Review de “Trespassing” Por HitFix

A contínua evolução de Adam Lambert em “Trespassing”

O antigo segundo colocado do American Idol tem muito a dizer sobre o seu segundo álbum

O segundo maior conjunto de gravações do Adam Lambert, “Trespassing” abre com uma completa explosão de desafios. “Wait til you get a load of me!” [espera até me apanhar!], o segundo classificado da 8ª temporada do American Idol declara muitas vezes na sugestiva música com palmas e batidas sintonizantes do Queen “Another One Bites the Dust” cruzada com “Beat It” do Michael Jackson.

Preparado ou não, Adam está a deitar a porta abaixo. Ele não está apenas a entrar, ele está a reclamar um lugar no topo da mesa e você será servido. O conjunto de 15 músicas está inundado com as influências de Adam: os acima citados Queen e Michael Jackson, assim como Scissor Sisters, George Michael, e mesmo Parliament. Para as honras dele, enquanto ele usa estas inspirações com óbvia homenagem, ele ainda cria o seu próprio documentário com a sua própria história substituindo os de qualquer dos seus critérios musicais.

É frequente um artista fazer um álbum que transborda com não tanta confiança como os sentimentos que ele não deixou absolutamente nada no estúdio. “Trespassing” é um desses esforços. Sente-se que um pouco do coração, da alma, da ambição e do suor de Adam foram para a sua criação. Tanto esforço pode ser uma trapalhada de demasiado de tudo, e restringir nunca foi um ponto forte do Adam, mas a sua tendência para o exagero serve-o bem aqui.

Tal como ele disse muitas vezes em entrevistas, incluindo a conversa do Adam com o HitFix, o álbum muda da luz para a escuridão, levando o ouvinte numa viagem através da cabeça de Adam batida por batida: A primeira parte é toda palpitante e energia sexual reprimida em busca de alguma libertação, quer seja o comum (na música co-escrita pelo Buno Mars “Never Close Our Eyes”, uma das músicas mais fortes do álbum) ou “Kickin’ In”, que qualquer fã do George Michael vai instantaneamente lembrar-se do seu auge no início dos anos 90 (a era do “Father Figure” do Michael é também lembrada depois em “Broken English”).

Mesmo tendo o próprio Adam sugerido que há uma pequena natureza bipolar no álbum, o fio condutor é a fome e o desejo insaciável de revelar a sua verdadeira pessoa e permitir àqueles que querem conhecê-lo melhor o verem tanto emocionalmente como fisicamente, como em “Naked Love”.

A faixa 8 (e o primeiro single) “Better Than I Know Myself” é o ponto intermediário na transição entre a festa e a reflexiva, frequentemente sombria segunda parte. Se a primeira parte toca tudo com uma falsa confiança, as últimas músicas estão suficientemente cheias de confissões, e admissões para preencher anos de terapia.

“Underneath” é o coração musical de álbum. Na música ambiental e atmosférica, Adam retira todas as camadas que nós mantemos escondidas, e mostra a sua verdadeira pessoa para o seu amante. Ele fica emocionalmente despido e grita “Look at me, now do you see, underneath, underneath” [Olha para mim, agora você vê, por dentro, por dentro]. É o Adam no seu ponto mais vulnerável, mostrando o seu “rio vermelho de gritos”, e todos os seus pecados. É exaustivo ouvi-lo em parte porque soa que é preciso muito para Adam dar tudo, mas também é purificante.

No todo, Adam, que co-escreveu 12 das músicas e trabalhou com uma grande quantidade de produtores, é seguro de si mesmo vocalmente na medida em que salta à frente de “For Your Entertainment” de 2009. Adam tem potencial para ser o primeiro ministro das tolices do rock: a sua voz pode fazer danificar a pintura da parede; mas ele também sabe quando a controlar, tal como no triste (tanto mais que, após a passagem da “Amendment One” pela Carolina do Norte) “Outlaws Of Love”, que é sobre o casamento gay, “They say we’ll rot in hell / Well, I don’t think we will / They’ve branded us enough / Outlaws of love” [Eles dizem que vamos apodrecer no inferno / Bem, eu acho que não / Ele já nos gozaram o suficiente / Foras da lei de amor].

No fim do álbum, Adam está à procura de um lugar seguro para “fixar” o seu parceiro. Pequena admiração, todos têm de estar exausto neste ponto… o ouvinte, Adam, e todos que ele trouxe tão longe com ele. O álbum podia usar um bom editor: Eu teria deixado de lado “Pop That Lock” e “Runnin’”, eu sei que mesmo escrevendo isto alguém vai dizer que são sem dúvida as suas músicas favoritas.

“Trespassing” mostra uma tremenda evolução em Adam como artista que tem alguma coisa a dizer e continua a perceber a melhor maneira e os melhores parceiros para o acompanhar nesta exploração. Nem todas as músicas ressoam ou atingem a sua marca, mas não há muito mais que você possa pedir a um artista do que chegar ao caminho em que o Adam já está.

Fontes: Adamtopia e HitFix

Tradução: Luísa Guedes

Compartilhar
Share

Nenhum Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *