Review do Arizona Local News do Show no “Arizona State Fair 2012”, Phoenix (AZ) – 17/10

Já postamos aqui as fotos do Show no Arizona State Fair 2012 da última quarta (17) publicadas pelo Arizona Local News, e agora confira a review feita por eles também:

Adam Lambert se mostra íntimo no Arizona State Fair

É sem nenhuma intenção ruim que digo que Adam Lambert é o artista ideal para o Arizona State Fair. Sem o pedigree de alguns artistas agendados para se apresentar em num estádio chamado Veterans Memorial Coliseum, Lambert é jovem e atual o suficiente para ser relevante para os mais jovens, mas ainda sim conhecido o suficiente para as gerações mais velhas graças ao apelo nacional do ”American Idol” no qual ele conquistou a fama como segundo colocado da oitava temporada (se você pode dizer o nome do vencedor daquele ano sem usar o Google, bem você deve ser o agente de Kris Allen).

Isso foi a três anos atrás, uma eternidade para o pop, um período durante a qual Lambert se tornou o primeiro artista pop abertamente gay lançado na América através da mágica da televisão, bem como o primeiro a ter um álbum a estrear na posição mais alta da parada da Billboard 200.
E ele é o primeiro cantor a ocupar o lugar de Freddie Mercury nos shows com o Queen, o que fez um perfeito sentido tanto sonoramente quanto em elegância.

E no seu show no State Fair na quarta-feira (17), a extravagância e o repertório de sucessos de Lambert pareceram nos levar a uma época da música pop onde Freddie ainda estava vivo, dançar era tudo e 1999 ainda estava muito longe do futuro.

Aparecendo no palco com um suporte de microfone listrado de preto e amarelo que mais parecia ter sido emprestado da mala de viagem de alguma stripper, Lambert desfilou com o pop a la Michael Jackson (sua parceria com Pharrell Williams ”Kickin’ In” e ”Trespassing”, e sua versão de ”Smooth Criminal em ”Pop That Lock”) para o funk ao estilo Chic (sua parceria com Nile Rogers ”Shady”), com uma bela pincelada de Prince na liberal (”Naked Love” e a festeira ”Cuckoo”).

É a safadeza do garoto púrpura combinada com a soberba disco-diva que forma a base para a personalidade de palco de Lambert. Para um cara que fez manchete pela sua aparição no American Music Awards onde ele beijou o baixista, esfregou a cabeça de um dançarino na pélvis e agarrou as partes íntimas de outro, você sente que ele baixou um pouco o tom para este show familiar. Mas não muito.

Antes de apresentar seu sucesso escrito por Bruno Mars, ”Never Close Our Eyes”, ele lançou a bomba F. Não, não essa bomba. A outra bomba F., na qual ele defendeu a expressão como um termo de carinho.

”Só f*… pode dizer f*….., não é a palavra em si que é ruim, mas a intenção, se você dizer a palavra com ódio,” disse Lambert, estará dizendo à mãe que ela está dando um mau exemplo aos seus filhos.

Foi uma considerável demonstração de força o set conter 10 das 12 músicas do seu álbum ”Trespassing” de 2012, o qual Lambert co-produziu e teve um papel ativo nas composições (apesar de que, quando os créditos pela composição somarem mais de três, você tem que imaginar se aparecer com a palavra que estava faltando ou sugerir um delicioso sanduíche para o lanche te dá direito à uma advertência aos pais). Não importa, essas músicas parecem se encaixar melhor do que os sucessos pré-fabricados que os vencedores do ”Idol” normalmente apresentam antes de se libertarem – como ”If I Had You,” que soava perfeita para Katy Perry, mas somente se ela entrasse num DeLorean e viajasse no tempo de volta para 1985 para cantá-la.

O melhor momento vocal de Lambert foi quando ele e duas das cantoras de apoio sentaram em banquinhos, pediram por uma luz mais branda (”me dê uma lua, eu não quero ficar bronzeado”) e então ficaram sérios por um momento.

”Esta é uma música que eu escrevi sobre igualdade e é para todas as pessoas.”

Quando ele começou a discursar sobre a igualdade para casais de mesmo sexo com ”Outlaws Of Love,” foi quase uma lembrança da sua posição no final do ”Idol”, quando, após sua homossexualidade ter sido divulgada, ele cantou o hino pela igualdade de direitos de Sam Cooke, ”A Change Is Gonna Come.”

”Eles dizem que iremos apodrecer no inferno, mas eu não acho que iremos,” ele cantou. Ele me deixou muito empolgado para ver, não somente o que ele irá trazer para o repertório do Queen quando a união vier aos Estados Unidos, mas o que o futuro reserva para Lambert se ele seguir os passos de Frank Ocean e fazer um álbum com material forte e direcionado.

Mas whataya want from [o que você quer] de Lambert? No tocante ao show business, ele está apenas começando.

Fontes: wal/Adamtopia e Arizona Local News

Tradução: Glória Conde

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