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17out2012
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Entrevista com Luke Blackall do The New Zealand Herald, Auckland (NZ) – 11/10
Adam Lambert também foi entrevistado por Luke Blackall do Jornal The New Zealand Herald em Auckland na última quinta (11). Confira como foi a entrevista:
O caminho para o estrelato é recheado de muitas surpresas Antes de ir para Auckland para seu projeto promocional nesta semana, Adam Lambert falou com Luke Blackall sobre sua carreira pós-Idol e sobre substituir Freddie Mercury.
É difícil de enquadrar Adam Lambert. O primeiro álbum do vice-campeão do “American Idol” em 2009, tinha uma forte tendência glam rock, e seu mais recente material tem uma forte tendência de pop e emo, e ele parece um jovem (e um pouco mais bonito) Gary Numan.
Acima de tudo isso, ele é gay. Embora um popstar gay em 2012 pode não soar tão incomum no Reino Unido, nos EUA ainda soa.
E este ano Lambert conseguiu um feito notável com o seu segundo álbum, “Trespassing”, sendo o primeiro artista solo abertamente gay masculino a alcançar o 1º lugar na Billboard, nos EUA. Pode parecer improvável, mas os outros, tais como Elton John e George Michael, não eram “assumidos” quando atingiram o topo das paradas.
Mas a agitação causada em 2010, quando Ricky Martin decidiu revelar sua sexualidade, ou quando, no início deste ano, Frank Ocean, membro do hip-hop “Odd Future”, relatou num blog sobre ter tido uma relação com um homem, mostra que os EUA ainda é, de alguma forma, mais atrasado que o resto do Ocidente quando se trata de estarem abertos sobre a homossexualidade.
Lambert não está apenas surpreso em ser o primeiro, ele também está surpreso com o alvoroço criado, uma vez que se assumiu desde sua adolescência.
“Eu acho que há muito tempo a indústria da música tem medo de que, os artistas assumidos, seja mais uma coisa de nicho”, diz ele.
“Mas a música não tem uma orientação, uma boa canção é uma boa canção, por isso, se você fica na dependência da sexualidade do artista para sua apreciação da música, então talvez você precise examinar sua zona de conforto um pouquinho melhor.”
Uma das novas faixas, “Outlaws Of Love”, é sobre ser condenado ao ostracismo por se apaixonar pela pessoa “errada”, e vem, diz ele, num momento em que as mudanças de atitude estão chegando à América.
“Estamos em meio a esse grande movimento dos direitos civis. É bonito ver como as pessoas estão ganhando força e eu acho que nesse momento minha notoriedade é um privilégio e eu sinto que eu tenho um certo grau de responsabilidade – porque por eu ter uma visibilidade maior que a maioria das pessoas têm na comunidade gay, especialmente na indústria da música – ser confortável, ser aberto.”
A outra indústria curiosamente criativa nos EUA, é Hollywood, por cujos membros Lambert, talvez surpreendentemente, tem mais simpatia.
“Eu posso entender que, com atores, eles queiram se lançar em projetos diferentes e por isso têm de ter credibilidade este, ou aquele, para tocar alguém emocionalmente”.
O cantor de 30 anos de idade, parece ter muito mais (de valor) para dizer, do que a média das estrelas pop saídas de “reality-shows”. Ele também aponta que o processo de gravação é mais abrangente do que para muitos de seus colegas. Ele trabalhou em “Trespassing” por um ano e meio, gravando mais de 50 canções. As que ficaram para a gravação final foram tocadas e trabalhadas até que ele ficasse satisfeito.
“Eu sou o meu pior crítico. Eu procuro os mínimos defeitos. E eu sei que eu repassei todas as músicas nos mínimos detalhes.”
Embora ele não vá ser comparado com artistas contemporâneos, ele tem uma interminável lista de estrelas da década de 1990, que influenciaram o seu trabalho mais recente, de Missy Elliot a Gwen Stefani a 2 Unlimited. O álbum progride da primeira parte mais positiva, mais clara, para a segunda, mais escura, e explora sua vida pós-Idol, de escuridão, dias exaustos depois de uma turnê mundial, para a percepção de o quanto ele é sortudo.
Apesar disso, ele admite que sua chegada relativamente nova para a fama não foi bem um fluxo interminável de festas, brindes e glamour como ele tinha antecipado.
“Eu estava errado! Eu não fui convidado para festas fabulosas, não realmente”, diz ele. “Eu pensei que ia ter passe livre para algum clube exclusivo. Na realidade, isto cria obstáculos, muito mais, socialmente.”
Sua primeira e grande introdução importante para o apetite da imprensa de celebridades veio no ano passado, quando se envolveu em uma briga com seu namorado finlandês Sauli Koskinen, em um bar na Finlândia.
Lambert culpa a uma combinação dos sintomas dos fusos-horários, a falta de luz solar e muita bebida. E, apesar de alguns relatos, ele diz que não foi tecnicamente detido, apenas levado para uma delegacia de polícia “para dormir fora”.
“No dia seguinte, ficamos tipo ‘O que aconteceu?’,” diz ele, ainda olhando um pouco embaraçado. “Foi muito infantil, uma coisa boba, estúpida.”
Hoje, ele e Koskinen estão felizes e namoram há mais de 18 meses.
O lançamento do seu mais recente trabalho coincidiu com uma de suas maiores oportunidades, sua turnê com o Queen. Ele se apresentou com Roger Taylor e Brian May quando eles foram convidados pelo “American Idol”, e ele, então, se apresentou posteriormente como vocalista da banda no MTV EMA e ainda substituiu Freddie Mercury novamente em três datas em Londres.
Com suas altas gamas e poder vocais, Lambert e Mercury têm algumas semelhanças, apesar de suas personalidades diferentes (a abertura de Lambert e a timidez de Mercury) e seus caminhos para a fama parecerem bastante diversos.
“Eu não posso cantar [as músicas],tão bem quanto Freddie Mercury, é claro que eu não posso, foi ele quem as escreveu,” ele diz.
“Eu não quero imitá-lo, isso seria desrespeitoso à sua memória. Meu objetivo é ser eu mesmo, mas tendo certeza de que estou cantando as músicas como foram destinadas.”
Fontes: Adamtopia e The New Zealand Herald
Tradução: Graça Vilar
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