançada em “Hot Space” de 1982. Taylor ficou com a letra de Bowie, enquanto Lambert cantou a parte de Mercury.

Lambert e Queen trouxeram um final adequado com “Bohemian RHapsody” e então retornaram para o bis de “We Will Rock You” e “We Are The Champions”.

Clique aqui para conferir a galeria de fotos do show.

Fontes: Adam Lambert Fan Club e Inside Bay Area

Tradução: Carolina Martins C.

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