Los Angeles Times: Adam Lambert se prepara com todas as forças para o furacão com “Trespassing” e a turnê do “Queen”.

Com O seu segundo álbum “Trespassing” saindo do forno e uma turnê nesse verão com a banda Queen nos preparativos, Adam Lambert se aquece na sua, de alguma forma, “vida normal”

Adam Lambert é indiscutivelmente a última grande estrela que saiu da franquia “American Idol”. Embora o cantor, com uma queda por espetáculos, tenha terminado em segundo em 2009, atrás do insípido e fofinho pop-rocker, Kris Allen, ele atingiu um nível quase Kelly Clarkson de renome, graças a sua presença de palco que nos prende, e por ter se assumido gay semanas depois da final da 8ª temporada.

Lambert vai se deixar aberto novamente para os olhares atenciosos do público em Julho quando ele vai tomar o lugar de uma das suas primeiras influências, o falecido Freddie Mercury, durante 5 shows pela Europa, com Brian May e Roger Taylor da banda Queen. Lambert se juntou com os remanescentes da banda pela primeira vez ainda no “American Idol”.

“É uma tarefa assustadora”, disse ele durante um almoço no mês passado em um restaurante vegetariano na Larchmont Boulevard. “Mas eu estou ansioso por isso. E eu sinto que eles confiam totalmente em mim”.

O cantor admite que ele “começou sentindo um cheirinho de dúvida” da parte dos céticos fãs da banda Queen, por conta do Freddie Mercury ser substituído. Mas ele insiste em dizer que esse não é o caso.

“Haverá apenas um Freddie Mercury. Eu não tentarei imitar ele. Eu não estou tentando ser melhor do que ele. Eu estou apenas tentando cantar as maravilhosas músicas que ele escreveu. Não é tão profundo assim”. Ele ri. “Contudo, sim, é bem profundo, porque se trata de Queen! Isso significa muito pra mim, pessoalmente.”

Assim como acontece com Mercury, o guarda-roupas exagerado de Lambert, movimentos de palco esquivos e vocais de arranha-céus são combinados para criar a imagem de uma estrela natural. Criadores de hits da classe A da música pop como Dr. Luke e Linda Perry se juntaram com ele para fazer parte do seu CD de estreia, mas o “For Your Entertaiment” de 2009 apenas vendeu 838.000 cópias, de acordo com a Nilsen SoundScan – um sucesso comercial relativamente modesto que parece fora de proporção com a grande massa de seguidores de Adam, cultivados na TV.

Então mais cedo esse ano, com o novo álbum em processo, Adam se dedicou a um empreendimento que ele não teve tempo de investir quando tinha despertado do American Idol – passar um mês visitando estações de rádio pelos Estados Unidos na esperança de promover seu último single junto aos diretores dos programas.

“O desafio é vender aquele conceito de ‘Você estava nas salas de estar da América’ enquanto ainda parecer progressivo”, o Adam de 30 anos ponderou entre uma mordida e outra de couves picadas. “E eu acho que esse álbum faz isso”.

Ele pode estar certo: em “Trespassing”, previsto para essa terça pela RCA Records, Adam se distancia da guitarra pesada de “For Your Entertainment” (que ele chama de “minha versão do Glam Rock”) para se aproximar de um som electro-disco mais elegante com uma pegada de música dançante do cenário pop atual.

Alguns daqueles criadores de hits da classe A do pop aparecem de novo, juntamente com novos colaboradores como Pharrel Williams e o Nile Rodgers da Chic. Mas Adam co-escreveu 9 das 12 músicas – incluindo a “Outlaws Of Love”, uma balada mais melancólica sobre lutar pelo casamento gay – e o resultado parece muito mais pessoal como se já estivesse nas paradas das rádios.

“Se você cortar essas músicas ao meio, então você vai encontrar o Adam”, afirma Williams, cujos créditos em “Trespassing” incluem a faixa-título de batida forte, na qual Adam insiste que “eu não preciso de GPS pra me mostrar por aonde ir”. “É a personalidade dele, sua história, o seu DNA.”

“Adam colocou suas mãos em cada palavra”, completa Bonnie McKee, que co-escreveu a música de batida animada “Cuckoo” e a mais sensual “Chokehold”. Como uma das produtoras vocais de Adam, McKee também supervisionou a parte do canto no estúdio.

“Quando você escreve uma música pop, existe uma fórmula onde no final, você começa a fazer improvisos loucos”, ela diz. ”Mas Adam dizia, ‘Eu não quero fazer isso dessa vez’. Ele queria mostrar um lado diferente”.

Adam Lambert, que cresce em San Diego e se apresentou em uma turnê da produção de “Wicked” antes de fazer a audição para o “American Idol”, atribui o clima mais vivido do álbum às circunstâncias que o cercavam durante sua criação.

“Tudo o que eu tinha pra me ocupar era a minha música. Isso foi tão bom”, diz. “O último álbum eu fiz enquanto eu estava ma estrada e eu ainda estava me adaptando a tudo isso.” Ele se lembra das dificuldades que teve em diminuir o botão de competitividade em sua cabeça que o “American Idol” exigia e aprender a conviver com a intimidade imposta das suas interações com os fãs.

“Agora eu estou de casa alugada e em um relacionamente”, diz Adam. “Eu estou vivendo uma espécie de vida normal.”

Ou pelo menos ele estava vivendo. Com “Trespassing” nas lojas, a existência de Adam vai tomar um rumo extraordinário novamente, enquanto ele lança a sua campanha, o Vice-Presidente de Marketing da RCA, Nick Pirovano, afirma que o trabalho vai se esticar bem até 2013. “Nós sabemos que esse álbum tem diversas músicas pronta para serem trabalhadas”, Pirovano diz, ainda completando, ”Nós queremos um álbum em 1º nas paradas, e nós nos sentimos confiantes quanto as atitudes que estamos tomando.”

A primeira dessas músicas de trabalho, uma balada atmosférica chamada “Better Than I Know Myself”, estagnou no nº 76 do Hot 100 da Billboard. Mas Adam se apresentou com o single seguidor, a mais enérgica “Never Close Our Eyes”, na segunda-feira, no programa “Good Morning America”; ele vai cantar novamente na noite de Quinta no “American Idol”.

Perguntado se os preparativos para as suas apresentações futuras com a banda Queen significavam mais trabalho em cima das suas obrigações com “Trespassing”, Adam concorda vigorosamente. “Definitivamente teve um momento em que eu, tipo, ‘Wow, é muita coisa’”, ele siz. “Mas essas são as coisas que nos tornam artistas melhores. Eu acho que eu vou crescer e aprender muito com isso. Eu quero dizer, estar no palco com lendas do Rock? É bem fantástico isso.”

Fontes: Adamtopia e Los Angeles Times

Tradução: Rodrigo Ferrera

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