Vídeo da Entrevista ao “In Sixty” do MuchMore (Canadá)

Confira a entrevista que Matt Wells do programa In Sixty do canal MuchMore do Canadá, realizou com Adam Lambert, cuja exibicão aconteceu no último domingo (25):

Matt começa falando sobre Trespassing ter atingido a primeira colocação na Billboard e como a mídia tem explorado o fato de Adam ser o primeiro artista abertamente gay a alcançar essa posição e pergunta o que ele acha disso. Adam responde que a mídia adora qualquer coisa que tenha a palavra gay no meio e que aprendeu isso do jeito difícil, mas que se sente bem em ser quem ele é e com o fato de que jovens gays e lésbicas podem se espelhar nele.

Matt brinca com o fato que, comparado com todas as controvérsias que cercaram o álbum “For Your Enterteinment”, “Trespassing” parece quase chato. Adam diz que a música em “Trespassing” fala por si mesma. Matt pergunta como, depois de três anos, Adam vê tudo o que aconteceu na época. Adam diz que é como uma memória distante, mas que ele cresceu e aprendeu muito neste meio tempo. Matt quer saber se ele sentiu medo depois da performance no AMA. Adam diz que não ficou com medo, mas receoso, porque não queria que as pessoas o julgassem com base em uma performance e que isso atrapalhasse sua carreira.

Adam continua dizendo que espera que um dia se chegue ao ponto em que as coisas não precisem ser tão qualificadas e em “Trespassing” ele quis sim se dirigir especificamente à comunidade LGBT, mas que ao mesmo tempo, todas as músicas falam de coisas pelas quais todos passam e que no final, somos todos iguais, passamos pelas mesmas coisas e que as controvérsias só afetam as pessoas que já se sentem incomodadas, ou seja, ele não está perdendo nada. Adam diz também que entende porque a mídia explora tanto o assunto sexualidade, porque é socialmente relevante e isso não é ruim.

Matt pergunta como foi a escola para Adam, já que ele estava mantendo segredo sobre sua sexualidade. Adam diz que não chegou ao ponto de ter uma namorada ou mesmo de negar que ele era gay, mas que não falava a respeito. Ele evitava até mesmo pensar no assunto, mas nunca chegou a deixar que o medo alterasse sua personalidade e as coisas pelas quais ele se sentia atraído, que seus pais não ficaram surpresos com a revelação.

Matt pergunta sobre a entrevista na Rolling Stone, onde Adam se assumiu publicamente pela primeira vez depois do Idol, se dar esta declaração para a revista foi premeditado. Adam diz que não, que simplesmente aconteceu pela Rolling Stone ter sido a primeira revista que o chamou para uma entrevista e que ele acha estranho e até engraçado ter de dar explicações sobre coisas que ele nunca pensara duas vezes a respeito nos sete anos em que vivia em Los Angeles como um homem gay.

Sobre os altos e baixos da fama:

No clipe de 2012, Adam fala que quando era mais novo, não tinha certeza de queria mesmo ser o centro das atenções, mas que isso acabou se tornando um sonho realizado.

Matt comenta que em “FYE” Adam co-escreveu 4 músicas e que o álbum foi montado muito depressa e compara com “Trespassing”, onde Adam tem 8 músicas com seu nome e que levou muito mais tempo para ser finalizado e pergunta o que mudou de um álbum para o outro. Adam diz que ele teve mais tempo e que sabia melhor o que ele queria para “Trespassing”, que sair em turnê e promover o “FYE” o ensinou muito sobre seu público, ele mesmo e a indústria da música e que o sucesso do primeiro álbum deixou a gravadora mais confortável em deixá-lo no comando.

Matt pergunta sobre a briga com Sauli no ano passado, dizendo que tudo o que se via na mídia é que ele havia sido preso. Adam ri, dizendo que as fofocas da mídia é como voltar ao colégio e aos jogos de telefone sem fio. Que a história foi muito aumentada e que por algum motivo celebridades são proibidas de ficarem bêbadas. Adam diz que com alguns ajustes, é possível para uma celebridade ter sua privacidade e vida pessoal.

Matt pede que Adam explique o conceito principal do álbum de se sentir um intruso na indústria, por que ele não o vê assim. Adam diz que se sente um intruso em várias formas, que ele sempre foi diferente das pessoas em geral. Vindo de um show tão popular como o Idol foi difícil migrar para a indústria musical, é difícil ser levado a sério, mas que o álbum ter atingido o 1º lugar na Billboard com certeza o está ajudando a superar essa sensação. Ele diz que é diferente sim, principalmente porque nos últimos dez anos a maioria dos artistas pop masculinos se mantiveram num estilo mais tranquilo e suave.

Matt pergunta se a idade influenciou Adam na hora de montar o álbum, ele responde que se não tomar cuidado, o artista pode se tornar uma caricatura, tentando misturar o que seu público pensa e o que ele realmente é. E o que ele ama em “Trespassing” é que ele pode se desconectar da fama e voltar a viver uma vida normal, e se reconectar com o estado metal em que estava antes do Idol, que tudo era mais orgânico e pessoal.

Matt diz adora essa ideia de desconectar, porque todo artista é ligeiramente diferente no palco do que é na vida normal. Adam concorda, embora ele não tenha um alter ego [ver nota] propriamente dito, ele diz que no palco tudo é maior e exagerado, que ele tem que parecer confiante no palco, mas que ele não é sempre assim.

Matt diz que a maior parte da reserva que as pessoas têm com programas como o Idol é o fato de a pessoa conseguir fama e notoriedade sem pagar o preço por isso, mas a maioria desses artistas pagaram sim essas dívidas, isso fez parte da vida delas antes e que Adam faz parte desse grupo. Adam concorda e diz que se não fosse por suas experiências anteriores, ele não teria chegado ao fim do programa.

Eles falam um pouco sobre a carreira de Adam em musicais e porque ele abandonou a faculdade para aprender no trabalho e sobre o período em que ele trabalhou como um garçom cantor e que ele definitivamente pagou as “dividas” vivendo uma vida nada glamorosa, sem conseguir progredir na carreira teatral.

Adam conta que quando largou a faculdade, seu pai disse que não ia mais sustentá-lo e que ele deveria conseguir um emprego se quisesse continuar em Los Angeles e foi quando ele conseguiu o trabalho no navio de cruzeiros.

Na última pergunta, Matt quer saber sobre um comentário de Adam sobre “FYE” ter sido mais um modo de exibir sua voz. Adam responde dizendo que sim, que o primeiro álbum foi como um jogo de adivinhação e “Trespassing” é mais coeso e profundo e evidencia a música.

NOTA: Alter ego ou alterego pode ser entendido literalmente como outro eu, outra personalidade de uma mesma pessoa. O termo é comumente utilizado em análises literárias para indicar uma identidade secreta de algum personagem ou para identificar um personagem como sendo a expressão da personalidade do próprio autor de forma geralmente não declarada. (Wikipédia)

Fonte: mainePF/Adamtopia

Tradução: Stefani Banhete

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