The Advocate: Q&A com Adam Lambert

A Revista The Advocate também entrevistou Adam Lambert antes do seu Show Privado para o “AT&T Live Proud”, no início de Julho (03). Confira como foi a seguir.

Q&A: Adam Lambert vê um futuro quando “Dão a volta por cima”

O cantor diz que o entretenimento e a mídia estão fazendo a diferença na aceitação dos jovens GLS quando eles saem.

A diretora executiva de marketing diversificado da AT&T, Laura Hernandez, e Adam Lambert estiveram no tapete vermelho no evento Trevor Project.

O álbum de Adam Lambert, “Trespassing”, estreou no ano passado no número um, o primeiro homem abertamente gay dá os créditos aos fãs. Mas os tempos estão mudando claramente. O Gay.net falou com o cantor logo após a Suprema Corte determinar a Lei de Defesa do Casamento inconstitucional. “Finalmente”, disse ele, “nós estamos caminhando”.

Em 3 de Julho, a campanha AT&T Live Proud e Lambert apresentaram ao projeto The Trevor um cheque de US$ 50.000 como recompensa aos esforços da organização na prevenção do suicídio entre os jovens LGBT. Lambert “botou a casa abaixo” com a sua banda enquanto o público estava a seus pés por uma grande causa.

O The Advocate falou com Lambert pouco antes de sua performance. Discutimos a necessidade de mais celebridades como ele, serem um modelo, e como os mais conservadores que ainda não adotaram a igualdade, um dia eles vão “superar isso.”

The Advocate: Você acha que é importante ter celebridades mais assumidas, especialmente agora?
Adam Lambert: Sim, você sabe que eu gostaria de ver mais celebridades assumidas, mas eu sei que é difícil na indústria do entretenimento ser assumido. Nem sempre é fácil… As pessoas têm certos pressupostos que fazem, principalmente para atores e atrizes. Eu acho que o grande desafio para muitos deles, é que eles querem que as pessoas acreditem quando jogam este tipo de personagem, porque, infelizmente, algumas pessoas não conseguem ver orientações passadas. Mas eu acho que com coisas como esta, com a DOMA (Defesa do Casamento) sendo derrubada, o progresso que está sendo feito, e que está trazendo mais visibilidade lá fora. Eu acho que nós podemos chegar a um tempo em que isso não será um grande um problema. É apenas um pouco complicado agora.

Você estava entre os raros artistas a entrar na fama já estando abertamente gay.
Eu não queria fazê-lo de outra maneira. Primeiro de tudo, eu não posso imaginar manter isto em segredo. Não só teria sido algo que me incomodaria bastante, como não seria o que eu sou. Eu sou um livro aberto, eu queria estar na frente. Além disso, tendo vivido 10 anos de minha vida aqui em LA abertamente gay e orgulhoso. Portanto, não havia nenhuma maneira de voltar no armário. Isso teria sido ridículo.

Na mídia, você acha que é importante ter personagens gays de celebridades gays?
Eu acho que a opinião pública mudou muito por causa do que a mídia vem fazendo. TV e cinema têm escrito muito mais personagens gays em suas histórias. Eu acho que tem ajudado o público principal a compreender um pouco e superar isso.

O que o The Trevor Project significa para você?
Eu amo o que eles estão fazendo, como eles estão chegando a estas pessoas. Eu acho que com as mídias sociais, sendo uma ferramenta tão poderosa agora, há lugares neste país e ao redor do mundo onde os homossexuais e as mulheres não têm voz e não têm uma maneira de se conectar um com o outro. A mídia social mudou isso. Para pessoas como eu, que têm visibilidade e a celebridade do meu lado, ser capaz de receber uma mensagem para eles, eu acho que é muito poderoso. Para incentivá-los a ser quem são e que eles não estão sozinhos.

Você é um exemplo para muita gente. Como você definiria um modelo?
Existem diferentes tipos de modelos. Existe a pessoa exemplar que é moralmente incrível e faz tudo certo, então há o modelo que diz: “Eu sou falho, louco e um doce, mas eu quero que as pessoas sejam quem elas querem ser.” Essa tem sido a minha missão o tempo todo, para incentivar as pessoas a serem quem são. Não me imitar, eu não sou seu exemplo. Eu só estou tentando levar as pessoas para fazer o que eles querem.

Seus pais sempre te deram muito apoio, outros pais, infelizmente, não são tão compreensivos. O que você diria a estes pais?
Eu acho que os pais vindos de gerações mais antigas acreditam que a vida de uma pessoa LGBT vai ser muito difícil e repleto de todo esse tumulto. Bem, a maioria dessa turbulência vem de uma família que os rejeita, por isso o primeiro passo é a família aceitar a pessoa do jeito que ela é. E isso não é tão difícil. Você olha ao redor das principais cidades do país, não é difícil. Há uma grande comunidade, grande sistema de apoio, e há um monte de garotos gays lá fora. Não é tão difícil.

Sim, é por isso que um monte de pessoas homossexuais vêm para as grandes cidades.
Quer dizer, eu definitivamente sinto muito pelas pessoas que estão em zonas do país onde elas são únicas. Ou pensam que são únicas. Isso é difícil.

É por isso que pessoas como você é bom com elas.
Sim, e é para isso que o Facebook e o Twitter servem. Conectar-se com pessoas. Estender a mão, e fazer amigos.

Fontes: Adam Lambert Fan Club e The Advocate

Tradução: Kátia Emmanuelle

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