Review do Show de Adam Lambert & Queen (11/07) por Mark Gilroy

Mark Gilroy, um músico britânico, antigo fã do Queen e “relativamente” novo fã de Adam Lambert, descreveu como foi a sua emocionante experiência vivida na última quarta (11) quando teve o prazer de assistir ao Show de Queen & Adam Lambert no HMV Hammerstich Appolo em Londres. Confira:

Review Ao Vivo: Queen & Adam Lambert – London Hammersmith Apollo, 11/07/12

Duas semanas atrás me foi oferecido a chance de uma vida – um de meus amigos no Twitter (@timesmasher) ofereceu-me um par de ingressos para um dos três shows que o Queen estava fazendo em Londres (foto). Por obra do destino, aconteceu desse que vos fala estar em Londres exatamente naquela noite, então eu aproveitei a oportunidade. Como fã de longa data do Queen e um (relativamente) novo fã de Adam Lambert, eu sabia que esta seria uma noite inesquecível.

Antes da sua recente sequência de shows em Moscou e na Polônia, eu lembrei de ter lido uma entrevista com Adam, onde o entrevistador perguntou como ele se sentia a respeito da tarefa de substituir Freddie Mercury. Eu gostei muito da resposta dele:

“‘Eu tenho sapatos muito grandes para calçar, liderando o Queen. Mas – eu estou levando o meu próprio par. Um do tipo que o Freddie acharia bonito.

Isso serviu de base para uma noite que não foi um tributo a Freddie Mercury, nem tampouco um show de Adam Lambert… mas um desfile de algumas das maiores músicas já escritas.

Não é segredo que Brian e Roger são grandes fãs do trabalho de Lambert. Além do fato de o terem escolhido a dedo para estes shows, Brian May postou em seu blog depois do seu show em Kiev:

”Às vezes eu ficava tão mesmerizado com o que Adam estava fazendo que esquecia até de tocar!! ha ha.”

Enquanto a empolgação crescia dentro de uma Apollo lotado com 8.000 mil pessoas, a introdução de ”Flash” começou a tocar, antes da cortina se abrir. Elétrica nem seria o termo correto para começar a descrever a atmosfera.

Confiante e atrevido, vestindo calças de couro (as mesmas que ele rasgaria na noite seguinte) e jaqueta da couro com pontas de metal, Lambert deu início do show com ”Seven Seas Of Rhye”.

A platéia inteira ficou de pé (e a maioria ficou assim durante as duas horas de show, algo que eu nunca tinha visto num show) (foto)! A banda optou pelas favoritas ”Keep Yourself Alive”, ”We Will Rock You” (versão mais rápida), e ”Fat Bottomed Girls”.

”Don’t Stop Me Now” foi a primeira da noite das quais a platéia cantou junto, antes que Roger passasse suas baquetas para seu filho Rufus e pegasse o microfone, para enfrentar o dueto de Bowie ”Under Pressure”, no qual Brian utilizou uma guitarra de dois braços (foto).

Tudo estava incrível e arrebatador até então… mas alguma coisa estava faltando. Eu tenho ouvido muito a respeito da experiência que é ouvir Adam Lambert cantar ao vivo, mas até aquele ponto, a lista de músicas (e o sub-par mix sonoro) havia mascarado seus poderosos vocais. Eu me vi esperando por um momento que confirmasse toda essa adoração.

E então ele veio.

Assim que as luzes diminuíram, a introdução com sintetizadores para ”Who Wants To Live Forever” começou, e um arrepio coletivo circulou pelo lugar. Por um certo tempo a platéia cantou junto, antes da maioria se vir parada, em completo êxtase, pelo que estavam ouvindo. Eu não sou alguém que você chamaria de emocional… mas de repente eu me vi emocionado às lágrimas. Música e emoções são intrinsicamente ligadas, mas eu nunca antes ouvi um artista capaz de concentrar emoção tão poderosamente num show ao vivo. A primeira de muitas vezes em que ele foi aplaudido de pé na sequência da noite.

Lambert deixou o palco para Roger & Brian provar mais uma vez o quão incríveis músicos eles são. Roger assumiu os vocais para ”It’s A Kind Of Magic”, e ”Those Are The Days Of Our Lives”. O telão mostrou imagens antigas da banda (mais Freddie) tocando ao fundo, um momento tocante que trouxe aplausos ensurdecedores de todos e lágrimas de alguns.

Antes da tradicional seção ”band jam”, com o palco inundado de luz vermelha, Adam Lambert saltou de volta ao palco para ”Dragon Attack”. Meus pêsames à família de Elmo. (foto)

Com exceção da sua jaqueta Elmo, Lambert voltou todo vestido de couro e descalço para o restante da noite, arrebentando em ”I Want To Break Free”, ”Another One Bites The Dust” e ”Radio Ga Ga”.

As próximas músicas foram ”Somebody To Love” – uma faixa composta por Freddie Mercury. É minha música favorita do Queen, então eu estava intrigado para ver como Lambert iria interpretá-la. Para mim, um dos principais e mais marcantes elementos do catálogo antigo do Queen, é o quão difíceis elas são de interpretar (um testemunho ao lendário talento de Mercury). Basta dizer que, Adam pôs a casa abaixo – a última nota que ele entoou me deixou completamente embasbacado.

“Bohemian Rhapsody” foi outro ponto alto, onde a platéia cantou junto (alguém não sabe a letra dessa música?) envolvendo Adam, Brian, Roger… e mais imagens ao vivo de Freddie.

Depois que as luzes diminuíram, o trio voltou para o bis, Brian May assumindo a liderança em ”Tie Your Mother Down”, antes que Adam alternasse para o clássico ”We Will Rock You”, e então ”We Are The Champions”… no final nós fomos presenteados com uma exposição de malabarismos vocais e as mais altas e mais loucas notas da noite. Eu dei uma olhada breve ao meu redor e as pessoas estavam paradas, assistindo com seus queixos literalmente caídos. (foto)

Para mim, a coisa mais impressionante sobre este show é que ele não foi montado para ser um show de Adam Lambert (e nem deveria ter sido). A voz, composição e memória de Freddie pontuaram a noite perfeitamente. Roger Taylor & Brian May tiveram várias chances de estar no centro do palco também (apesar de seus solos terem sido os pontos mais ”lentos” da noite).

O respeito mútuo entre os três era palpável – para mim, a lembrança que ficou desta noite, foi o quão incrível foi ver três músicos de nível internacional mostrar tanta humildade entre seus companheiros.

Presumindo que eles irão trabalhar junto novamente… mal posso esperar pelo que virá a seguir! (foto)

Fontes: Adam Lambert Fan Club e Mark Gilroy Music

Tradução: Glória Conde

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