Adam Lambert no GyaO! (Japão)

O GyaO! é um site no Japão (seria o Yahoo! Japan de vídeos) e esta entrevista abaixo com Adam Lambert, publicada neste site, foi baseada na entrevista concedida a Sony Music Japan conforme publicamos aqui e aqui. Confira:

Você conseguiu tirar ferias antes de começar a trabalhar no novo álbum?
Adam: Tive muita sorte por ter todo este ano para mim. Tive algumas apresentações pelo meio, mas o resto do tempo foi ocupado a criar o álbum. Pude voltar a ter uma vida normal, o que foi fantástico. Aluguei uma casa muito boa em Los Angeles, passei tempo com a minha família e amigos e me apaixonei. Este ambiente de composição teve lugar num ambiente mais normal e acolhedor. Acho que isso se reflete na música.

Apesar de toda mudanca que a sua carreira lhe trouxe você continua a ser o mesmo Adam Lambert de antes?
Adam: Continuo o mesmo rapaz. Tudo isto me aconteceu já tarde. Aproveitei os meus 20 anos para perceber quem era. Mas com uma mudança de estilo de vida drástica como a minha, as coisas tornam-se diferentes e você tem de se adaptar. De certeza que há algumas coisas em que mudei e me habituei às novas circunstâncias. Estou muito agradecido. Ter concebido este álbum depois de ter conhecido os meus fãs durante os últimos 2 anos, ter cantado para eles, viajado. Fiquei com uma melhor ideia do tipo de música que queria criar para eles e para mim.

Como você vê esse seu poder de reunir tantas pessoas diferentes e de várias gerações em um so show?
Adam: Essa é uma parte bonita de fazer o que faço. Notei isso nos meus shows, que há um cruzamento de diferentes estilos de vida. É entusiasmante poder cantar para uma avó, um casal jovem gay, um adolescente, um pai, uma mãe. Para mim, o que isso demonstra é que é pela música, o poder da canção, entretenimento. No mundo ideal isso não importa, não interessa quem você é. Interessa que queira ser entretido, que queira ver um bom show.

Ter feito a estreia através do American Idol não quer dizer que o sucesso está garantido. Como você se sentiu com o êxito do seu primeiro álbum?
Adam: Sim, há definitivamente uma sensação de alívio. Porque nunca se sabe. Sei que há uma historia variada das pessoas que saem do programa. O mais difícil quando se está no programa é cantar música que é conhecida, músicas de outras pessoas, músicas que todos adoram e é esse material que atrai as pessoas a gostarem de você como cantor e artista. O desafio era pegar naquilo que você consegue fazer vocalmente e tornar apelativa a música original e isso é difícil porque nem todas as músicas são excelentes.

Como você se sente ao olhar pra trás e escutar o seu primeiro álbum?
Adam: O álbum é muito impulsivo. Vem das minhas experiências no “Idol”, cantei estilos tão diferentes. Enquanto gravava o álbum estava em turnê, ao mesmo tempo, a cantar covers de outras pessoas. Foi como que um jogo de adivinhação. Acho que esta é a música que quero fazer e acho que é esta a música que os meus fãs querem ouvir, mas não tinha a certeza de nada. Foi, definitivamente, uma grande interrogação. Foi fantástico, fizemo ele em dois meses. Foi trabalhado de fora para dentro. Agrupando todos os fatores, acedendo-lhes e dizer: “Ok, esta é boa, vamos colocá-la”. Com este álbum, “Trespassing”, é praticamente o oposto. Tive tempo, espaço, e fiz mais experiências no estúdio e escrevi muitas das canções e o produzi executivamente. Este álbum é feito de dentro para fora. Tive tempo para pensar aquilo que queria expressar, que tipo de música queria criar e que tipo de emoções queria transmitir. E neste álbum estou permitindo que as pessoas me conheçam melhor como pessoa, ambos os lados, são duas metades num todo.

Você acha que seu novo álbum tem um ar mais contemporâneo?
Adam: Sim, é mais contemporâneo. Eu queria criar o tipo de música que ouvia. Acho que esse era um dos objetivos principais para “Trespassing”. Adoro a produção eletrônica, “nova era”, dubstep e os novos sons da dança. Mas como cantor e vocalista tenho de criar música na qual possa entrar profundamente a nível vocal. Essa era uma parte importante. Misturar o novo e voltar atrás, às minhas influências como vocalista. Com a música de dança que criei no álbum, peguei no funk e disco como uma direção. Posso ser atacado pelo espírito rock n’ roll a nível vocal. Eu acho que apliquei as minhas forças em progredir e envolver-me como artista. E o material mais negro é, uma vez mais, atmosfera texturada com um novo som. No seu coração existem melodias muito bonitas e uma voz pura. O objetivo era fundir isso tudo junto.

Conte-nos em como você se inspirou na letra de sua música?
Adam: Tal como já disse, “Trespassing” tem dois lados. O positiva e o obscuro. Acho que todos têm uma luta entre o seu lado positivo e o obscuro. Não estou a dizer que é bom e o mau, isso é algo diferente. Mas o luminoso e o obscuro, o positivo e o negativo na tua cabeça. No lado positivo queria falar de força, poder, alegria, amor, sexo… E no outro lado, queria falar no lado obscuro dos mesmos temas, sobre como é ter o coração partido, relações que podem não ser boas para, já tive algumas, em que você continua a querer voltar para mais, mas isso não é saudável, mas você continua sempre a voltar. Músicas sobre vulnerabilidade, tristeza, luta, escas

Qual a relação do título do album “Trespassing” com a mensagem da música?
Adam: Pensei em “Trespassing” como uma música de afirmação para todo o álbum. Basicamente, resume o que o resto do álbum diz. Sabe, eu me sinto como um estranho nesta indústria, e também, neste mundo, mas não vou deixar que isso me pare. Para mim é uma boa introdução para o álbum. E, também, ao chamar ao álbum “Trespassing” é como que dizer ao ouvinte aquilo que ele está prestes a fazer. Eles estão prestes a conhecer aquilo com que me importo, a minha mente e o meu coração. Verem um pouco mais de mim e entenderem-me melhor.

Fonte: Adamholic

Tradução Japonês/Português: Maristela Emi Ishii
Tradução Inglês/Português: Kady Freilitz

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