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12mar2014
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Examiner: “Confira o que Brian May, Roger Taylor e Adam Lambert disseram na Coletiva de Imprensa no Madison Square Garden – 06/03”
Carla Hay do Examiner fez uma compilação do que Brian May, Roger Taylor e Adam Lambert disseram na Coletiva de Imprensa realizada no Madison Square Garden em Nova York na última quinta-feira (06) quando anunciaram a turnê de verão pelos EUA e Canadá.
Vocês têm algum discurso de abertura?
Roger Taylor: Nós fizemos uma fantástica pequena turnê na Europa e Inglaterra. Todas às vezes que nós trabalhamos com Adam, tudo funcionou muito bem com a nossa música. Ele é um vocalista incrível e nós estamos deleitados em sair em turnê com ele pela América do Norte. É um deleite para nós trabalhar com alguém talentoso assim.
Brian May: Nós estamos muito animados. Já faz um tempo. É emocionante. Roger e eu, é isso o que nós fazemos. É muito significante que nós estejamos aqui no Madison Square Garden. Esta, na verdade, é uma das minhas condições para a turnê. “Nos dê o Madison Square Garden. Nos dê o Forum em L.A. e nós podemos fazer isso mais uma vez.” Estou emocionado por estar aqui. Vamos fazer isso.
Adam Lambert: Estou tão animado de estar aqui com esses dois membros da realeza do rock… É uma honra. Estou muito lisonjeado por poder fazer isso. Que destaque para a carreira! Eu nunca me apresentei no Madison Square Garden antes, então isso é um grande presente para mim. Então, ser convidado por estes dois cavalheiros a dividir o palco com eles, é incrível.Queen e Adam Lambert fizeram várias outras apresentações. Por que agora é o momento de fazer uma turnê na América do Norte?
Roger: Nós fizemos um show ano passado no iHeartRadio Festival em Las Vegas. E isso nos lembrou de como nos demos bem juntos. Pareceu caminhar muito bem. Eu acho que foi uma evolução natural.
Brian: Roger precisava do dinheiro! Estou brincando.
Adam: Eu precisava do dinheiro também.Vocês já pensaram em fazer uma turnê com Paul Rodgers outra vez?
Brian: Foi ótimo com Paul Rodgers, e eu acho que todos nós sentimos como se tivéssemos levado isso muito, muito longe – muito mais longe do que nós imaginamos que iria. E nós ainda somos grandes amigos, mas isso chegou ao seu fim naturalmente. Ele precisa prestar atenção em sua carreira. Não é como se estivéssemos sempre procurando por alguém que suceda Paul Rodgers. Organicamente, isso aconteceu organicamente com Adam. Nós nos sentimos bem sobre isso. Nós não estaríamos aqui se não sentíssemos que era certo e natural fazermos isso, para começo de conversa. É uma emoção. As pessoas vão dizer, “Isso é mesmo Queen sem Freddie?” Bom, eu não tenho ideia. Eu não sei a resposta para essa pergunta, mas as pessoas querem ouvir a música do Queen e ouvir Roger e eu tocando-a, e nós amamos tocar. Então, ter essa oportunidade é ótimo. Nós estamos vivos, graças a Deus. E nós ainda estamos saudáveis o suficiente para sair e trilhar esse caminho mais uma vez. E ele [Adam Lambert] parece bastante saudável. Você é saudável?
Adam: Eu tento!Por que John Deacon se recusou a fazer turnês com o Queem desde a morte de Freddie Mercury?
Brian: Ele apenas não quer. Nós respeitamos isso. Ele quer manter a vida dele em particular. Ele aprova muito que nós continuemos fazendo coisas do Queen constantemente, mas John não quer fazer isso, e nós o respeitamos. Ele aprova, e isso é só o que ele pode fazer.
Adam, como você se sente, seguindo os passos de Freddie Mercury, que é considerado um dos maiores cantores de rock de todos os tempos?
Adam: No começo foi um pouco assustador, quando nós começamos com a primeira encarnação disso. Eu estava apreensivo. Eu acho que Freddie Mercury é um dos maiores cantores que já viveram. Ele é um grande ídolo para mim e eu pensei comigo mesmo, “Eu espero que os fãs gostem disso.” Havia a possibilidade que eles não gostassem. Foi muito bom. A recepção foi calorosa. A reação da imprensa na primeira vez foi muito acolhedora. E é um grande presente para mim, prestar minha homenagem e respeito a um dos meus cantores favoritos e para algumas das melhores músicas já escritas.Brian e Roger, a energia diferente que Adam Lambert traz ao Queen mudou a forma como vocês abordam essas canções?
Brian: Sim, definitivamente. Uma das coisas sobre Adam é que ele nunca é um imitador. Ele encontra seu próprio caminho nas músicas. E é isso o que todos nós queremos. Nós queremos que nossa música seja viva e perigosa e ainda aberta a mudanças. Freddie, particularmente, odiaria ver as coisas serem reproduzidas exatamente como eram. Nós as levamos a lugares diferentes. É emocionante. E eu não acho que estaríamos fazendo isso se não pensássemos que estamos indo para novos territórios. Toda vez que trabalhamos com Adam, nós fazemos isso. Eu estou muito, muito feliz.
Roger: Adam é uma grande diva. E eu digo isso absolutamente no melhor sentido, no melhor. E eu acho que nossa música, às vezes, pede por essa apresentação teatral e alcance extraordinário. Ele apenas acrescenta ao que nós temos. Funciona para nós.Muitos fãs acham que “Hot Space” foi um álbum do Queen incompreendido. Vocês não tocam muitas canções de “Hot Space” nos shows. Vocês vão tocar algumas delas, ou outras canções subestimadas do Queen?
Brian: Nós ainda não temos uma lista. Mas sim, nós estamos abertos a qualquer coisa. Nós estávamos dizendo, mais cedo, que nós precisamos estar felizes, nós precisamos estar confortáveis, Adam precisa estar confortável – desafiados, mas confortáveis. E eu acho que nós vamos dar uma olhada em todos os nossos álbuns e ver o que conseguimos escolher. Para algumas pessoas, “Hot Space” foi como uma despedida com a qual eles não conseguiram lidar, mas em retrospectiva, ele foi uma parte muito importante do nosso crescimento.
Adam, existe alguma canção menos conhecida do Queen que você gostaria de cantar nos shows?
Adam: Acho que eu trouxe uma para a mesa, foi “Dragon Attack.” Eu acho, pessoalmente, que um dos meus períodos preferidos do Queen foi quando eles tiveram um pouco de funk. “Another One Bites The Dust” é uma das minhas favoritas. E eu também estava olhando o álbum “The Game”, e uma das músicas no lado B desse álbum é “Dragon Attack”. Eu me apaixonei por essa. Tem uma batida tão legal. Eu a sugeri e eles disseram “Oh, sim. Nós gostamos dessa também.” Então nós nos divertimos ensaiando essa.
Adam, quando você audicionou para o “American Idol” com “Bohemian Rhapsody”, qual era seu maior sonho, então?
Adam: Se alguém tivesse me dito, “A propósito, você vai se apresentar com eles no Madison Square Garden daqui cinco anos”, eu teria rido na cara da pessoa. Isso é tão surreal! E eu estou feliz por ter cantado essa música na minha audição, porque talvez tenha plantado uma semente. Eu acho que essa audição foi um dos motivos pelo que eles disseram no final do programa “Ok, vamos pensar em alguma coisa para a final.” E quando eu ouvi que o Queen estaria no palco, foi um momento de ciclo completo. E agora o ciclo é enorme, então eu me sinto ótimo.
Brian: Isso agitou o mundo todo. Eu tive centenas de pessoas ao redor do mundo me mandando mensagens, “Você precisa ver esse cara!” E nós fomos vê-lo, não fomos?Como é o processo para vocês escolherem o setlist da turnê? Cada um de vocês escolhe suas favoritas e então votam?
Brian: Você está imaginando que nós somos pessoas lógicas e que nós passamos por um processo. Eu acho que é muito provável que seja aleatório. Nós pensamos nas coisas tipo, “Oh, isso é interessante.” Acho que nós somos atraídos para coisas que são divertidas de fazer. É como Desert Island Discs. Quais são as suas músicas favoritas do Queen? Para esse propósito, é tudo sobre a performance ao vivo. Isso vai funcionar ao vivo? O que será divertido para nós, o que levará a plateia para uma área um pouco perigosa e incomum. Nós não temos um processo, realmente.
Roger: Mas ao mesmo tempo, nós estamos muito cientes do que o público quer ouvir. Ultimamente, eu acho que nossos concertos são exatamente o que as pessoas querem ouvir. Eu acho que nós tentamos apresentar isso também, o que as pessoas querem ouvir em um show: obviamente, os grandes hits.
Brian: O grande problema é que nós temos muitos hits. É realmente embaraçoso. [ele diz, brincando]Vocês já pensaram em como vai ser a produção do palco?
Brian: Oh sim. Nós bolamos uma ideia interessante, que eu não vou divulgar, mas é um design de set muito interessante.
Adam: É fantástico!
Brian: É grande. E eu acho que as pessoas vão gostar. Nosso lema é “Deixe-os querendo mais.” Mas sim, vai ser legal. Nós não fazemos isso todos os dias.Adam, você se lembra da primeira vez que foi exposto a música do Queen?
Adam: Meu pai tinha uma coleção enorme de discos, principalmente dos anos 70 – e mais alguns. Ele foi DJ na faculdade, então ele tinha uma tonelada de vinis. Ele costumava passar os finais de semana tocando aqueles discos. Quando eu já era velho o bastante para ele me deixar mexer nos seus discos, eu comecei a explorar as músicas que ele tinha. Eu separei todas as coisas do Queen. Eu pude ouvi-las no vinil, o que pareceu muito legítimo. Naquela época eu não compreendia, mas agora eu sei que foi meio que especial, nesse tempo e idade. E todas às vezes que a banda apareceu em filmes e comerciais no decorrer dos anos. Quando criança, eu me lembro de ouvir alguma coisa e querer saber mais sobre aquilo. Foi em “Wayne’s World,” o filme do Mike Myers, aquela cena com “Bohemian Rhapsody”. Eu pensei, “Que música é essa? É tão legal!” Meu pai disse, “Aqui filho. Isso é Queen.”
E o que o seu pai diz agora?
Adam: “P*ta m**da! Adam está cantando com o Queen!” Ele não consegue acreditar. Ele é um cara muito bom. Meu pai é legal.
Existe a possibilidade de Queen e Adam Lambert gravarem um álbum juntos?
Brian: É muito cedo para dizer, de verdade. Tudo é uma possibilidade. Neste momento, a turnê é o bastante.
Roger: Sim. Nós realmente não pensamos tão a frente. Quem sabe?
Adam: A beleza de poder fazer isso é que há tantos fãs que cresceram, eles podem ouvir certas músicas e lembrar onde eles estavam ou o que estavam fazendo quando as ouviram pela primeira vez. Todas essas memórias que estão associadas com tantos anos e um catálogo tão incrível de músicas. Eu acho que o verdadeiro presente aqui é trazer algumas dessas memórias de volta a vida, trazer um pouco da nostalgia de volta, e fazer um tipo de miragem do verdadeiro rock clássico. Enquanto nós pudermos trazer esse sentimento de volta, eu acho que é a verdadeira beleza nisso, enquanto injetamos um pouco de vida nova e reinventamos as coisas ao mesmo tempo.Brian e Roger, vocês sentiram uma química musical imediata com Adam?
Brian: Sim, eu acho que soubemos imediatamente. E nos damos bem pessoalmente, o que é ótimo. Isso conta muito. E nós ficamos embasbacados com o instrumento [voz] dele e como ele o usa. Isso conta muito também. E nós também trabalhamos bem juntos no palco. Nós estávamos apenas fazendo isso e soou incrível.
Roger: Nós tivemos bastante certeza de que essa voz extraordinária iria funcionar bem. E funcionou.
Adam: Eu acho que se divertir é uma grande parte de se estar no palco fazendo música, porque se não há alegria ou química lá em cima, você não vai se conectar com a sua plateia. Não funciona assim. Esses dois cavalheiros são tão doces e acolhedores, depois dos primeiros dias, eu me senti confortável. Eu estava tão nervoso da primeira vez que íamos preparar um set, mas eles me fizeram sentir realmente relaxado e encorajado. Eu ainda não posso acreditar. É incrível. É realmente uma honra.Queen e Adam Lambert vão fazer uma turnê juntos que vá além da Europa e América do Norte?
Adam: Nós fizemos o MTV EMAs e então uma turnê curta pela Europa. Nós fizemos alguns shows no Reino Unido e alguns no Leste Europeu, então isso se estendeu um pouco, aqui e ali, e agora nós sabemos que temos de trazer isso para a América do Norte.
Brian: Nós fomos para a Ucrânia. Kiev. Nós tocamos para 300.000 pessoas.
Adam: Eu estava tão nervoso!
Brian: Tudo que vale a pena ser feito é um pouco assustador.
Adam: Eu acho que no momento que nós fomos para Vegas, para o iHeartRadio, nós tínhamos feito um trabalho tão bom na pequena turnê, nós mergulhamos em um set de uma hora e meia – eles já tinham feito isso – Mas em Vegas, pareceu que funcionou muito melhor, e pareceu mais firme e pareceu certo. Foi realmente mágico.
Fontes: Talented Artists of the Glamily (T.A.O.G) e Examiner
Tradução: Stefani Banhete
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