Rádio HOT Fm 91.3 Entrevista Adam Lambert em Singapura

A Rádio HOT Fm 91.3 de Singapura entrevistou Adam Lambert na semana passada, enquanto ele estava na cidade para a realização de um show. Confira no vídeo abaixo, a chegada de Adam no Aeroporto, a euforia dos seus fãs e por fim a entrevista. E no final, uma surpresa:

Adam: Olá! Oi pessoal!
Todos: Olá!
Adam: Uau, nós estamos todos juntos nesse quartinho.

[entrevistadores se apresentam]

Adam: Oi, como você está? Oi para todos! É uma festa.
Entrevistadora: Sim! Você é ainda mais bonito pessoalmente.
Adam: É mesmo?! Obrigado! Energia mostra muito mais do que uma foto, não é? [entrevistadores discutem quem vai primeiro] Quem quer começar?

Entrevistadora: Ok, eu começo! Você conquistou tantas coisas, quero dizer, você é tão jovem e realizou um sonho de uma vida inteira. Há alguma outra coisa que Adam Lambert sonha em realizar?
Adam: Eu quero continuar no ramo das artes, se algo relacionado à câmera acontecer algum dia, como um filme ou algo na TV seria muito divertido.
Entrevistadora: Qual seria o papel dos sonhos para você?
Adam: Papel dos sonhos? Hm… Eu não sei, talvez algo engraçado. Talvez uma comédia. Eu acho que um vampiro é algo muito previsível, nesse ponto.
Entrevistadora: Então, uma comédia?
Adam: Sim, talvez uma comédia sobre vampiros. Seria legal. Existe True Blood, que é engraçado. Mas eu não sei. Algo com a câmera seria divertido. Eu quero fazer designs, fazer coisas por trás das câmeras também. Talvez moda, ou dirigir algo em algum momento… Eu não sei, algum dia!
Entrevistadora: Vamos nos preparar para a linha de roupas de Adam Lambert!
Adam: Talvez!
Entrevistadora: Você faria um musical?
Adam: Eu adoraria fazer um musical! Eu devia ter dito isso. Um filme musical seria um primeiro passo importante para o que eu quero. Se alguém me aceitasse em algum.
Entrevistadora: Qual musical você adoraria fazer?
Adam: Eu não sei, não sei quais estão virando filmes hoje em dia. Vamos descobrir.
Entrevistadora: Você opinou sobre “Os Miseráveis”…
Adam: Não vamos falar disso. Eu já falei sobre isso. Eu sempre tenho opiniões. E eu acho que ser um artista e ter uma opinião são coisas que combinam muito bem. Uma das dificuldades de ser um artista pop no mundo de hoje é que, se você tem uma opinião contrária, todos ficam muito pessoalmente ofendidos. Mas eu não pretendo ser ofensivo ao discordar de algo que alguém sente. Eu só quero discutir sobre. Eu acho que conversando, se dedicando, um pequeno debate amigável é muito bom para o cérebro, para o espírito e para as artes. Sabe, é bom ter opiniões fortes.

Entrevistadora: Você esteve assistindo o American Idol?
Adam: Eu assistia um pouco quando estava em casa, é um pouco difícil. Passa na TV aqui?
Entrevistadora: Sim.
Adam: Oh, talvez eu possa assistir essa semana! Eu estive mudando de lugar tantas vezes nas últimas semanas que perdi um monte de episódios, mas eu tento acompanhar online, e uma das coisas que eu notei, acho que no Top 40, é que este ano está muito mais diversificado quanto ao estilo de vida de cada um, na minha opinião. É bonito e é um progresso, eles não estão rotulados diretamente, está implícito, o que eu acho algo de bom gosto. Eu estou ansioso para ver como o programa vai continuar.

Entrevistadora: Você sempre foi seguro e encorajado sobre quem você é?
Adam: Não… Bom, sim e não. Eu acho que por ser um artista e crescer fazendo teatro, você tem que fingir ser auto-confiante. Faz parte do espetáculo, ter que subir no palco e agir como “Eu saquei, está tudo bem.” Por baixo disso tudo eu sempre tive problemas, e ainda passo por alguns. Parte do que eu faço é tentar inspirar pessoas, fazê-las se sentirem mais fortes, poderosas e sexys, então é mais algo que eu projeto. Mas eu passo por minhas próprias preocupações e problemas com aparência como todo mundo. Quando eu era uma criança, um adolescente, eu não era tão confiante como eu sou agora, eu definitivamente cresci muito mais, eu acho que experiências e relacionamentos nos ensinam muito. Amigos, família, parceiros. Eles mudam quem você pensa que é quando se olha no espelho.

Entrevistadora: Quais são os seus rituais antes de entrar no palco?
Adam: Não é nada muito estranho, eu não sacrifico nenhum filhote de cabra atrás do palco. Geralmente eu bebo chá, meu ritual é muito mais vegetariano. Eu faço alguns aquecimentos, quando eu posso eu tento me exercitar antes, ajuda o sangue a circular. É isso. Ele mudou tudo, eu sou muito grato ao Idol. Eu estava fazendo muitos teatros, então comecei a me interessar por gravar músicas, escrever as minhas próprias, comecei a trabalhar com diferentes compositores e produtores em LA e sentir como era estar na indústria, conversar com pessoas que tiveram um contrato que foi cancelado e foram contratadas novamente e aprendi muito sobre os negócios. Eu provavelmente podia ter tido mais tempo, mas com isso tudo eu percebi que alguém como eu, diferente como era, com 27 anos na época, e com o teatro como plano de fundo, as chances de ser contratado por uma grande gravadora eram muito pequenas. Então eu pensei sobre o que eu poderia fazer para mudar a minha situação, e quando um teste para o Idol surgiu em uma conversa entre eu e meus amigos eu pensei que aquele seria um ótimo jeito de me garantir, na plataforma da televisão, que é enorme. Conquistar muitas pessoas, e deixar nas mãos delas. E se elas gostam do que eu faço, provavelmente uma gravadora gostaria do que eu faço, uma vez que eles estão muito preocupados em ganhar dinheiro. Parecia um jeito lógico de tentar chegar onde eu queria. E é claro que, estando na indústria por anos após o Idol, é interessante porque existe um certo estigma dentro da indústria com as competições e os programas da televisão, nem todos que participam chegam aonde queriam. Eu ainda estou trabalhando com muitas coisas, estou muito, muito feliz com o meu sucesso, muito satisfeito. Mas é claro que eu quero mais. É um pouco desafiante sair do rótulo de ser uma personalidade da TV.

Entrevistadora: Vamos falar de “Trespassing”.
Adam: Eu acho que a ideia de “Trespassing” é obviamente uma metáfora para descobrir o novo, se arriscar e enfrentar algo que você não necessariamente enfrentaria, ou entrar em uma comunidade ou situação onde você não é necessariamente bem vindo de braços abertos, mas que se deve ter fé em si mesmo e andar para frente. Assim é a realidade meu estilo de vida, do meu ponto de vista. Estando na indústria do entretenimento, me arriscando no Idol e com diferentes projetos que assumi nos últimos anos, tudo isso tem sido um desafio. “Trespassing” é como um chamado para todos irem em frente. A minha ideia era de que (o álbum) fosse algo autobiográfico e que também me ajudasse a encontrar um ambiente em comum com meus fãs, porque mesmo todos nós sendo diferentes e estando em diferentes partes do mundo, eu tenho certeza de que todos passamos pelas mesmas coisas, quando estamos nos sentindo muito para baixo. Parte de ter controle sobre a sua vida é saber como se entregar. Esse é o meu novo slogan. É uma batalha, é uma jornada, mas eu estou tentando.

Entrevistadora: Vamos falar sobre moda.
Adam: Eu também gosto de coisas que, obviamente, são completamente inesperadas, que você não necessariamente usaria para estar chique, algo que é um pouco estranho. Eu não levo a moda tão a sério, no sentido de que às vezes eu estou ridículo, às vezes eu pareço louco. E isso faz parte da minha expressão, quero me libertar e ser expressivo, e talvez inspirar um sorriso em alguém. Nem tudo é feito para ser dito, “Oh sim, isso cai muito bem.” Você sabe, é música, música pop. E eu estou viajando, porque não usar alguma coisa louca com plumas só porque eu quis? É divertido.

Entrevistador: Pergunta divertida: qual foi o cartaz mais engraçado que você já viu em seus shows?
Adam: Houve um que esteve por aí nos últimos dias, eu ficava olhando e pensava “O que isso significa?” Acho que ele tinha alguns erros ortográficos, foi um asiático, e acho que a tradução do chinês para o inglês não estava muito certa. Dizia algo sobre o meu “glambulge”… [risos] É algo que os fãs criaram, eu não sei… É interessante ser objetificado. (Confira aqui este cartaz).

Entrevistadora: Uma fã pergunta: “Você cresceu diferente, único – nós preferimos o ver como “único” -, como você lidou com valentões na escola que lhe irritavam porque você era diferente?” porque é óbvio que ela está passando pela mesma coisa, assim como muitos outros também.
Adam: Minha situação era terrível. Eu não passei por algumas coisas que eu ouço jovens dizerem que passam, quero dizer, o fato de crescer em uma região mais tolerável de San Diego ajudou, mas o ensino fundamental, sexto e sétimo ano, foi um tanto desconfortável. Você sabe, quando o corpo de todos começa a mudar, tudo aquilo. Eu era solitário. A minha forma de lidar com a diferença era me isolando, que não é o melhor jeito. Eu acho que, ao ficar mais velho, no colegial, eu percebi que viver em comunidade é algo muito importante. Se você encontra uma atividade que realmente ama há a chance de você encontrar alguém que também ame muito, e isso cria um vínculo. E essa foi a minha salvação. Me envolver com o teatro, o coral, fotografia, conselho estudantil, coisas que reúnem pessoas que pensam da mesma forma, e nós nos demos bem. E nós podíamos celebrar juntos o que criamos uns com os outros, não importa quais eram as nossas preferências e diferenças. Eu não era assumido (assumidamente gay) no colegial, mas isso estava meio que subentendido, não era algo que era preciso falar sobre. E eu estava em uma comunidade de pessoas que não ligavam. Então: encontre sua comunidade. Isso ajuda.

Entrevistadora: Você teve um choque cultural ao vir para a Ásia?
Adam: Não dessa vez. Eu estive aqui várias vezes, especialmente neste ano, eu vim para a China muitas vezes, pela primeira vez, voltei para o Japão… É diferente, interessante estar aqui em Singapura. É mais ocidentalizada eu diria. Há mais inglês, a temperatura é muito boa. Mas sendo um artista com uma gravadora me levando para todos os lados e cuidando de você não é tão difícil quanto se você estivesse aqui por conta própria. Em alguns lugares a comida é muito interessante, entender do que é feita e o que é colocado na comida, tentar entender como aquilo foi de lá para cá, quanto MSG (glutamato monossódico) eles colocaram, isso é um choque cultural… Um choque estomacal. Mas eu me diverti muito, e eu acho que, sem tentar parecer muito repetitivo, eu acredito que a música une as pessoas, e quando você está aqui como um artista e você compartilha sua música as diferenças culturais desaparecem um pouco. E mesmo quanto as barreiras da linguagem, com o passar do tempo eu aprendi que contato visual e riso é a melhor maneira de se passar por essa barreira. Então um sorriso e uma cara de “Você está me entendendo?”, apontar, fazer símbolos e desenhar coisas no ar ajuda. Não é tão mal!

Entrevistadora: Você compromete sua criatividade pela vontade da mídia?
Adam: Eu acho que é um “acordo”. Acho que parte do meu dever como um artista é ser íntegro e criativo, ter ideias livres… Ser um artista pop é o negócio por si próprio. Equilibrar as duas coisas é muito importante.

Entrevistadora: Qual é o seu equilíbrio?
Adam: Eu não sei, ainda estou tentando descobrir! É uma negociação comigo mesmo no dia a dia. Uma das coisas que eu amo sobre estar em turnê é que, quando estou no palco, tudo aqui é meu. Meu público, meu tempo. Indiferentemente do álbum ou do single que saiu, o show é 100% a minha visão.

Entrevistador: Adam, eu gostaria de lhe parabenizar pois “Trespassing” esteve no Top 10 da Hot Fm pelos últimos três meses. Você tem tantos fãs aqui!
Adam: Isso!

Entrevistador: A minha pergunta não é bem uma pergunta, eu vou contar-lhe algo. Eu estou há quatro anos em um relacionamento, conheci minha namorada por causa de você, ela é uma ouvinte (da rádio) e uma enorme fã sua. Ela está muito animada agora que você está em Singapura, e eu vou pedi-la em casamento.
Adam: Yay! Isso é tão emocionante, parabéns! Incrível.
Entrevistador: Está tudo bem se eu te pedir para segurar isto? É o meu pedido, e vou tirar uma foto sua.

[Adam segura a placa “Olá Zhixin Geralyn, diga sim para o Gerald”]

Entrevistadora: Ele está tão nervoso agora! Seu coração está batendo forte, se ele não fizesse isso agora nunca faria!

No final, Boy Thunder liga para a sua namorada, mas a conversa deles é em chinês, e numa hora ele diz em inglês “Se Adam Lambert te pedisse para dizer ‘sim’, você diria?” e ela responde “Sim!” e ele lê um poema para ela… e Adam segura uma placa onde estava escrito “Olá Zhixin Geralyn, diga sim para o Gerald” (veja aqui esta placa)…

Fonte: Adam Lambert TV

Tradução: Elisa Ferrari

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