Em nova entrevista, DJ Avicii diz: “Adam Lambert é a reencarnação de Freddie Mercury”

A Revista David Atlanta – destinada a comunidade LGBT de Atlanta (EUA) – recentemente publicou uma entrevista com DJ Avicii, onde o mesmo teceu muitos elogios a Adam Lambert, com quem trabalhou na música “Lay Me Down” para o seu álbum “True” lançado há poucos duas. Confira a entrevista completa a seguir:

Nomeado duas vezes ao Grammy, o produtor/DJ Avicii, também conhecido como Tim Bergling, lançou um álbum de estúdio, “True”, que já está a venda. Tirando os sucessos e hits nas rádios, esse será o primeiro álbum de Avicii. Nessa conversa exclusiva com o DJ internacional, Avicii fala sobre seu álbum, visitas à clubes gays, performances com a Madonna, e sua parceria com Adam Lambert

David Atlanta: Parabéns pelo álbum. É um álbum que não é só singles, você pode ouvir do início ao fim.
Avicii: Obrigado

DA: Uma das faixas de “True” que esperamos que seja single é “Lay Me Down” com Adam Lambert. Como foi trabalhar com Adam?
A: Foi ótimo. Adam tem uma voz incrível. Mais do que tudo, ele é um ótimo compositor. Mas sua voz é insana! Ele é como uma reencarnação de Freddie Mercury. Na verdade, ele é mais uma mistura de Freddie e Robert Plant.

DA: É por isso que você gosta de trabalhar com o Adam? Sua postura como cantor?
A: É, acho que sim. Era Nile Rodgers quem tinha a conexão com ele e o trouxe para fazer os vocais da nossa demo. Não era nossa intenção deixá-lo no final. Mas ele fez um ótimo trabalho e não achamos que deveríamos chamar outra pessoa. Ele é brilhante naturalmente. Teve outra música que fizemos com Adam que era sobre dar em cima de uma garota. Ele dizia “isso não é para mim, mas eu vou cantar. Eu vou fazer isso pelas pessoas, vou dar em cima das pessoas.”

DA: Eu não sei como você fez isso, mas você conseguiu por vários gêneros diferentes juntos, e balanceou-os. Uma das músicas, “Liar Liar”, tem uma vibe dos anos 60. Vamos falar dessa faixa.
A: “Liar Liar” foi feita com Aloe Blacc e Blondfire (uma banda indie de Los Angeles). Foi como juntar duas músicas. Eu já tinha duas ideias, então juntei-as. Foi um teste que deu certo.

DA: O que é o som de teclado nessa música?
A: É uma farfisa. É um som do teclado que não é usado há um bom tempo.

DA: Ela tem uma vibe clássica. Quando você ouve a música ela lembra algo de Los Angeles nos anos 60.
A: Com certeza. Vários elementos nessa música são assim. Seus sons criam cenários deferentes. Houve muitos experimentos nessa faixa.

DA: Você percebe isso nessa música, Você vive a experiência, mesmo que os sons sejam ocultados por batidas mais fortes.
A: Esse é o objetivo de “True”, fazer músicas assim que funcionem e colocá-las na pista de dança.

DA: Como foi trabalhar em LA? Você na verdade ficou um tempo por lá durante os Grammys. Eu sei que você ficou pouco mais de algumas semanas.
A: Eu amei. É quando eu me sinto melhor de todas as maneiras, sem ter que viajar constantemente, fazendo alguns shows por semana mas poder voltar pra casa nos fins de semana. Não tem que ser necessariamente LA, mas eu amo lá. Eu provavelmente ficarei lá pelos próximos anos. O trabalho lá é criativo e envolvente.

DA: Você aprendeu a dirigir lá?
A: Não (risos) ainda preciso de meus aplicativos.

DA: Outra faixa no álbum que nos interessou foi “Addicted To You”, e eu vi como remete aos gays.
A: (risos) Sim, é uma música com vibe diva. Eu consigo ver isso.

DA: Você já a tocou em uma boate gay?
A: Eu já toquei em boates gays. Eu não toquei em noites exclusivamente gays na América ainda, mas já toquei em espaços do tipo. Quando eu toco, não são só os gays que dançam, mas todo mundo. É muito mais calmo saber que não tem violência, só diversão. Menos sutiãs sendo jogados em mim!

DA: A comunidade gay sempre foi a comunidade pioneira para “hitar” músicas dance. Nos últimos 10 anos, isso mudou com a música dance passando para o circuito dos festivais e o mainstream, o que você acha disso?
A: Bom, a música está constantemente mudando e evoluindo. Na comunidade gay, especialmente a música house (que foi onde comecei). Eu trabalhei muito com Nile Rodgers em 6 ou 7 faixas, e nós falamos bastante disso. É engraçado porque a música dele começou na comunidade gay e vários são fãs até hoje.

DA: Fale sobre sua casa de caridade “House For Hunger”. É fantástico o que você está fazendo em um estágio inicial de sua carreira.
A: Obrigado. É uma coisa que estou fazendo junto ao meu empresário, Ash Pournouri. Nós queríamos fazer algo para caridade por um tempo, mas não queríamos que fosse apenas para mostrar. Queríamos algo maior e melhor, que nunca havia sido feito antes. É meio o que tentamos fazer agora. Nós vamos ver quanto de dinheiro arrecadamos para usarmos na caridade, e é uma coisa que me anima. Para mais informações visite houseofhunger.org.

DA: Última pergunta: Como foi trabalhar com Madonna em sua última turnê?
A: Foi ótimo, eu toquei duas vezes no Yankee Stadium e foi um grande show gay. Haviam várias pessoas animadas, várias drag queens e muita diversão.

Fontes: @Avicii_News_, Pressparty, Adam Lambert Fan Club e David Atlanta

Tradução: Carolina Martins C.

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